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30.4.05
 
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Jazz ao Centro :: Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra, 2005

2 Junho
- João Paulo piano solo
- Lou Grassi's Avanti Galoppi
Rob Brown, Herb Robertson, Ken Filiano, Lou Grassi
3 Junho
- Michel Portal/Louis Sclavis/Sebastien Boisseau/Daniel Humair
4 Junho
- Rudresh Mahanthappa Quartet

Rudresh Mahanthappa, Vijay Iyer, François Moutin, Elliot Humberto Kavee
- JACC Workshop Orchestra Direcção - Adam Lane


Teatro Académico Gil Vicente


 
 
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Arthur Blythe (saxofone alto) e Bob Stewart (tuba), em concerto gravado para a holandesa VPRO Radio Vier, em 21 de Janeiro de 2005, Lantaren/Venster, Roterdão.


 
29.4.05
 
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Dixieland, Blues, Bop, Soul, Funk, R&B, Free Jazz - o catálogo completo das cores e formas da música negra norte-americana, misturadas e filtradas pela genialidade de Rahsaan Roland Kirk (1936-1977). Tradição e modernidade convivem alegremente na música mágica do homem do apito.
I, Eye, Aye foi gravado em 24 de Junho de 1972 no Montreux Jazz Festival, perante uma audiência totalmente rendida ao encanto de um músico (e de uma música) absolutamente excepcional. Só pela versão de Volunteered Slavery (10 minutinhos de êxtase total) já valeria a pena ouvir esta pérola, que apenas passou a ser conhecida do público em geral a partir de 1996, com a edição em CD e VHS.
Faz impressão pensar que Roland Kirk é quase um acidente no jazz, um excêntrico colorido, e não a figura maior que deveria ser. Que é!
Roland Kirk, flautas, saxofones, manzello, stricht (por vezes três em simultâneo), clarinete, sirene e outros instrumentos; Ron Burton, piano; Henry "Pete" Pearson, contrabaixo; Robert Shy, bateria; e Joe "Habao" Texidor, percussão.
Bom fim-de-semana, com Rahsaan Roland Kirk no leitor de CDs.
Rahsaan Roland Kirk - I, Eye, Aye (Rhino/Atlantic, 1972)


 
 
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ULRICHSBERGER KALEIDOPHON 2005

5 de Maio
Wachsmann, Bunce & Lytton
Gerry Hemingway Quartet
RoToR
6 de Maio
Plasmic
Mal d´archive
Marco Eneidi / Andrew Cyrille
Fieldwork
7 de Maio
Iannus
Alex von Schlippenbach solo
Radian
Henry Grimes Trio feat. Marilyn Crispell & Andrew Cyrille


 
 
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Maio próximo assistirá em Berlim à passagem do trio de John Butcher, Xavier Charles e Axel Dörner, e de uma série de outros improvisadores, no festival Echtzeit Musik, que mostra alguns aspectos da cena improvisada e experimental mais obscura daquela cidade.


 
28.4.05
 

Ouvi ontem uma única vez o novo disco de William Parker, Luc's Lantern (William Parker, contrabaixo; Eri Yamamoto, piano; Michael Thompson, bateria). No programa, um conjunto de 10 composições, todas de W. Parker. Só com uma demão, posso dizer que gostei bastante do trio e das composições do mestre. A este nível, em particular, fez-me lembrar o O'Neil's Porch em ambiente de piano trio. Tenho que aprofundar, que o disco tem muito que se lhe diga.
William Parker, Luc's Lantern (Thirsty Ear)



 
 
«JAZZ
NAS ALTURAS»

Festival Internacional de Jazz da Guarda

ANTHONY BRAXTON TRIO
BERNARDO SASSETTI TRIO
NILS PETTER MOLVAER

HEART OF TRIO
CARLO MORENA
NOVA BLUE DUET


Teatro Municipal da Guarda (Portugal), 5 a 26 de Maio.



 
 
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Lou Grassi's Avanti Galoppi em actuação, algures na Europa: Rob Brown, Herb Robertson, Ken Filliano e Lou Grassi.
Não me canso de ouvir o disco que o quarteto inspiradamente gravou para a CIMP em Junho de 2004.
Lou Grassi knows how to pick 'em and mix 'em. Here he renews his associations with three of the most powerful music personalities on the scene, but united for the first time in the recorded spotlight. Seven cuts especially composed and prepared for the occasion. Everyone has a feature and there's plenty of style and form to study and enjoy.
A boa notícia é que o Avanti Galoppi vem a Portugal não tarda muito.


 
 
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A memória e o processo criativo de Albert Ayler continuam a estimular gerações de improvisadores. Uma das mais recentes manifestações desta ideia é o quarteto Spiritual Unity, de recente formação e que nasceu com o fito exclusivamente de se dedicar à recriação do imaginário ayleriano.
Por iniciativa do guitarrista esfusiante da Dowtown novaiorquina, Marc Ribot, que também alinha, Roy Campbell, Henry Grimes (a lenda viva do contrabaixo do free jazz, ele próprio companheiro de avanturas do homenageado) e Chad Taylor (baterista do Chicago Underground) respondem ao desafio de reinterpretar o legado de Albert Ayler.
Aí está o disco, em lançamento da PI Recordings. Um tema de Ribot (Invocation) e quatro de Ayler (Spirits, Truth is Marching In, Saints e Bells), compõem um disco entre o estúdio e o palco, em que se combinam influências de jazz e rock para criar um som moderno e assim discutir o lado transcendental da música de Albert Ayler.
Spiritual Unity (PI Recordings, 2005)


 
 
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A sessão foi gravada a 16 de Maio de 2003, por Myles Boisen, no estúdio Guerilla, em Oakland, EUA. Six Fuchs contém seis temas dirigidos pelo saxofonista e clarinetista berlinense Wolfgang Fuchs, que à vez improvisa com John Shiurba, Matthew Sperry, Tim Perkis, Tom Djll e Gino Robair. O contrabaixista Matthew Sperry teve nesta a sua última gravação de estúdio. Faleceu pouco depois, vítima de atropelamento.
Wolfgang Fuchs é fundador (1983) e líder da King Übü Örchestrü. É infindável a sua lista de colaborações, entre as quais as que manteve e mantém com Fred Van Hove, Paul Lytton, Hans Schneider, Cecil Taylor, Tony Oxley, Barry Guy, Hans Koch, Peter van Bergen, Phil Minton, Phil Wachsmann, Alexander von Schlippenbach, Sven-Åke Johansson, Günter Christmann, John Russell, Fernando Grillo, Maria Husmann, Evan Parker... .
Wolfgang Fuchs & Friends - Six Fuchs (Rastascan, 2005)



