TEMPORADA MISO MUSIC PORTUGAL EM RESIDÊNCIA NO IFP
http://www.misomusic.com/port/difu/temporada/temporadaabril08.html
Auditório Phillippe Friedman - Instituto Franco-Português
Morada: Avenida Luís Bívar, 91 / 1050-143 Lisboa
CURSOS
1 a 3 de Abril
Workshop de Interpretação Espacial Sonora com a Orquestra de Altifalantes
por Annette Vande Gorne
(com concerto final pelos participantes no workshop)
Como analisar a dimensão especial das obras electrónicas acusmáticas, como pôr em evidência na interpretação os espaços criados pelo compositor ou até recriar os movimentos dinâmicos e espaciais? Este estágio articula a análise e a interpretação e termina com um concerto dos alunos na última noite de estágio.
Estágio conduzido por Annette Vande Gorne, compositora, professora no Conservatório Real de Mons-Bélgica e especialista em interpretação de música acusmática.
MÚSICA Electrónica com a Orquestra de Altifalantes
3 ABRIL - 21h30 Auditório P.F.
concerto final pelos participantes no workshop de Interpretação Espacial Sonora
(programa a definir)
entrada livre
MÚSICA Electrónica com a Orquestra de Altifalantes
4 ABRIL - 21h30 Auditório P.F.
Obras criadas nos estúdios de Musiques & Recherches (Bélgica) e no LEC (Laboratório Electroacústico de Criação da Miso Music Portugal)
Espacialização sonora e interpretação por Annette Vande Gorne e pelos compositores.
Filipe Lopes - Caldo Kenong (estreia absoluta)
André Castro - Ar (estreia absoluta)
Filipe Esteves - Voices (estreia absoluta)
Bernard Parmegiani - Rêveries
Laurent Delforge - Nautilus
Ingrid Drese - Les voix de l'aurore
Nicolas Bernier - Liaisons mécaniques
Jonty Harrison - Free Fall
MÚSICA Electrónica com a Orquestra de Altifalantes
5 ABRIL - 21h30 Auditório P.F.
Obras de Annette Vande Gorne
Espacialização sonora e interpretação por Annette Vande Gorne
Tao: 4ème élément, Métal
Vox Alia
Yawar Fiesta: lamento
Yawar Fiesta: combattimento
Yawar Fiesta: monologue final
preço dos bilhetes 5 ¤ ; 4¤ até aos 30 anos
PARA OS MAIS PEQUENOS
2 e 3 ABRIL - sessões às 10h00, 11h30, Auditório P.F.
Contos Contados...Cantados com Som / Teatro Electroacústico
Histórias contadas com sons para crianças dos 4 aos 12 anos
A corrupção não tem só o lado canalha de que se ouve falar. Ver não, que não existe. Por exemplo, a adulteração de maquinaria para fazer som, parafernalia nascida com outra configuração, sujeita entretanto a cirúrgicas intervenções, tem resultado que se ouça, por muita lixarada que também abunde. Se a uma pilha de tralha analógica se somar uma bateria convencional tocada de modo esdrúxulo, temos caso. É no grupo dos projectos com validade estética nascidos nesta terra de ninguém, zona cionxenta que é de todos afinal, que se incluem os portugueses One Might Add. Outra maneira de dizer Alberto Arruda e Ruben Costa, duo de quem saiu há pouco Sailing Team, na Ruby Red Editora, dupla que, associada a outra, formou um quadrilátero de boa memória, que deixou rasto na netlabel Test Tube. Três anos já lá vão e a coisa chamava-se We Shall Say Only The Leaves. Lembro-me que alinhavei um escrito sobre Exploding Whale, naquela altura. De volta a Sailing Team (outra vez a temática marítima, e não menos explosiva, diria), umas quantas passagens pela curta experiência (cada sessão tem apenas 24 minutos, por isso se aconselha packs de duas ou três sessões por junto), revela uma utilização proficiente de material vagamente aparentado a entidades reconhecíveis como sintetizador, samplers, caixa de ritmos marada e outras maradices geradoras de barulho, ou de noise, que é mais fino e educado dizer-se. Nada vem creditado, portanto é só a gente deitar-se a adivinhar combinações e a tirar umas pelas outras. É desta fervura amena, com esporádicos beats sacados à house e a outras danças bravias, que se decanta o som sujo, residual e de cromatismo forte, psicadélico e pós-kraut q.b., dos One Might Add. Algo que calha mesmo bem para massajar as meninges, se ouvido em volume convenientemente alto. Máquinas e rapazes na reinação. Mas a sério. Ideal para soundtrack do filme de ficção científica série Z que imaginar se queira.
