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31.8.08
 
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Anthony Braxton - Solo Live at Moers Festival
Live at the New Jazz Festival, Moers - June 1, 1974
[Moers Music LP, 1976]

1. Comp. 26 B (Braxton) [8:10]
2. Comp. 26 H (Braxton) [4:50]
3. Comp. 77 B (Braxton) [5:18]
4. Comp. 26 E (Braxton) [5:19]
5. Comp. 26 F (Braxton) [5:31]
6. Comp. 26 G (Braxton) [3:12]

 
 
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Bagatellen

 
 
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Cheer - Cluny to the Sea
[Distance Recordings]

 
30.8.08
 
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Patricia Barber - 3 de Novembro. Teatro Camões, Lisboa

 
 
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«Faltam dois meses para The Complete Arista Recordings of Anthony Braxton»
Beware of the Blog...
(Foto: Frank Schindelbeck)


 
29.8.08
 

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Ullmann/Swell 4tet featuring Barry Altschul & Hill Greene

 
 

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Jez Nelson apresenta na edição de hoje do Jazz on 3 dois concertos taludos: primeiro, o power trio Tyft, liderado pelo guitarrista islandês Hilmar Jensson, com os norte-americanos Andrew D'Angelo e Jim Black, seguido do quarteto nova-iorquino do saxofonista alto Rudresh Mahanthappa (Vijay Iyer, François Moutin e Dan Weiss), ambos gravados no mesmo local: The Wardrobe, em Leeds, Reino Unido. A partir das 11h30 PM de Londres.

 
 

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Touch Radio 33 / AER - Without Number

«The earliest tape used comes from 1982 and the most recent is ten years old. AER is/was a name I gave to sound recordings on the Touch samplers (in particular) & this is an opportunity to "clear the cupboards" and make the best of them available in one location. None of them benefit from studio production; now that sound mastering software is relatively easy to come by, I suppose part of the point is that they are all cassette or minidisk recordings assembled on basic equipment. The main point is the personal experience involved» - Jon Wozencroft.

 
 

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«Vou fazer três concertos com o meu novo projecto. São os Afterfall, do qual fazem parte Sei Miguel (trompete), Joe Giardullo (sax soprano), Harvey Sorgen (bateria) e Benjamin Duboc (contrabaixo). Estive Setembro passado em Woodstock, na casa do Joe Giardullo, de quem sou amigo há já alguns anos, e lá conheci o Harvey Sorgen. Estivemos a tocar um dia e foi muito fixe. Combinámos tentar arranjar uma oportunidade para concretizar este projecto. Nessa altura levei o disco Tone Gardens do Sei [Miguel], já com a pulga atrás da orelha, pois andava a tentar fazer um projecto que incluísse o Sei, e este pessoal é o ideal para o fazer. Falei com ele, que ficou entusiasmadíssimo, e portanto aí está. A música vai ser de improvisação total. O Benjamin despertou-me a atenção através dos discos (nomeadamente, um que ele tem na Creative Sources) e quando cá esteve no CCB resolvi convidá-lo. E pronto, vamos ver o que acontece». - Luís Lopes

 
 
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Rafal Mazur & Michal Dymny - Extension

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[Insubordinations]

 
28.8.08
 
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Yo Miles! live at The Fillmore - October 21, 1999

Yesternow, Part 1 -> Right Off -> Agharta Prelude
Black Satin

Great Ancestor, Part 1 -> Calypso Frelimo -> Ife -> Great Expectations
->
Right Off, Parts 4 & 5
Encore: Hollywuud / Big Fun

Henry Kaiser / Wadada Leo Smith / Zakir Hussein / Michael Manring / Nels Cline / Chris Muir / Alex Cline / Tom Coster / ROVA Saxophone Quartet: Bruce Ackley, Steve Adams, Jon Raskin, Larry Ochs.