 
27.4.05
 
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Um triângulo. 3 músicos, 3 improvisadores. Jaap Blonk (voice), Mats Gustafsson (soprano, tenor and baritone saxophones, flute, fluteophone, french flageolet) e Michael Zerang (percussion). Complete, unedited session recorded March, 4 1996 by M.G. at ‘andra böcker och skivor’, Stockholm.
Estas são as coordenadas para os 55 minutos e algo mais de improvisação total. Longe de ser obrigatório (não será o disco que arrebatará paixões ou que euforicamente servirá de pano de fundo a uma festa), é bem meritório pelo arrojo e pela espontaneidade que os músicos denotam e partilham num extrovertismo emocional-musical. Há um plano lexical e imagético, palpável nas projecções sonoras arrebatadas no momento em que são proferidas as interjeições sonoras a três. Blonk é ele próprio o instrumento, o veículo expressionista é a sua voz, a garganta ou as cordas vocais. Os timbres, a modulação e a dinâmica são as ferramentas para os sussurros, sílabas, máscaras, esgares, interrogações, gritos, estertores primitivos despidos de sofisticação, que interagem com a palete de texturas fabricadas em múltiplos tiques esquizóides nos sopros-simulacro de Gustafsson. Zerang completa o triângulo. Encerra mil e um traços de percussão, ora voluptuosos, ora miméticos, ora ásperos, ora cirúrgicos. 11 aventuras de imprevisibilidade porque improvisadas, arriscadas porque sem tapete, cúmplices porque com sentido.
«Improvisors» - Blonk, Gustafsson & Zerang - Kontrans 143, 1996.
> Nuno Martins


 
 
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Vandermark 5 + Atomic



 
 
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Globe Unity Orchestra
em 1975. No sentido dos ponteiros do relógio: Peter Brötzmann; Rüdiger Carl; Michel Pilz; Anthony Braxton; Evan Parker; Gerd Dudek; Kenny Wheeler; Enrico Rava; Günter Christmann; Albert Mangelsdorff; Paul Rutherford; Peter Kowald; Paul Lovens; Buschi Niebergall; Alexander von Schlippenbach.



 
26.4.05
 
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Michel Portal

Hoje, terça-feira, no Mezzo é um fartote:

- 23h00
JAZZ CLUBBIN'
Michel Portal Quartet au Festival de Jazz du Mans 2004 - Concert (2004, 52');
- 00h00
Herbie Hancock, Wayne Shorter, Dave Holland et Brian Blade au festival Jazz à Vienne 2004 - Concert (2004, 52');
- 00h55
Blues Sessions : Arthur Adams - Concert (1h05').



 
 
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Grande disco de John Surman! Potente e intenso de alto a baixo. A arrumação das pilhas tem destas surpresas: às vezes encontra-se o disco que andava à nossa procura.
John Surman - How Many Clouds Can You See? (Deram, 1970)



 
 
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Esta é mesmo para o braxtoniano mais retinto, daquele tipo que já investigou e aprofundou devidamente as concepções teórico-práticas que Anthony Braxton tem vindo a desenvolver desde há dez anos a esta parte, por ele designadas Ghost Trance Music (GTM).
Quero com isto dizer que, mesmo para o conhecedor médio, esta Composition no. 247, para três instrumentos de sopro, gaita de foles (Matthew Welch) e saxofones alto e soprano (Anthony Braxton e James Fei), que se alonga sem intervalo por um minuto além da hora, é petisco de difícil degustação.
A inclusão da gaita de foles é, por si, um motivo de contentamento, porque raramente é utilizada na new music e na música improvisada. Paul Dunmall é dos poucos que, com relativa notoriedade e resultados consequentes, bem aperta os foles. O drone de gaita que ocupa os primeiros vinte e picos minutos, fazendo uso de todas as nove notas do instrumento, é de efeito hipnotizante (Braxton sabia que haveria de arranjar maneira de ultrapassar eventual resistência psicológica e fazer da frase longa uma forma de cativar o ouvinte...).
Apenas uma única vez antes desta (Composition no. 222, B. House), Braxton escreveu para uma instrumentação específica. Na verdade, tinha lido cobras e lagartos da Composition no. 247, que era intragável, uma enormidade insuportável, sei lá que mais. Nestas coisas, como em quase tudo, não há que dar muitos ouvidos a quem se assusta com pouco e se empanturra à primeira garfada de Braxton. Nada há aqui de muito extraordinário, no que à pretensa dificuldade da obra diz respeito. Trata-se, como define o interveniente saxofonista James Fei, de uma melodia articulada, sem fim à vista, que obriga os músicos a um empenhamento físico extraordinário, visto que exige respiração circular durante toda a execução da obra, rica em referências às tradições musicais de outras culturas, como a ameríndia e a asiática, melodia essa que vai ganhando e perdendo tralha pelo caminho, assim tomando sempre novos ciclos de cores, formas e texturas.
É, afinal, Anthony Braxton a dar largas às suas concepções musicais da Ghost Trance Music, ciclo com as características requebras e súbitas mudanças rítmicas da partitura, o que consegue através de uma curiosa combinação instrumental, diferente daquela a que mais regularmente recorre. Difícil é apreender quais as partes escritas e quais as espontaneamente criadas, jogo que se torna interessante de jogar e cujo resultado é imprevisível, apesar de repetidas e atentas audições. Um exercício completo para a massa cinzenta. Este não é, seguramente, o Braxton mais acessível. Mas daí à enorme dificuldade ... . De qualquer modo, quem não tem treino na decifração do intrincado novelo talvez seja mais avisado procurar outras portas de entrada, que as há muitas e variadas.
Anthony Braxton - Composition no. 247 (Leo Records, 2001)


 
 
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Amanhã, 27 de Abril, e até 2 de maio, começa mais uma edição do Cheltenham Jazz Festival. A edição deste ano comporta concertos, filmes, workshops e actividades relacionadas. No capítulo das imagens, a abrir a série que o festival inaugura, serão exibidos dois filmes, um de Dick Fontaine, de 1966, sobre o trio de Ornette Coleman, com David Izenzon e Charles Moffett, filmado em Paris. O segundo documentário, realizado em 1985 por Peter Bull, retrata Steve Lacy em entrevista, depoimentos vários e excertos de um concerto de 1983 do Steve Lacy Sextet. Noutra sessão, passará o filme On the Road, do trio de Ellery Eskelin, com Andrea Parkins e Jim Black.
Em matéria de concertos, entre outros, poder-se-á assistir às apresentações de Georgie Fame and The Blue Flames, Markus Stockhausen, Dave Liebman & Ellery Eskelin, Ken Vandermark com três das "suas" formações: Atomic, Free Music Ensemble e Free Fall; Bobby Previte, Miles Davis' Bitches Brew Project, Byron Wallen's Trumpet Kings; Harriet Tubman Live and 'Ascension', Joshua Redman, Herbie Hancock, e Enrico Rava.


 
25.4.05
 
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Sempre!



 
 
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Nova saída na Test Tube: sal. Öhne Titel Mit Titel. Que é como quem diz, com e sem título. O corpo sonoro ora suspenso, ora em movimento estratificado, articulado pelas modulações, camadas sobrepostas numa torrente de chuva electrónica que desafia as capacidades do ouvinte e se torna difícil de aplacar. Um trabalho bem estruturado e surpreendente sobre modulações de electricidade estática - o também chamado white noise - que resulta em pleno. Branco é, sal. o põe. Brutal, insano e extremo, mas consequente. Fura fundo até ao limiar da inconsciência.