All About Jazz - New York # April 2008
Jon Hendricks, Steve Swallow, Cuong Vu, Smalltown Superjazzz,
Anthony Ortega, David Izenzon, Jazz 966
Harald Kimmig & Christoph Schiller – REGEN. O nome do violinista Harald Kimmig liga-se remotamente ao quinteto Corona, de Cecil Taylor, com Muneer Abdul Fataah, William Parker e Tony Oxley, registado em concerto no festival Total Music Meeting, em Berlim, 1989, e editado em CD pela Free Music Production (FMP) sob o título Looking (Berlin Version). De então para cá muitas e variadas têm sido as colaborações de Kimming com gente do mundo da música improvisada. Em REGEN (Creative Sources # 081), Kimming contracena com o pianista Christoph Schiller, músico do free jazz, da new music e da música improvisada. Em vez do piano, Schiller optou pela espineta, preparada de modo tal que passa a soar a qualquer coisa algures entre a percussão e a guitarra acústica. A espineta, que Schiller usa desde 2002, é um instrumento de tecla parente do cravo, com um som que lhe é timbricamente próximo, se tocado de forma convencional. Não é o que aqui acontece. As cordas são percutidas, passadas a arco de modo a soar a algo entre a guitarra acústica, a electrónica e a percussão, e envolvidas com as raízes tonais do violino. Este entra e sai da harmonia convencional, sem qualquer tipo de preocupação relacionada com a marcação do tempo, acentuando a delicadeza deste preparado acústico. Juntos fazem cair uma chuva de microtonalidades que ocasionalmente toma corpo e se desenvolve ao sabor dos acontecimentos. Em planos oblíquos, os instrumentos derivam para texturas de ruído ora para a pura exploração tímbrica. Turbulência mínima, sensação de movimento com um ou outro pico, como o que ocorre na segunda destas cinco improvisações de construção minimalista, ao longo das quais os músicos experimentam com som e se invectivam reciprocamente a arriscar partindo de conceitos básicos próprios da arte da improvisação livre, como são o saber ouvir e reagir. Daqui nasce o diálogo constante entre os gestos que se advinham e os sons correspondentes. Fluidez e convulsão como duas faces de uma moeda com valor e circulação.
JOEL GRIP + CHRISTIAN MUNTHE + TATSUYA NAKATANI
So It Goes (Live at Geiger)
liberté fois trois.
cordes et peaux
abordées sans retenues,
fracas et joies de se rencontrer.
Chegou o novo disco de Lisle Ellis, Sucker Punch Requiem: A Homage to Jean-Michel Basquiat, na nova editora da amiga, promotora e produtora Bonnie Wright, a Henceforth Records. Ainda só lhe passei umas poucas demãos em viagem de automóvel, mas para já, o que retive é altamente positivo. Cruzamentos de electrónica (há anos que Ellis se interessa pelo meio e investiga várias vias de interpenetração das quatro cordas e das fontes digitais), com sons acústicos, a presença a bordo de grandes figuras do jazz, históricos e modernos, da new music e da improvisação livre. A voz espectral e a electrónica de Pamela Z, as flautas de Holly Hofmann, saxofones de Oliver Lake, trombone de George Lewis, piano de Mike Wofford, e a bateria e percussão de Susie Ibarra. Nem sempre as grandes, as maiores figuras fazem um grande disco, mas aqui, salvaguardando a necessidade o rodar mais vezes (tem que ser assim, tanta é a substância que aqui abunda) preliminarmente direi que se trata de uma boa aposta do contrabaixista canadiano Lisle Ellis, há muito radicado nos EUA, primeiro na Costa Oeste e, desde 2005, na Costa Este. O propósito do compositor e produtor da obra foi homenagear musicalmente o pintor norte-americano de ascendência porto-riquenha, Jean-Michel Basquiat (1960-1988), renomado graffiter e neo-expressionista abstracto que viveu e trabalhou em Nova Iorque, celebrizado sobretudo pelos extensos murais de temática sócio-política, pintados na Big Apple dos anos 80, personalidade que inspirou inúmeros artistas plásticos e de todas as artes. É daqui que em parte resulta Sucker Punch Requiem: A Homage to Jean-Michel Basquiat, uma elegia que exprime o respeito e a admiração do músico, e dos que o acompanham, pelo artista plástico. Boa malha, ainda só com escassas pincelada. E com potencial para "crescer" em audições repetidas. Para quem gosta da competição, este é bem capaz de se alcandorar a um lugar no pódio dos magníficos de 2008. Eu seja surdo se não estou a falar verdade.