 
 
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Kenny Barron Quartet: Live At The Village Vanguard
[WBGO, NPR Music]

Kenny Barron_piano
Dayna Stephens_saxofone tenor
Kiyoshi Kitagawa_contrabaixo
Francisco Mela_bateria

E também...
Uri Caine Trio: Live at the Village Vanguard
Brian Blade: Live at the Village Vanguard
Guillermo Klein: Live at the Village Vanguard
Al Foster Quartet: Live at the Village Vanguard

 
27.8.08
 
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Wadada Leo Smith, curador do Creative Music Festival:
In celebration of the inauguration of the Herb Alpert School of Music at CalArts
Red Cat, 19-20 de Setembro de 2008

 
 
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Trills - Fetal Discoveries
[Archaic Horizon Records]

Trills de regresso à Archaic Horizon. Em 'Fetal Discoveries', Jonathan Jindra (Trills) entrega-se ao trabalho exclusivamente com sintetizadores vintage, dos quais saca os sons mais psicadélicos, fluidificados e fluorescentemente pró-setentistas que por aí circulam. «This beautiful sonic narrative flows from song to song, greatly enlivened with Trills infused and energetic style. He has injected even the softer ambient songs with electricity, creating a brilliant depth and character in each synth. Add to this alluring, projected and thematic array of imagery, and 'Fetal Discoveries' becomes a memorable album that won't be easily forgotten».

 
 
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Grateful Dead live at Avalon Ballroom / October 12, 1968

01 - Introduction
02 - Dark Star ->
03 - Saint Stephen ->
04 - The Eleven ->
05 - Death Don't Have No Mercy

06 - Cryptical Envelopment ->
07 - Drums ->
08 - The Other One ->
09 - Cryptical Envelopment ->
10 - New Potato Caboose ->
11 - Drums ->
12 - Jam ->
13 - Feedback

 
 

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A sueca Ayler Records, editora independente dirigida por Jan Ström, pioneira dos discos digitais, anuncia a edição da segunda Digital Box. A sequência iniciou-se com o guitarrista e artista plástico nova-iorquino Jeffrey Hayden Shurdut. O segundo a ver o seu trabalho publicado por esta via é o saxofonista canadiano François Carrier. A edição inclui o liner book em formato PDF, para descarga.

 
 
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test tube news ~ #017 ~ aug 2008

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Mensa - Southern Recordings
[Resting Bell]


 
26.8.08
 
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NEW YORK'S HOME FOR THE MUSICAL AVANT-GARDE / 20TH SEASON 2008.09

 
 
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Darcy James Argue na NewMusicBox:
'Dispatches From the End of the Jazz Wars'

«(...) Maybe it doesn't matter. Maybe jazz really is dead. Or perhaps Frank Zappa's diagnosis was correct, and it merely smells funny. Call me a cock-eyed optimist, but I happen to think the outlook is good. Jazz musicians of all stripes have spent the post-Jazz Wars era forging ahead with smart, visceral music that is reaching a new audience—our grounding in jazz fundamentals actually makes it easier for us to reach across genre barriers and engage with the wider musical culture, as jazz musicians have been doing throughout the music's history. The wounds inflicted during the Jazz Wars are already healing, and I suspect we will survive the current economic crunch as well. But even if the doomsayers are right, and jazz has, at long last, shuffled off this mortal coil, then let's at least have the decency to give her an honest autopsy».

 
 
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Joan Bagés i Rubi — “Instrumental Music” [Musica Excentrica]

Novidade na Musica Excentrica: o catalão Joan Bagés i Rubi apresenta um conjunto de quatro variações electroacústicas em torno dos universos de Xenakis e de Stockhausen. "These four pieces collect some of my ways of sound work, pieces for solo instrument, pieces for ensemble and pieces for interactive music and electroacoustic music."