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Acts of Love. A não perder, na Mutable Music, editora do barítono Thomas Buckner, o novo disco do extraordinário e inigmático pianista norte-americano Borah Bergman. Com os britânicos Lol Coxhill (saxofone soprano) e Paul Hession (bateria).


 
24.4.05
 
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Uma lista faz sempre falta em casa. De qualquer coisa. Até de bandas de post-rock.
Entre várias definições possíveis, uma das mais simples e elucidativas diz que o post-rock é o subgénero que combina guitarras do rock com as maravilhas da tecnologia digital e com outros estímulos sonoros que chegam de fora, e assim investiga novas texturas e diferentes dinâmicas.

Post-rock means using rock instrumentation for non-rock purposes, using guitars as facilitators of timbres and textures rather than riffs and powerchords. Increasingly, post-rock groups are augmenting the traditional guitar/bass/drums line up with computer technology: the sampler, the sequencer and MIDI (Musical Instrument Digital Interface). While some post-rock units (Pram, Stereolab) prefer lo-fi or outmoded technology, others are evolving into cyber rock, becoming virtual. Post-rock draws its inspiration and impetus from a complex combination of sources. Some of these come from post-rock's own tradition - a series of moments in history when eggheads and bohemians have hijacked elements of rock for non-rock purposes (think of the guitar based late 60s music of The Velvet Underground and Pink Floyd, and a subsequent lineage that includes New York's No Wave groups, Joy Division, The Cocteau Twins, The Jesus And Mary Chain, My Bloody Valentine and AR Kane; or the so-called 'Krautrock' of Can, Faust, Neu, Cluster and Ash Ra Tempel; as well as the late 70s/early 80s post-punk vanguard of PiL, 23 Skidoo, Cabaret Voltaire and The Pop Group). Other impulses arrive from outside of rock: Eno, obviously, but also the mid-60s drone-minimalism of Terry Riley and LaMonte Young, as well as musique concrete and electroacoustic music, dub reggae and modern sampladelic genres like HipHop and Techno. Most of the British post-rock groups also explicitly define themselves against Grunge, which was Carducci's dream come true: the fusion of punk and Metal into an all-American nouveau hard rock. - Simon Reynolds


 
 
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A Utech Records anuncia novas edições extremamente limitadas em cd-r (50/75 exemplares por título) para Abril:
- Paal Nilssen-Love/Lasse Marhaug, Personal Hygiene [UR-005]. Percussão e electrónica variada;
- Paal Nilssen-Love/Nils Hernrik Asheim, Pipes and Bones [UR-006]. Bateria e órgão de igreja;
- Matt Lavelle, Making Eye Contact With God [UR-007] Com Matt Heyner and Ryan Sawyer. Trompete, contrabaixo e bateria;
- Steve Hubback, Trees, Rocks and Ravens [UR-008]
- Frode Gjerstad, One Foot Moving- Reinterpretations [UR-009]

Na calha, com edição prevista para Maio, estão estes títulos:
- Fire and Flux, Leavens for Rebellion [UR-010]
- Sepia Trio, Brendan Dougherty, Seth Meicht & Akira Ando [UR-011]
- The Rempis Percussion Quartet, Circular Logic [UR-012]
- Leslie Keffer, Represents [UR-013]



 
 
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A micro-editora norte-americana Sachimay Records, do pianista e compositor Dan DeChellis, com sede em Easton, Pensilvânia, tem em curso um programa inovador denominado SACHIMAY'S INTERVENTIONS SERIES. O programa promove a criação, desenvolvimento e disseminação de obras de música improvisada – free jazz, free improv, electrónica, spoken word, new music, out-rock e todos os híbridos possíveis, numa base de auto-produção dos discos pelos próprios artistas. Processo que a editora define como «o casamento da auto-produção com as vantagens do marketing de uma pequena editora». São os próprios artistas que gravam os CDs, reproduzem e promovem o material através da página da Sachimay. Os discos assim produzidos, embalados em capas sequencialmente numeradas, têm um preço unitário de $3.
As primeiras oito «Intenventions» são de Matt Hannafin e Brian Moran, Dan DeChellis, Matt Hannafin, Matt Hannafin, Brian Moran e Nate Wooley, Richard Gross, Ed Chang e Han Degc.


 
23.4.05
 
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Theodore "Ted" Curson em sessão de estúdio de 1971. Pop Wine, gravado em Paris com o trio do pianista Georges Arvanitas (Jacky Samson, contrabaixo e Charles Saudrais, bateria).
Ted não tocou durante muito tempo com Mingus (Charles Mingus Presents Charles Mingus, Candid), mas o tirocínio valeu-lhe de muito e é notória a marca do mestre tanto no fraseado como na composição do trompetista, no fio da navalha entre o bop e o modernismo. Não há pormenor que esteja a mais ou fora do lugar neste disco. De vez em quando volto cá.
Esta tarde foi-me sugerida a revisita por outro grande disco que ouvi repetidamente: Georges Arvanitas Trio in Concert (Futura, 1969), a secção rítmica que toca com Ted Curson em Pop Wine. Dois tiros, dois melros.
Ted Curson – Pop Wine (Futura)


 
 
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O Sonorities é um festival de new music, que se organiza em Belfast, Irlanda do Norte, desde 2004, e se dedica à exploração de uma ampla diversidade de práticas e manifestações da arte musical, com especial incidência nas micro-culturas sonoras.
Nessa medida, a edição deste ano do Sonorities - Festival of Contemporary Music tem como figuras centrais Luc Ferrari e Frank Zappa, dois dos mais estimulantes e controversos nomes da música dos últimos 100 anos, que afrontaram as normas culturais vigentes, cruzando géneros para tantos inconciliáveis, como o rock, o jazz a electrónica e a clássica, enquadrando-os em novas perspectivas e redefinindo o papel da música na sociedade actual.
Entre 26 de Abril e 4 de Maio, passarão por Belfast uma série de artistas do audiovisual contemporâneo, como Luc Ferrari, Thierry Talla, Sebastian Castagna, João Pedro Oliveira, Ed Bennett, Christophe Havel, Georges Aperghis, Hans Joachim Hespos, Eric Lyon, Ludger Brümmer, Paulo Chagas, Philippe Leroux e Michael Clarke. No programa está ainda previsto um concerto pela Ulster Orchestra, que interpretará música de Frank Zappa. «You Call That Music?!»
Sonorities // 2005 - 26/4 - 4/5 - Belfast, Irlanda do Norte


 
22.4.05
 
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Por muito folgada que fosse a expectativa, não supunha que a edição de Alchemia - a caixa com 12 discos contendo a totalidade das gravações do Vandermark 5 ao vivo no clube Alchemia, em Cracóvia, Polónia - tivesse tão soberba apresentação.
O continente é um paralelipídedo de 30x2x30 cm; o conteúdo, três placas contendo 4 CDs cada, vem acompanhado de um brochura de 40 páginas, profusamente ilustrada, com notas de Ken Vandermark e uma longa entrevista conduzida por Janusz Jablonski e Tomasz Gregorczyk.
A embalagem exterior, de cartão prensado impresso a verde-garrafa e com alta qualidade gráfica, é das mais bonitas que já vi. Além do conteúdo, que só agora comecei a desbravar mas que, à vista do embrulho, antevejo primorosamente tratado, vale também pela forma. Um belo objecto de colecção. E a um preço muito simpático, considerando o tanto que a Not Two Records, de Marek Winiarski, dá em troca.
The Vandermark 5: Ken Vandermark, Dave Rempis, Jeb Bishop, Kent Kessler e Tim Daisy. Vezes 12.