Jean-Michel Basquiat, Fool's Fetish (1984)
o zurret d´artal: Con esta banda ha estado de gira/presentación de disco europea. solo un cambio de orden mayor. magnus broo, trompeta, que sustituia a rempis por el fallecimiento de su abuela. actuación en barcelona el 17 de marzo. grabación gentileza de "senyor b". Oh Jesus...
ingebrigt håker flaten 5tet, sala apolo, barcelona, spain - 08-03-17 Part 1 & Part 2
Sábado, 29/3, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, tem início o Festival de Flamenco de Lisboa 2008, com Pepe Habichuela. Da geração de Paco de Lucia, Camarón de la Isla, Enrique Morente, Manolo Sanlúca, P. Habichuela deu os seu primeiros passos a nível profissional nas caves de Sacromonte (Granada) e depois mudou-se para os tablaos de Madrid. A sua estreita colaboração com Enrique Morente nos anos setenta marcou uma inflexão na sua carreira e, juntos, descobriram um novo mundo de harmonias que se concretizaram em dois trabalhos históricos, Despegando e Homenaje a D. Antonio Chacón. A solo, o seu primeiro trabalho A Mandeli, foi distribuido pelo mundo inteiro, e o seu segundo CD, Habichuela en Rama, foi gravado em cooperação com o filho, Josemi Carmona, o mesmo que actuará no concerto da Aula Magna.
Novas da Accretions:
Nathan Hubbard - Blind Orchid
Marcos Fernandes, Bill Horist - Jerks and Creeps
Donkey (Hans Fjellestad, Damon Holzborn) - Stone
Quinta-feira / 27 de Março / 22h00 / Século / Lisboa
"This is ... Sirr": performances com john grzinich, paulo raposo, andré gonçalves, carlos santos, j. castro pinto.
Lançamento do disco de Janek Schaefer, "Alone at Last" (sirr-ecords).
Janek Schaefer
alone at last cd sirr 0031
Alone at Last is a studio album, written over the first decade of Janek's career as a composer, sound artist, and musician. Each piece is a response to an invitation. The source sounds are produced using location recordings and manipulated vinyl, which are simply processed through his collection of foot pedals & mixing desk, and then assembled on screen. Anamnesis - refers to the ability of sound to trigger mental images in our minds eye. Each new image is unique to each of us - and they are all uniquely framed within the evocative music.
The CD is housed in an elegant 100% black jewelcase with an 8 page black & white booklet of Janek's photography.
http://www.last.fm/music/Janek+Schaefer/Alone+at+last
Ópera multimédia ITINERÁRIO DO SAL, do compositor, poeta e performer Miguel Azguime, apresentada nos dias 28 e 29 de Março, às 21h00, no Pequeno Auditório do CCB.
Miguel Azguime - performer, composição e textos
Paula Azguime - desenho de som e electrónica em tempo real, encenação
Perseu Mandillo - realização vídeo
André Bartetzki - programação vídeo e video em tempo real
Apoios: Instituto das Artes/MC, DAAD Berliner, Künstlerprogramm & Technische Universität Berlin
Sábado e domingo, 29 e 30 de Março, às 18h30... PARQUE na Culturgest, Lisboa PARQUE é um projecto criado e dirigido por Ricardo Jacinto, com início em 2000, que assenta numa dinâmica de colaboração e cumplicidade criativa entre vários músicos e artistas. No cerne deste projecto colectivo encontramos três peças performativas que aliam as convenções do concerto musical a dispositivos de instalação especificamente concebidos para esse fim: Peça de embalar, Os e Atraso. Paralelamente a estas três peças, e estreitamente relacionadas com elas, Ricardo Jacinto tem vindo a desenvolver várias propostas destinadas ao espaço expositivo, sob a designação Extras e Demonstrações. Acompanhando a sucessiva apresentação das performances e dos dispositivos a que estão associadas, apresentam-se aquelas que foram as duas primeiras concretizações dessa série de trabalhos: PARQUE Noir (Extras e demonstrações #1) e PARQUE Auditório (Extras e demonstrações #2).