 
 
Guitarrista originário de Chicago, residente em Madison, Wisconsin, EUA, Scott Fields tem estado muito activo, dando forma a uma das mais sofisticadas concepções musicais da actualidade nos domínios do avant-jazz e da música improvisada. Fields traçou para si próprio uma via original, que aponta em direcções diferentes das marcas mais distintamente assinaladas no panorama dos últimos 20 anos. O seu estilo não é o de um guitarrista típico do jazz, tradição que nem sequer bebeu no leite materno. Neste aspecto, e no que ao tratamento das seis cordas diz respeito, a sua fala apresenta mais afinidades com o discurso pianístico pós-Cecil Taylor, a partir do qual as noções de composição e improvisação passaram a misturar-se de forma homogénea. Nos últimos tempos Scott Fields tem investido muito do seu potencial e energia criativa em inúmeros projectos que exploram diferentes ideias, formatos e concepções ligados a outras tantas vertentes da música improvisada, com ligações, ainda que por vezes remotas, ao jazz. Sem contar com This American Life, gravado em quarteto (Scott Fields, Sebastian Gramss, Scott Roller e João Lobo) e editado este ano pela NEOS, Drawings, a mais recente saída de Scott Fields na Creative Sources Recordings (CS130), encontra o artista em plena exposição, como solista e orquestrador. A ideia de gravar este vasto conjunto de miniaturas para guitarra eléctrica Gibson SF-336 (Scott Fields Signature), numa longa sequência em que aparecem ligadas ombro a ombro, nasceu do encontro com o artista plástico alemão Thomas Hornung, no decurso duma residência artística algures nos Alpes Suíços. Depois de observar o processo criativo de Hornung, que desenha linhas finas a carvão sobre papel A4, ocorreu-lhe a ideia de incorporar os desenhos num projecto conjunto com o videasta Arno Oehri, que também tomou parte na concepção. A ideia seria converter desenhos e esquissos numa partitura gráfica, com recurso à rica e variada sintaxe musical que a guitarra eléctrica adquire nas mãos de Scott Fields. Para este projecto, que tomou forma a partir de 2004, das 254 takes inicialmente gravadas, de que permaneceram 171 após triagem, Fields utilizou um conjunto de 98 peças, cuja duração varia entre os 7 segundos e pouco menos de 1 minuto. O fraseado da guitarra, além de breve, é simples e de traço fino e esguio, tal como nos esquissos de Hornung. A edição inclui ainda um vídeo de 55 minutos realizado por Arno Oehri, intitulado 301 Miniaturen. Enquanto obra de arte, no seu conjunto, Drawings acaba por ser uma realização interactiva de três artistas, a partir dos desenhos de um deles. Musicalmente, expõe uma faceta muito interessante e porventura menos conhecida de Scott Fields: o trabalho a solo conceptual sobre as seis cordas electrificadas.

 
 
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#295 / September 2008

 
14.8.08
 
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Sebastian Peter - Fließen [fe009]

«Sebastian Peter's 20 minute piece ‘Fließen’ was originally produced as a 8-channel sound-installation at Müllersches Volksbad, Munich and has been part the Natalie Singer ‘Well(e)ness’ radio art project at Bauhaus-University Weimar in early 2008. The composition is split into 5 parts each reflecting on water as a subject of environmental awareness, using field/water-recordings and digital sound. Peter slowly changes the sound of ‘Fließen’ by turning the clean image of sparkling waters into some muddy puddle, tempting to question our ideas of water as a free natural resource. While the original 8-channel installation was based on the tonal and spatial fragmentation (and continuous compression and of both sound and room) the new 2-channel version has reduced these features to stereo working best with headphones. Sebastian Peter currently lives in Weimar, Germany, studying and working in the fields of philosophy, electroacoustic music and media design. Cover artwork by Moritz Wiegand». - Frozen Elephants Music

 
 

Tom Waits - Last Rose of Summer (1993)

 
13.8.08
 
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OffTheSky (Jason Corder) - Subtle Trees [RSC035]