 
 
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© Peter Gannushkin

Depois de criarem as suas próprias editoras discográficas (labels e netlabels) e de promoverem concertos e outras iniciativas, a palavra de ordem para os artistas independentes é cada vez mais a auto-promoção através de novos meios. Da sua música, pensamento musical, projectos, agenda, fotografias, partituras, discografia, etc.
Foi a favor do desenvolvimento deste conceito que surgiu ArtistShare, uma forma alternativa de colocação do trabalho dos artistas ao dispor das pessoas que já o conhecem, mas têm dificuldade em a ele aceder, e de, ao mesmo tempo, conquistar novos ouvintes.
O ArtistShare focaliza-se nas diversas fases do processo criativo, permitindo mostrar como o artista concebe, desenvolve e executa uma determinada obra musical e partilhar todo o processo com uma vasta audiência online.
Sem dúvida que o paradigma está a mudar. Os artistas criam, mostram como o fazem, controlam as fases do processo criativo, anunciam e divulgam o seu trabalho sem a intermediação de entidades estranhas à relação directa que podem estabelecer com o público, com vantagens óbvias para ambos. A tecnologia digital ao serviço da criação e da fruição musical.
O que se passa é que a tecnologia que as companhias discográficas responsabilizam pelas quebras dos ganhos da indústria (computadores pessoais, gravadores de CDs e de DVDs, a internet, as compras online, a partilha de ficheiros...), tornaram-se aliadas dos artistas, ao encurtar substancialmente a distância que os leva até ao consumidor final, o qual, em grande medida, vê reformulado o seu papel. De objecto, passou a sujeito passivo e daqui a sujeito activo, podendo interagir com o artista e colaborar com ele no processo de criação.
Maria Schneider aderiu recentemente à iniciativa. Foi através do ArtistShare que a compositora conseguiu financiar o trabalho da sua orquestra, produzir e comercializar o álbum Concert in The Garden, recente vencedor de um Grammy (Best Large Jazz Ensemble Album), no qual o público participou activamente através de donativos (os chamados micro-pagamentos online, através dos quais centenas ou milhares de pequenos donativos chegam a perfazer valores suficientes para produzir um disco, por exemplo), e de outras formas de apoio directo e indirecto à artista. Ganhámos, disse ela.
Jim Hall, Jane Ira Bloom, Danilo Perez e outros, já lançaram os seus projectos pela mesma via. O saxofonista soprano e musicólogo Chris Kelsey (na foto) fará o mesmo a partir do próximo 1 de Maio.


 
21.4.05
 
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Junho é o mês do canadiano Ottawa Jazz Festival. Além das séries dedicadas ao jazz mainstream, há uma série especial inteiramente virada para a Improv (Invitational Series), com o homem da casa, Normand Guilbeault e o seu projecto de fusão de jazz com poesia denominado Parker/Kerouac. Outros paryicipantes já confirmados são Evan Parker, Roscoe Mitchell, Matthew Bourne Trio, e Queen Mab Trio, também da casa. De 27 de Junho a 1 de Julho, na cidade de Ottawa.


 
 
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Prepare yourself to be attacked by a fierce mix of free-improv electric guitar, heavy-hitting rock, delicately impressionistic abstractions, fast postbop, snatches of flamenco and classical music, wild, chair-through-a-window eruptions.

Foi assim que se apresentou o Marc Ducret Trio ao vivo em Utrecht, Holanda, em concerto no dia 18 de Março último. Pode ser ouvido na íntegra na VPRO Radio Vier. Quatro lindas melodias assobiadas em directo por Marc Ducret, guitarra; Bruno Chevillon, contrabaixo; e Eric Echampard, bateria. Power trio em toda a linha. Só um surdo ficaria insensível. Mesmo assim...


 
 
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Joe Lovano e Hank Jones Quartet na Casa da Música
A oportunidade é rara e, muito provavelmente, irrepetível: numa única sessão, a Casa da Música junta o pianista veterano Hank Jones e um dos mais conceituados saxofonistas da actualidade, Joe Lovano. Os gigantes encontram-se dia 21 de Abril, no Porto.
Hank Jones nasceu em 1918, no seio de uma família talhada para o jazz - os seus irmãos Thad e Elvin Jones são também nomes maiores do jazz - e, entre outras marcas distintas do seu percurso, acompanhou Ella Fitzgerald e Charlie Parker nos anos quentes do bop nova-iorquino.
Joe Lovano é de outra geração (nasceu em 1952) e fez com brilho a ponte entre as velhas correntes do sax e a modernidade. Recebeu distinções tão prestigiadas como um Grammy ou prémios da "Jazz Times", do "New York Times" e da "Down Beat".
Um excelente concerto em perspectiva, até porque a secção baixo/bateria deverá ser integrada pelo também conceituado George Mraz e por Dennis Mackrel. - PUBLICO.PT
Casa da Música - Pç. Mouzinho de Albuquerque, Porto
21-04-2005, quinta, às 22h00 - €20.



 
20.4.05
 
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O e-mail do Jose Millares, amigo galego autor de JamSession, até estalou à entrada: Morreu Niels Henning Ørsted Pedersen, o contrabaixista dinamarquês, um dos melhores de sempre. Levou-o um enfarte.
Depois de Wilber Morris e de Peter Kowald (duas enormes figuras do contrabaixo que partiram ainda há pouco), foi-se-nos o NHØP aos 58 anos. Para mim, foram 30 anos de percurso "juntos". Morreu ontem, segundo a notícia da All About Jazz.
Chorai, contrabaixos.
RIP.



 
 
freedom of the city 2005 >
a festival of radical & improvised music // london, red rose


1 de Maio, 16h00

JEFF CLOKE (resonances), TONY MOORE (cello) SYLVIA HALLETT (violin, sarangi, voice), CAROLINE KRAABEL (alto sax, voice), VERYAN WESTON (piano) ALAN WILKINSON (alto & baritone saxes), PHIL DURRANT (laptop), MARK SANDERS (percussion) STEVE BERESFORD (piano), JOE WILLIAMSON (double bass), ROGER TURNER (percussion) EVAN PARKER (soprano sax), NEIL METCALFE (flute), JOHN RANGECROFT (clarinet), AGUSTÍ FERNÁNDEZ (piano), JOHN RUSSELL (guitar), PHILIPP WACHSMANN (violin), MARCIO MATTOS (cello), JOHN EDWARDS (double bass).