A VÉNUS DE PISTOLETTO - #3
28 de Março / 6ª Feira / 22:00 / Espaço Avenida
Av. da Liberdade, nº 211, 1º esq, Lisboa
EMÍDIO BUCHINHO – field recordings, amplificadores, combo de cassetes áudio, miniature wireless boom mic kit, objects trouvés.
CARLOS SANTOS – field recordings, microfones de contacto, processamento áudio digital, objects trouvés.
“Música feita com objectos do quotidiano e tecnologia lo-fi, partindo das coordenadas da Arte Povera para ir mais além. Ou aquém. Emídio Buchinho e Carlos Santos substituem os seus instrumentos habituais tanto por uma grande variedade de utensílios motorizados ou electrónicos como por “objects trouvés” que, amplificados, possam ter utilização musical. Face às presentes discussões sobre a superioridade do digital em relação ao analógico ou vice-versa, a resposta deste duo é a de que o importante mesmo é produzir som. “Does God exist? Yes, I do”, lê-se numa das obras escultóricas mais conhecidas de Michelangelo Pistoletto...
Emídio Buchinho é um dos mais respeitados operadores e designers de som do cinema português, ao mesmo tempo desenvolvendo actividade na área da música criativa como guitarrista e manipulador de electrónica. Que pode ser o computador, os pedais de guitarra ou um simples microfone, que diz ser o seu principal instrumento de trabalho. Uma opinião partilhada por Carlos Santos, laptoper especialmente interessado pela modalidade “field recordings”, anglicismo utilizado para designar as recolhas sonoras em ambientes urbano, industrial e natural que constituem a base das suas composições/improvisações concretistas.” – Rui Eduardo Paes
GRANULAR
http://www.granular.pt/ info@granular.pt
Mike Nock
(LP Capitol, 1969)
Mike Nock (piano eléctrico), Michael White (violino),
Ron McClure (contrabaixo, baixo eléctrico), Eddie Marshall (bateria)
A-01 The Sun And Moon Have Come Together
A-02 Ebony Plaza
A-03 Blues My Mind
B-01 Farewell, Goodbye
B-02 Skiffling
B-03 Strange Love
Gravado ao vivo na New Orleans House, Berkeley, Califórnia, 1968.
Duplo CD de Sun Ra com gravações da década mais colorida e imaginativa do homem de Saturno, registadas ao vivo em Itália, 1978. Oportunidade de ouvir Ra a tocar piano, órgão e teclados electrónicos do outro mundo, como o Moog ou o Crumar Mainman, instrumento que Ra descreve como um misto de piano, órgão, clavicórdio, violoncelo, violino e metais, que, além dos aspectos tímbricos, lhe permitiu experimentar com pré-programação das linhas de baixo e da percussão electrónica. A Arkestra aqui é um quarteto, com Michael Ray (trompete), John Gilmore (saxofone tenor) e Luqman Ali (bateria). O segundo disco contém material inédito, versões alienígenas de temas como Friendly Galaxy, An Unbeknown Love, Of Other Tomorrows Never Know, Images, The Truth About Planet Earth, The Shadow World e de Space Is The Place. Media Dreams emparceira com Disco 3000 e com Sound Mirror, outros dois volumes retirados da série de concertos italianos incluídos na famosa digressão de 1978. A maquinaria voa nas mãos de Sun Ra e o resto da banda acompanha-o nesta viagem alucinatória, reveladora do lado mais electrónico de Sun Ra. Pela via analógica, antecipava o passo digital que se haveria de seguir. Reedição Saturn/Art Yard.