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A abertura do segundo ciclo de concertos da 25ª edição do Jazz em Agosto (o primeiro já havia sido aqui comentado), coube ao sexteto do trompetista norte-americano Taylor Ho Bynum. Músico de primeiro plano, ainda está a crescer como compositor e trompetista. Nesta última faceta, Bynum é capaz de pôr o instrumento a cantar ou simplesmente a produzir ruído abstracto, num idioma de muitas formas e complexidades. Quem tinha dúvidas deixou de as ter: a escrita e improvisação de Bynum é assumidamente marcada pelo trabalho do seu mentor e principal influência artística, Anthony Braxton, exprimindo-se por vezes numa tonalidade que vai buscar referências ao lado mais escuro de Bill Dixon. O contexto em que se exprime apresenta um tipo de formação fora do comum, com duas guitarras eléctricas (Mary Halvorson e Evan O'Reilly), viola/baixo eléctrico (Jessica Pavone), saxofone tenor/clarinete (Matt Bauder) e bateria (Tomas Fujiwara), de resultados interessantes, com solos incisivos sobre estruturas temáticas que se iam moldando à medida em que se explanavam, por entre linhas melódicas simultâneas em tons de calipso, rock e avant-jazz, elementos que entram na composição do jazz de câmara do sexteto, tal como soa em The Middle Picture, disco saído na Firehouse 12, em 2007. Ao longo dos temas, entre eles uma longa suite dedicada a Braxton, preponderou o som contrastante das guitarras, colocadas em cada um dos extremos da panorâmica – O’Reilly mais seco e roqueiro; Halvorson em afirmações de delicadeza robusta e sensibilidade angular – a fazer “cama” para a elaboração dos sons acústicos de cordas e sopros, com Bauder em noite inspirada, face a uma Pavone discreta e mais convencional, sob a marcação cerrada da bateria em modo de malha apertada. Um desacerto aqui ou ali, minudências sem importância, não chegaram para estragar a desafiante prestação do sexteto, talhado para ser ouvido noutro tipo de ambiente, de preferência dentro de portas.

Memorize the Sky, trio do saxofonista Matt Bauder, do contrabaixista Zach Wallace e do percussionista Aaron Siegel. Juntos, levam uma década de trabalho na procura do ponto de equilíbrio para a música que fazem. Graficamente, poder-se-ia representar graficamente por uma linha contínua e maleável que segue ao sabor da onda e vai sendo modelada através da adição ou subtracção de elementos, sem saltos bruscos, nem súbitas alterações morfológicas. Devagar, em passo lento e seguro, quase sem se dar por ela, a música instala-se e interpela quem a ouve. Há na música do Memorize the Sky um efeito ilusório que poderia sugerir facilitismo. Bem pelo contrário, é na austeridade da proposta, no minimalismo gestual e sonoro, fruto duma depuração que só o tempo, a estabilidade e a rodagem enquanto trio permitiriam, que reside o potencial exploratório das múltiplas relações tímbricas. É do suave desdobrar da cor em diferentes matizes e sobreposições, que nasce a profundidade da interacção instrumental e se monta o jogo com a percepção auditiva da assistência. Cativante, esta forma personalizada de música improvisada de base acústica, que se alimenta de tantas influências que é virtualmente impossível nomeá-las. Nem isso teria qualquer interesse. Mas é algures entre a música de câmara contemporânea e o jazz exploratório, que o Memorize the Sky crava e desfralda a sua bandeira.