1 de Maio, 20h00
LOL COXHILL (soprano sax), NEIL METCALFE (flute) PHILIPP WACHSMANN (violin, electronics), KJELL BJØRGEENGEN (video) PAUL RUTHERFORD (trombone), JOHN EDWARDS (double bass), MARK SANDERS (percussion) LONDON IMPROVISERS ORCHESTRA.

The Red Rose - 129 Seven Sisters Road, North London (Finsbury Park).

Preço dos bilhetes: £7, um concerto; £12 dois concertos.



 
 
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A notícia vem na página da BLABBERMOUTH.NET: o baterista Terry Bozzio, conhecido por ter integrado uma das mais carismáticas formações de Frank Zappa, a partir de meados dos anos 70 (Zoot Allures), irá subsitituir Dave Lombardo na digressão europeia que o Fantômas (Mike Patton, Trevor Dunn, Buzz Osborne) fará este verão, a começar em Junho. O motivo, segundo a Blabbermouth, é a incompatibilidade de agenda com a digressão dos Slayer, onde Lombardo exerce o mesmo ofício. Fantômas vai passar pelos palcos europeus a tocar o mais recente Suspended Animation.


 
19.4.05
 
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«Às armas!». Aqui as armas são saxofone, clarinete, guitarra, baixo e bateria. Quem invade o espectro sonoro num assalto furioso são os vikings noruegueses, Ultralyd. Que energia, a destes guerreiros! Ultralyd. Em sete assaltos e 34 minutos, viram a mesa e assumem o controlo da situação. Liderados por Frode Gjerstad, sax alto, denodadamente pelejam Anders Hana, guitarra; Kjetil Brandsdal, baixo; e Morten J. Olsen, bateria, cinco tempestuosas figuras da música improvisada mais aparentada com o rock alternativo e experimental.
Salvo um ou outro breve interlúdio, é sempre a abrir, sem overdose! Denso, animal e potente como poucos se atrevem a fazer. Jazz hard-core muito bom. Chromosome Gun, acabado de chegar da Load Records.


 
 
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O concerto abriu bem, nos primeiros 15 minutos ouviu-se grande música improvisada.
Depois... bom, quase todo o resto do concerto me sugeriu a imagem estereotipada de um longo e – lamento dizê-lo - aborrecido debate televisivo a três, em que os intervenientes estão invariavelmente mais preocupados em fazer passar os seus argumentos, em emitir sound bytes, em "vender o seu peixe" alto e bom som, tentando convencer as pessoas pelo lado mais histriónico, que em ouvir o que os outros parceiros têm para dizer e em comunicar com o público.
Os portugueses Rui Horta Santos (aka Abdul Moimême), guitarrista e saxofonista, aqui exclusivamente em saxofone tenor, e Eduardo Raon, em harpa e electrónica; com Lisle Ellis, o veterano contrabaixista canadiano, há anos a viver na Costa Oeste dos EUA, raramente foram um trio, uma unidade na diversidade que procurasse (e tivesse encontrado) uma linguagem comum.
Quase sempre estiveram em palco três músicos que, apesar de se terem esforçado, de muito terem porfiado pela procura de uma base comum de entendimento, acabaram por passar o tempo a discursar simultaneamente, três linhas paralelas de muito ocasional encontro e convergência.
Por outro lado, a opção deliberada pela peça única de longa duração, com cerca de uma hora, também não foi feliz, porque tornou a música algo cansativa e sem direcção. Uma sucessão de temas mais curtos teria eventualmente facilitado a concentração tanto dos músicos como do público, e potenciado maior variabilidade sonora.
A impressão com que fiquei foi a de ter experimentado um longo drone de contrabaixo percutido, com excesso de volume (uma constante) e abuso de pedais de efeitos, exagero de que igualmente padeceram o saxofone tenor e a harpa, de onde brotavam os mais agudamente agressivos, ásperos e distorcidos sons electroacústicos, que em nada ajudaram ao esforço comum que, desejavelmente, deveria ter beneficiado a criação colectiva.
Em síntese, menos teria certamente resultado em mais. Sintomaticamente, a melhor parte do concerto foi a do sino de água, o tal «brinquedo do jovem imperador do antigo império chinês», momento de grande beleza estética em que à volta de Rui Horta Santos, Lisle Ellis e Eduardo Raon se concentraram em ouvir o som do sino e, a partir dele, elaborarem em consonância, sem atropelos nem desvario.
Foi pena tanto tempo para tão pouco, tanta parra para tão pouca uva, porque, Moimême, Ellis e Raum são três músicos de grande valia individual, que em contextos diferentes demonstraram à saciedade saber fazer de sobra o que ontem minguou em toda a linha. Acontece aos melhores, como uma vez mais se provou.
LISLE ELLIS - contrabaixo electrificado / EDUARDO RAON - harpa e electrónica / RUI HORTA SANTOS - saxofone e sino de água. Trem Azul - 18 Abril, às 19h30.


 
18.4.05
 
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O Temporary Soundmuseum abriu as portas em Viena com uma exposição de objectos relacionados com o vinyl, como discos, postais musicais, flexidiscs e capas, entre as quais a de Last Date, de Eric Dolphy (Polygram Limelight EXPR-1017, Japan, 1965), que agora é capa da semana.
Visitando as galerias do web museu, podemos encontrar capas muito curiosas, como aquela outra de um singing postcard cujo tema é ... o papa Pio XII.
Quereis objecto que melhor sublinhe l'air du temps?!
Para entoar enquanto não há fumo branco.



 
 
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A partir do Primeiro de Maio, mais uma fornada de Emanem & Psi

PSI
DEREK BAILEY & EVAN PARKER ‘The London Concert’ psi 05.01

All of the music from the 1975 Wigmore Hall (London) concert by this duo then nearing the mid-point of their twenty years of work together. On CD for the first time. Reissue of Incus LP 16 plus 31 minutes of extra material. 69 minutes.

PAUL RUTHERFORD ’Iskra3’ psi 05.02

Revolutionary improvised music for trombone (PAUL RUTHERFORD) and live computer processing (ROBERT JARVIS & LAWRENCE CASSERLEY). This 2004 recording is the latest in the series of sparks that light up key stages in Paul Rutherford’s long musical odyssey. 71 minutes.

URS LEIMGRUBER / JACQUES DEMIERRE / BARRE PHILLIPS ‘LDP – Cologne’ psi 05.03

This saxophone/piano/bass group, recorded at the Loft in Köln in 2003, continues the tradition of the drummerless trio in improvised music. With Barre Phillips, the continuity extends all the way back to the legendary Jimmy Giuffre Trio. 61 minutes.

