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22.4.05
 
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© Peter Gannushkin

Depois de criarem as suas próprias editoras discográficas (labels e netlabels) e de promoverem concertos e outras iniciativas, a palavra de ordem para os artistas independentes é cada vez mais a auto-promoção através de novos meios. Da sua música, pensamento musical, projectos, agenda, fotografias, partituras, discografia, etc.
Foi a favor do desenvolvimento deste conceito que surgiu ArtistShare, uma forma alternativa de colocação do trabalho dos artistas ao dispor das pessoas que já o conhecem, mas têm dificuldade em a ele aceder, e de, ao mesmo tempo, conquistar novos ouvintes.
O ArtistShare focaliza-se nas diversas fases do processo criativo, permitindo mostrar como o artista concebe, desenvolve e executa uma determinada obra musical e partilhar todo o processo com uma vasta audiência online.
Sem dúvida que o paradigma está a mudar. Os artistas criam, mostram como o fazem, controlam as fases do processo criativo, anunciam e divulgam o seu trabalho sem a intermediação de entidades estranhas à relação directa que podem estabelecer com o público, com vantagens óbvias para ambos. A tecnologia digital ao serviço da criação e da fruição musical.
O que se passa é que a tecnologia que as companhias discográficas responsabilizam pelas quebras dos ganhos da indústria (computadores pessoais, gravadores de CDs e de DVDs, a internet, as compras online, a partilha de ficheiros...), tornaram-se aliadas dos artistas, ao encurtar substancialmente a distância que os leva até ao consumidor final, o qual, em grande medida, vê reformulado o seu papel. De objecto, passou a sujeito passivo e daqui a sujeito activo, podendo interagir com o artista e colaborar com ele no processo de criação.
Maria Schneider aderiu recentemente à iniciativa. Foi através do ArtistShare que a compositora conseguiu financiar o trabalho da sua orquestra, produzir e comercializar o álbum Concert in The Garden, recente vencedor de um Grammy (Best Large Jazz Ensemble Album), no qual o público participou activamente através de donativos (os chamados micro-pagamentos online, através dos quais centenas ou milhares de pequenos donativos chegam a perfazer valores suficientes para produzir um disco, por exemplo), e de outras formas de apoio directo e indirecto à artista. Ganhámos, disse ela.
Jim Hall, Jane Ira Bloom, Danilo Perez e outros, já lançaram os seus projectos pela mesma via. O saxofonista soprano e musicólogo Chris Kelsey (na foto) fará o mesmo a partir do próximo 1 de Maio.


 


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