Sylvie Courvoisier e o grupo Lonelyville vieram a Lisboa mostrar a sua música de câmara concertante. Excelente, dirão uns, aborrecida e entediante, direi eu. Essencialmente concentrada num tipo de desenho melódico extremamente ornamentado, a música que se ouviu resultou num pastiche saturado e saturante, um exercício de estilo que usa e abusa do arranjo supérfluo e esteticamente passadista, demasiado presa a uma estrutura de malha apertada que sufoca e não deixa entrar o ar. A fórmula, rígida nos pressupostos e explanação de ideias, permite antecipar que o concerto de hoje possa soar precisamente igual ao de amanhã, e assim sucessivamente, tirados a papel químico. tal como os solos sacarinos de Mark Feldman e Vincent Courtois, ambos no pior estilo de improvisação, avelhentado e passadista. Lamentavelmente, esta música não fala à mente nem ao coração, não faz sonhar nem transporta para lado algum, a não ser até ao bar mais próximo, para longe daquela coisa desengraçada. E que andava Gerald Cleaver (!) a fazer ali? Que faziam os bichinhos electrónicos de Ikue Mori, além de amarinhar pelos móveis de estilo e sujar um pouco aquele brinquinho de limpeza e irrepreensível arrumação suíça? Nada. Enfim, muito chata esta concepção de Madame Feldman, longe de outros fulgores bem mais apelativos. Causa perplexidade pensar que foi esta a mesma pianista que esteve no Jazz em Agosto de 2006, em triângulo com Ikue Mori e Susie Ibarra, o trio Mephista, grupo que deixou uma das melhores e mais duradouras impressões daquela edição. O algodão engana, afinal. A favor do pastelão “Lonelyville” e da sua gramática demasiado canónica e classizante, contou a competência dos músicos, todos eles exímios. O que, não se questionando, não chega para pintar um bom concerto. Nem vale a pena gastar mais tempo com isto.

Para meu gosto, outra das grandes e suculentas surpresas – talvez antes a confirmação de que a proposta poderia funcionar e de que a expectativa criada à sua volta faria sentido, ou se, pelo contrário, à maneira dos políticos, não passaria de promessa incumprida – chegou através da circunstancial associação do acordeonista francês Pascal Contet, homem de muitos mundos musicais, de Boulez à dança, e do contrabaixista norte-americano Barre Phillips, um veterano de 74 anos que tem um curriculum como provavelmente mais ninguém hoje no activo. Phillips, além de ter tido uma belíssima prestação nos diálogos com o acordeão, foi desconcertante e comovente na maneira afável e delicada como tocava as cordas do contrabaixo, sem um som a mais que fosse, sempre na justa medida de entoação e intensidade que cada momento requeria. Contet… que prodigiosa figura de músico improvisador, jovem, se comparado com Barre Phillips, mas pleno de sabedoria e respeito pelo parceiro de duo com quem partilhava o primeiro encontro em público. Sensacional e um dos melhores e mais emocionalmente compensadores momentos do Jazz em Agosto.

A fechar o ciclo, o Peter Brötzmann Chicago Tentet, designação que abriga um extraordinário grupo de músicos. Onze, como numa equipa de futebol, e não dez, como o nome faria supor. Brötzmann põe-se de fora? Não, ele é o maestro visível e invisível, o arquitecto deste edifício de sólidos alicerces, que tece as mais inebriantes relações espácio-temporais. É do centro da terra que lhe vem a energia que há 10 anos a esta parte envolve algumas das mais importantes figuras da música improvisada actual, versados todos no vernáculo do free jazz / improv. Não sei se foram tocadas duas ou três composições; sei apenas que foi hora e meia seguida de concerto, que teve de tudo: sopro titânico a plenos pulmões, diálogos excruciantes de Brötzmann à vez com os seus rapazes (enquanto, à distância e em segundo plano, Ken Vandermak dirigia as harmonizações); secção rítmica variada e complexa (contrabaixo, violoncelo e duas baterias), solos, duos, trios a arrumar e a desarrumar a loja, dispersão em cromatismo multicolor – aspectos postos em evidência pelas constantes permutas de posicionamento dos elementos móveis, pelas constantes variações dinâmicas, ora em combustão lenta, ora em explosão instantânea. Acima de tudo, valeu a força colectiva em cujos trâmites o Peter Brötzmann Chicago Tentet impressiona toda a gente, aficionados, iniciados e eventuais curiosos, com as suas inflexões e vertiginosas assimetrias. Música com memória, não deixa de convocar para este tempo ecos dos sons primaciais do que se veio a chamar jazz, é também uma música do presente e do futuro, reconhecível no acto de saber olhar retrospectivamente para os 10 anos de actividade, fermenta e deixa perceber que há espaço para maravilhar. E assim foi: de cada vez que tocava a reunir e o passo do groove acelerava, sentia-se emergir uma vibração que parecia vir do centro da Terra – outro nome para a alegre vitalidade desta música que fez a festa de encerramento do Jazz em Agosto/2008, aquela que certamente perdurará na memória de quem assistiu aos concertos, e que a guardará como uma das melhores edições dos últimos anos, pela elevada qualidade artística das propostas.