Emanem
SPONTANEOUS MUSIC ENSEMBLE "A New Distance" (1993-4) EMANEM 4115

Two of the last performances by the SME which then comprised JOHN STEVENS (percussion & pocket trumpet), ROGER SMITH (guitar) and JOHN BUTCHER (soprano & tenor saxophones). A new direction for the music that was sadly terminated later that year (1994) by Stevens' untimely death. Added to this reissue are two short pieces from the previous year, when NEIL METCALFE (flute) was also in the group, and some perceptive comments by Stevens. Reissue of Acta CD 8 with extra material. 63 minutes.

FREE BASE "The Ins and Outs" (2003) EMANEM 4116

Free Base is ALAN WILKINSON (alto & baritone saxophones), MARCIO MATTOS (double bass & electronics) and STEVE NOBLE (drums) - a very varied trio that includes both very fiery climaxes and becalmed moments. Although they have been in existence for a decade, this is their first appearance on record, apart from their highly praised contribution to the 2003 FREEDOM OF THE CITY festival (heard on EMANEM 4212). 72 minutes.



 
 
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Anthony Braxton a tocar temas de bop (Well, You Needn’t, Body and Soul, Four e Bye Bye Blackbird), com Misha Mengelberg, Mark Dresser e Han Bennink?! Sim, no October Meeting 1991 - nove dias de festival no Bimhuis de Amsterdam, em que participaram mais de 60 músicos improvisadores de várias partes do mundo. Sob a direcção artística de Huub van Riel, o festival holandês teve três edições, em 1987, 1991 e 1994.
Só há pouco tempo tive acesso a esta gravação da maratona de 1991, a única que conheço em que figuram Braxton e Mengelberg a tocar este tipo de programa, além do quarteto agrupado por Braxton para a gravação de Charlie Parker Project, de 1993, disco que veio a ter edição na suiça hat ART.
Mas há outros motivos de interesse em 3 Quartets: o pianista Cor Fuhler, ex-aluno de Misha Mengelberg, no segundo quarteto, com Tristan Honsinger, violoncelista americano (Burlington, Vermont) radicado na Holanda; Maarten Altena, compositor e contrabaixistacom projectos próprios, e o baterista Wim Janssen, improvisam livremente durante 12 minutos.
A fechar a conta, o saxofonista britânico Evan Parker, com Steve Beresford (piano, electrónica, trompete), Arjen Gorter (contrabaixo) e o repetente Han Bennink, integram o quarteto meio-britânico, meio-holandês desta sessão, que interpreta The Bear, versão perversa de um conto infantil em que o narrador é o próprio Evan Parker (!). Depois de uma introdução faiscante de tenor com acompanhamento de piano, baixo e bateria a dar no duro, Parker chega-se ao microfone e, sobre animado fundo musical de tons infanto-juvenis, conta a história de um ursinho de peluche que foi à guerra e veio de lá com stress pós-traumático. Perturbado como ficou, o ursinho decidiu mudar de vida e enveredar por uma carreira de bailarino de tango... A song about a bear very very English, in perhaps the worst of all senses that that horrible word can have… - conta Evan Parker na introdução da história do ursinho. Não é certamente o que se estaria à espera do circunspecto Evan Parker, mas é um gozo bestial. No fim, temos três quartetos e três diferentes propostas num disco delirante.
October Meeting 1991 - 3 Quartets (Bimhuis, 1996)


 
17.4.05
 
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Falei (bem) dela aqui há umas semanas atrás. Da bomba que Tim Berne, Marc Ducret e Tom Rainey (Big Satan) editaram na Thirsty Ear no final do ano passado, uns potentes e tempestuosos 47 minutos bem contados. Se cá estivesse o teclista Craig Taborn não seria o Big Satan, mas a Science Friction Band. E a música seria outra, claro está.
É este o trio que me leva pela tarde fora, por entre as guitarradas sinuosas que se torcem e distorcem, o sax alto abrasador de Berne, e as mudanças súbitas de direcção do ágil Tom Rainey... Que disco!
Big Satan - Souls Saved Hear (Thirsty Ear)


 
 
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Corriam ainda os tempos de Chicago, era o ano de 1960, quando Sun Ra registou a música deste Music From Tomorrow's World, com a sua Arkestra em duas situações diferentes. Uma primeira parte (7 temas), em concerto no clube Wonder Inn, com a Arkestra em versão curtinha (Sun Ra, teclados, John Gilmore, saxofone tenor; Phil Cohran, corneta; e Ricky Murray, voz), e outra (10 temas) no Majestic Hall (Sun Ra, com Phil Cohran, corneta; John Gilmore, Marshall Allen, Gene Easton e Ronald Wilson, saxofones; Ronnie Boykins, contrabaixo e Robert Barry, bateria). Sobre esta última sessão, especula-se sobre se se teria tratado uma gravação com o propósito de edição discográfica, ou, mais prosaicamente, de um ensaio, questão de difícil elucidação, porque os próprios intervenientes que ainda restam parecem não se recordar sequer da sessão. A questão é menor, porque, de qualquer maneira, para Sun Ra seria sempre como se de uma gravação formal se tratasse.
O que efectivamente releva, agora que John Corbett pela primeira vez colocou o documento em circulação através da Atavistic/Unheard Music Series, é que Music From Tomorrow's World, além da testemunhar a imensa imaginação e criatividade de Sun Ra e dos seus rapazes, é um documento imprescindível para se conhecer o período final da Arkestra em Chicago, também documentado pela Delmark e pelo programa de reedições sequenciais da Evidence.
O som de Music From Tomorrow's World é desigual, por vezes distorcido, turbulento e misturado com ruídos ambientais, que não estorvam, antes se enquadram na bizarra paisagem sonora da Arkestra, autêntica Tapestry from an Asteroid.
The Wonder Inn: Arkestra in motion, as part of the community, engaging the underground jazz intelligentsia on the south side. Majestic Hall: the grand scale of Ra's compositional and arranging genius, the heroic efforts of his band. Yet a couple more key pieces in the big puzzle that is Sun Ra's master-oeuvre – John Corbett.
Alinhamento: 1. Angels and Demons at Play; 2. Spontaneous Simplicity; 3. Space Aura; 4. S'wonderful; 5. It Ain't Necessarily So; 6. How High the Moon; 7. China Gate; 8. Majestic 1; 9. Ankhnaton; 10. Posession; 11. Tapestry from an Asteroid; 12. Majestic 2; 13. Majestic 3; 14. Majestic 4; 15. Velvet; 16. A Call for All Demons; 17. Interstellar Lo-Ways (Introduction).
Sun Ra and his Arkestra - Music From Tomorrow's World (UMS/Atavistic)


 
16.4.05
 
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Entre 5 e 8 de Maio próximo, em Poschiavo, Suiça: UNCOOL/2005 um dos mais interessantes festivais de Jazz Improvised Planetary and Cosmo Music, este ano dedicado a Egberto Gismonti.

Programa:


- Egberto Gismonti, com Marlui Miranda e Alexandre Bianco Gismonti
- Sun Ra Arkestra
- Shibusa Shirazu
- Root Down
- Steamboat Switzerland
- Kali Z. Fasteau , com Bobby Few, Wayne Dcokery e Steve Mc Craven
- Frédéric Le Junter
- DJ Della Valle


Todos os pormenores no press release do festival.


 
15.4.05
 
Image hosted by Photobucket.com LE TOP® MEZZO : Le Top Jazz
23h00 JAZZ CLUBBIN'
John Zorn's Electric Masada : Nancy Jazz Pulsation 2003
Concert (2003, 52 mn), réalisation : Jean-Marc Bireaux
Avec Marc Ribot (guitare), Jamiel Saft (clavier), Trevor Dunn (basse), Cyro Baptista (percussions), Kenny Wollesen (batterie).
Hoje, 15 de Abril!




 
 
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No Jazz on 3 de hoje, Jez Nelson passa um concerto da Big Band de Graham Collier, um dos mais importantes músicos e compositores do brit-jazz, com uma carreira de mais de 40 anos, prestação gravada na última edição do London Jazz Festival.
Para a emissão de 29 de Abril está já anunciado um programa especial comemorativo do 10º aniversário do Cheltenham Jazz Festival, com a transmissão em directo de um concerto com vários artistas, incluíndo Bobby Previte e Ken Vandermark.

 
 
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«Nefertiti, The Beautiful One Has Come»
Live at the Cafe Montmartre, 1962
Cecil Taylor

(Revenant)


 
 
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«UNIVERSIJAZZ 2005»
Universidade Pública de Navarra, Pamplona
De 18 a 22 de Abril de 2005

Direcção artística de Pachi Tapiz

El ciclo UNIVERSIJAZZ organizado por el Vicerrectorado de Estudiantes y Extensión Universitario de la Universidad Pública de Navarra presenta el programa para la edición de 2005:

ACTUACIONES EN DIRECTO

Lunes 18 de abril de 2005. Sala de grados del Edificio de los Olivos, Campus Universitario. 20:00
Josetxo Goia-Aribe – Maddi Oihenart Ilhargi Min
===
Martes 19 de abril de 2005. Edificio de comedores, Campus Universitario. 20:00
John Pinone
===
Miércoles 20 de abril de 2005. Edificio de comedores, Campus Universitario. 20:00
Brötzmann - Mcphee - Kessler – Zerang / Tales Out Of Time
===
Jueves 21 de abril de 2005. Sala de grados del Edificio de los Olivos, Campus Universitario. 20:00
Agustí Fernández piano solo
===
Nota: La entrada a todos los conciertos es gratuíta.

MASTER CLASS
Viernes 22 de abril de 2005. Conservatorio Pablo Sarasate. Salón de Actos. C/Aoiz s/n, Pamplona.
Master-Class «Conceptos fundamentales de la improvisación musical contemporánea», a cargo de Agustí Fernández

EXPOSICIÓN FOTOGRÁFICA
"Universijazz 2005"
Imágenes de Javier Ripalda y David Muñiz
4 al 30 de abril en el edificio de El Sario. Campus de Arrosadía s/n
2 al 27 de mayo en la Escuela de Estudios Sanitarios. Mendebaldea, Pamplona.



 
14.4.05
 
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O colectivo de improvisadores portugueses, Frango (Jorge Martins, guitarra e baixo; Rui Dâmaso, guitarra e bateria; e Vítor Lopes, também em guitarra e bateria), realizaram uma produção de alto nível para a Test Tube, que constitui a mais recente edição da netlabel portuguesa vocacionada para dar a conhecer novos artistas e novas sonoridades electrónicas, eléctricas ou acústicas.
Em Sitting San, por entre os drones das guitarras pontuadas pela percussão, há um piano vadio não creditado que se intromete e salpica a música, enriquecendo-a nos detalhes. Esta é uma música em quase suspensão, à espera do próximo passo, que surge envolto em estruturas lassas. São elas que convidam à fruição de uma certa poesia nocturna. Sitting San, completamente aberto e multidireccional, é um trabalho bom de se ouvir.
«All improvised music compositions, and most instrumental pieces, are strongly illustrated by the freedom they concede to the interpreter. On ‘Sitting San’, the composers act on the work’s structure and reflect on the notes duration or sound streams. This collective, called Frango, has Jorge Martins on guitar & bass, Rui Dâmaso on guitar & drums and Vítor Lopes also on guitar & drums, and they write unfinished and indefinite messages all over this release. We are not (at all) before a work that asks to be rethinked in any given structural direction. There are 5 tracks full of improvisation patterns, and they have the ability to unbalance the order therein (yeah!).
Throughout ‘Sitting San’, drone guitars humanize the process, with synapse-like and stripped down keyboards here and there, and hit-and-run drum breaks, which transports us to a creative work that is - lets say - not tonal, as if there were no laws and no dogmas, taking away from the listener the possibility to predict where the compositions are heading.
‘Sitting San’ keeps evolving towards its end, adding new spacebuilding new space, our space
».- Bruno Barros
tube' 013 Frango - Sitting San


 
 
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Peter Brötzmann
Music Unlimited XVI, Wels, Áustria, 9.11.2002
(Foto: Vanita & Joe Monk)


 
 
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Há músicos que parecem ter nascido para tocar em trio. James Finn assenta nesta categoria como uma luva. Tão bom a tocar como a ouvir, sabe repartir o espaço e o tempo com os companheiros; tem a noção precisa de quando deve entrar e sair de cena. Fá-lo de forma tão natural e equilibrada, que o ouvinte tem a sensação de pressentir os momentos em que o tenor se vai calar ou fazer ouvir. É como aqueles jogadores de futebol de quem se diz que jogam bem sem bola, que se sabem desmarcar e provocar alterações no plano de jogo, de quem se espera que surjam num determinado momento, sem que tenham necessidade de assumir permanente protagonismo.
Na verdade, impressiona ouvir este saxofonista de ascendência italo-irlandesa, nascido em Nova Iorque. Distracção minha, só o conheço de um dos dois discos anteriores, Faith in a Seed, editado pela CIMP (a formação é mesma de Plaza de Toros), tendo passado ao lado de Opening the Gates (CJR), disco de estreia como líder, um e outro publicados em 2004 e produzidos por Bob Rusch. Se não conheço melhor James Finn não foi por falta de aviso para lhe prestar atenção, que me chegou de vários pontos. Mérito tem o patrão da Cadence, que tanto é capaz de contratar artistas consagrados e veteranos das áreas menos expostas do jazz, como de perceber o potencial de determinado músico em emergência, mesmo que Finn não seja já um debutante enquanto saxofonista.
Que há de especial a respeito deste músico? Várias coisas. Desde logo e à cabeça, o timbre claro e límpido do seu saxofone, reforçado por um vibrato e uma coloratura pouco usuais. Lembra-me o melhor David Murray, semelhante no pulmão e na paixão com que toca, porventura menos expressivo e elaborado no discurso, mas menos "palavroso" e mais intenso. A mesma mestria, lirismo e delicadeza, com forte sentido rítmico e imaginação a rodos em todos os registos.
Finn sozinho compôs, arranjou, produziu, gravou, misturou e masterizou os nove temas de Plaza de Toros no estúdio que criou de raiz. «Quis ter controlo sobre todas as fases da manufactura de um disco, de maneira a melhor produzir a minha música» – disse. Talvez por isso a música de Plaza de Toros que beneficie de maior estruturação e coerência temática que Faith in a Seed.
Preferindo o registo médio no saxofone tenor, Finn dá imensa luta aos três - Dominic Duval, Warren Smith e a mim próprio, que me deleito à sombra desta alegoria sobre a arte do toureio, ritual tão antigo quanto o homem. Finn, Duval e Smith oferecem música que conjuga força e doçura, capaz de exprimir uma variedade de estados emocionais, da dor e solidão, à celebração da vida e da alegria de estar vivo. Destreza, agilidade, coragem e valentia ao sol, na praça de touros, onde se joga o grande desafio.
James Finn Trio - Plaza de Toros (Clean Feed, 2005)