 
12.8.08
 

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O conceito-base foi e continua a ser o da viagem de comboio pelas pampas argentinas. O projecto sonoro The Cherry Blues Project, desenvolvido a partir de Buenos Aires, Argentina, pelo duo homónimo de artistas da música experimental, arte sonora e videoarte. O trabalho foi originalmente publicado pela netlabel Audioatalaia em 2001, sob o título original de El Viaje Mistico. A ideia era apresentar o trabalho dos artistas sonoros portenhos, realizado a partir de gravações de campo e outros sons, conscientes e acidentais, ruído esparsos e fundos electrónicos relacionados com o mote principal: uma viagem de comboio pela Argentina. Em 2007 a netlabel berlinense Resting Bell pôs mais carvão na máquina e retomou a jornada com duas novas saídas, El Viaje Revisited Vol.1 e El Viaje Revisited Vol.2. Mas a viagem não terminou. De volta ao assunto, o projecto The Cherry Blues Project pediu entretanto a quarto artistas sonoros – Mensa, Jc+Gk, Peacemaker e Adrián Juárez – que pegassem no material conhecido e lhe dessem a volta que entendessem. As remisturas obtidas, a que se soma um tema inédito (Metitaciones Pt. 1), fazem parte da mais recente edição da Resting Bell: The Cherry Blues Project - El Viaje Remixed.

«Resting Bell is a netlabel. The presented music should be meditative, experimental, electric, peaceful, beautiful, exciting, acustic or grounding. It could be nearly anything».

 
11.8.08
 

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Evan Parker Electro-Acoustic Ensemble
Live at the Queen Elizabeth Hall, London
November 17, 2006 - BBC Radio 3

1. Shadow Play
2. The Eleventh Hour (Parts 1 - 5)

Evan Parker, Agusti Fernandez, Paul Lytton, Joel Ryan, Marco Vecchi,
Walter Prati, Philipp Wachsmann, John Edwards,
Lawrence Casserley, Richard Barrett, Paul Obermayer

 
 
Peter Brötzmann Chicago Tentet

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Peter Brötzmann Chicago Tentet
Peter Brötzmann, Mats Gustafsson, Ken Vandermark, Joe McPhee, Johannes Bauer,
Jeb Bishop, Per Åke Holmlander, Fred Longberg-Holm, Kent Kessler,
Paal Nilssen-Love, Michael Zerang
Jazz em Agosto/2008
[Fotos © Nuno Martins]

 
 
Pascal Contet/Barre Phillips

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Pascal Contet/Barre Phillips
Jazz em Agosto/2008
[Fotos ©
Nuno Martins]

 
 
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Maximize Information Flow:
How to Make Successful Live Electronic Music

 
 
Fritz Hauser

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Fritz Hauser
Jazz em Agosto/2008
[Fotos © Nuno Martins]

 
 
Memorize the Sky

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Memorize the Sky
Matt Bauder, Zach Wallace, Aaron Siegel
Jazz em Agosto/2008
[Foto ©
Nuno Martins]

 
jazz, música improvisada, electrónica, new music e tudo à volta

e-mail

eduardovchagas@hotmail.com

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