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O primeiro uiiiiiiiiinnnc que se ouve (Space Chord 1) sobressalta e remete para o território dos afectos, quem ao longo dos anos conviveu musicalmente com a obra do homem que veio do espaço. Sun Ra: o mito, a lenda, o ícone de enorme dimensão musical e espiritual, mas também um tipo simpático, bonacheirão, garrido e fantasioso no trajar, engraçado no falar, fundador da sua própria editora discográfica (El Saturn), criador de um laboratório musical ambulante a que chamou Arkestra. Ra, o cósmico cidadão extraterrestre que se apresentava sob uma imagem absolutamente fora do comum (mesmo para extraterrestre!), inseparável da bizarra fixação no Antigo Egipto e nas coisas longínquas do espaço sideral. Ra, que surpreendeu os terráqueos, simples mortais, com a cândida e aparentemente sincera crença na realidade do seu mundo mágico. Sun Ra, o artista com uma carreira de 50 anos de música desenhada a traços de piano eléctrico, sintetizador e seus derivados, sopros e toda a sorte de percussões. Sun Ra...
Decorreram 12 anos sobre o desaparecimento físico do astroman; ou sobre a sua partida para outra dimensão, consoante o entendimento de cada um. Foi em Maio de 1993 que Ra se foi a Saturno, que o mesmo é dizer, voltou para casa. Já lá vai uma dúzia de anos, é verdade, e a passagem de uma década sem Ra na Terra, num mundo mais perfeito, deveria merecer aberturas de telejornal.
De comemorar oportunamente se lembrou a editora holandesa Kindred Spirits, que resolveu reunir em disco um punhado de artistas da actualidade, em maior ou menor medida tocados pela música produzida por Sun Ra durante a relativamente longa e extravagante passagem pelo nosso planeta.
O disco abre com a Outerzone Band de Francisco Mora Catlett, baterista ex-Arkestra que continua a espalhar a boa nova de Ra pelo mundo fora. Esteve recentemente no North Sea Jazz Festival, na Holanda, para um concerto com Marshall Allen, seu actual e antigo companheiro na Arkestra. A celebração continua com Recloose, um colectivo de estilistas da música electrónica de fusão, hábeis na reciclagem de materiais anteriormente utilizados por Ra. O mesmo vale para o finlandês Jimi Tenor, criador de uma big band à imagem e semelhança da Arkestra, em versão loura acetinada, também ele participante da última edição daquele festival holandês.
Versões de temas do compositor? Também se encontram em Sun Ra Dedication: The Myth Lives On. Mas o mais interessante neste disco vem a ser a descoberta ou o reencontro com os sinais, tiques, truques, sons, clichés e outros vestígios do universo criativo do alienígena, e poder verificar como a música actual de base electrónica, tributária de outras referências da cultura popular das últimas décadas, assimilou a estética do Grande Saturniano.
E há muito do cosmic groove raiano em Build an Ark, Alex Attias presents Mustang, Theo Parrish, Mocky, Offworld feat. Vanessa Freeman, King Britt, Yesterday's New Quintet feat. Dudley Perkins e Phillip Charles. Quem, se não Sun Ra, conseguiria fazer federar no mesmo disco, de forma coerente, despretensiosa e musicalmente relevante, criadores que professam o jazz, a pop, a soul, R&B, downtempo, house, hip hop e outras variações sobre mesma temática?! O mito perdura, como se diz no título. Tem muitas virtudes, esta dedicatória. Entre elas, a de servir de young person's guide to... Saturno e seus anéis.

Alinhamento:

01 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Space Chord 1
02 Jimi Tenor - Love In Outer Space
03 Recloose feat. Jonathan Crayford - Paepulsariki
04 Build An Ark - The Stars Are Signing Too (Doors Of The Cosmos)
05 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Space Chord 2
06 Alex Attias presents Mustang - Nuclear War
07 Theo Parrish - Saga Of Resistance
08 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Suny
09 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Space Chord 3
10 Mocky - Departure Point
11 Offworld feat. Vanessa Freeman - Astro Black
12 King Britt - Black (A Shade Of)
13 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Space Chord 4
14 Yesterday's New Quintet feat. Dudley Perkins - Nuclear War
15 Francisco Mora Catlett presents Outerzone Band - Space Chord 5
16 Philip Charles - deconStrUctioN of a new eRA



 
13.4.05
 
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Tenho uma especial predilecção por este best of das pequenas formações que actuaram no festival Freedom of the City 2002, muito por culpa de Sylvia Hallett e da sua roda de bicicleta tocada com arco de violino, o próprio violino, mais voz, delays e outras coisas mais.
No primeiro disco, Veryan Weston com Trevor Watts, piano e saxofones; depois Sylvia Hallett e a sucintamente descrita parafernália; a seguir Lol Coxhill, Paul Rutherford e Ian Smith: sax soprano, trombone e trompete, respectivamente.
A segunda parte deste ramalhete de Small Groups abre com Roger Smith, guitarra acústica solo; Chris Burn e Matt Hutchinson ao melhor nível (de sempre), numa actuação esfusiante de trompete e sintetizador. A fechar o segundo disco, Evan Parker, saxes soprano e tenor e John Russell, guitarra.
De todas, a intervenção de Sylvia Hallett é a que mais me intriga, pela heterodoxa combinação instrumental e, sobretudo, pelo resultado sonoro. Hallett, pouco gravada (White Fog, também na Emanem, é muito mais que uma simples curiosidade sónica), está ao nível do melhor da improvisação londrina, cuja mostra em versão Small Groups, durante pouco mais de duas horas, dá uma razoável panorâmica do estado da arte da brit-improv. Em 2002 era assim.


 
jazz, música improvisada, electrónica, new music e tudo à volta

e-mail

eduardovchagas@hotmail.com

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