Música psicadélica originária de Filadélfia por um dos grupos mais saudavelmente bizarros da América dos dias de hoje. Os
Temple of Bon Matin andam nesta vida desde 1993, animando ruas e praças com esta espécie de rock para-atonal, de texturas ácidas e formas desfocadas, que cruzam elementos de improvisação electroacústica, tribalismo urbano, groove e free jazz (contam com colaborações de Arthur Doyle, Daniel Carter e Marshall Allen, três históricos do free). Este composto deliciosamente decadente, mistura rica e variada que não perde o fio conductor entre as diferentes partes que a compõem, tem como ponto de partida a troca de ideias entre o baterista
Ed Wilcox e o pianista
John Mulvaney, e os esforços de uma lista de convidados variável de disco para disco. Em
Flower Footed Ghost, por exemplo, alinham Eric Baylies, Jim Flagg, Yinnie Paternostro, Jay Reeve, Charles Cohen, Jerry Mayall, Cory Neal e Jeff Kohlmeyer. Umas mais notórias que outras, os
Temple of Bon Matin reclamam influências de Sun Ra, Harry Parch, Ornette Coleman, Henry Cow, Can, Hawkwind, Captain Beefheart, DMX, Allman Brothers, Albert Ayler, Boredoms, Arthur Doyle, Laundry Room Squelchers. A lista completa seria fastidiosa e diria mais que o necessário. Muito mais interessante será ouvir o som luxuriante, bem amassado e deixado fermentar, de
Flower Footed Ghost, disco editado em 2007 pela portuguesa
Ruby Red Editora.
Machine for Making Sense
The Act of Observation Becomes the Object Itself
(Rossbin)
«With a long salute to Lady Day, ESP-Disk presents The Rare Live Performances of Billie Holiday». Quarenta e oito anos passados sobre a morte da artista, a norte-americana ESP-Disk publicou uma caixa com 5 CDs com a integral da obra de Lady Day para a editora fundada por Bernard Stollman, acrescentada de material colhido noutras fontes, de modo a cobrir toda a carreira, entre 1934 e 1959, e dar uma panorâmica generosa do trabalho ao vivo da cantora, a partir dos arquivos de Boris Rose, que realizou inúmeras gravações para emissão radiofónica e televisiva, ensaios e gravações caseiras, são cerca de 130 temas, um complemento aos discos de estúdio e à informação já conhecida, a que se acrescentam novos factos e datas, liner notes carregadas de informação. Um trabalho monumental da ESP-Disk, casa que tanto trabalha Billie Holiday, Charlie Parker e Bud Powell, como Sun Ra, Albert Ayler, Marion Brown, Frank Wright, Pharoah Sanders, Patty Waters e tantos outros. Apesar das condições técnicas da época serem as que se esperariam, e da preservação das gravações também ter estado longe das atenções que os registos mereceriam, a ESP-Disk conseguiu tirar a maior, filtrar algumas partes, remasterizar tudo, e no final do processo apresentar um resultado digno da grande figura que foi Billie Holiday. ESP 4039 / Billie Holiday - Rare Live Performances 1934 – 1959 (5 disc box set).
WILLIAM WINANT (PERCUSSÃO SOLO)
TERÇA-FEIRA - 25 MARÇO 2008 – 21h30
AUDITÓRIO DE SERRALVES, PORTO
O concerto de WILLIAM WINANT prevê um programa para solo de percussão onde se cruzam diferentes gerações de compositores. As experiências radicais levadas a cabo pela geração de Cage e Feldman, encontrariam ecos nas gerações que se seguiram. James Tenney e Alvin Lucier, são exemplos de uma nova geração que integrou as pesquisas e reflexões de Cage ou Feldman, entre outros, explorando os seus limites e alcançando novos territórios na música e na arte sonora, também eles fortemente povoados por influências, inspirações e entendimentos inter ou transdisciplinares.
Winant é colaborador assíduo de John Zorn, Mike Patton, Sonic Youth, entre muitos outros, e membro do internacionalmente reconhecido Abel-Steinberg-Winant Trio e do grupo avant-rock Mr. Bungle. Trabalha regularmente com companhias de teatro e de dança, entre as quais a de Merce Cunningham que continua, hoje, a protagonizar encontros entre espíritos criativos oriundos de diferentes quadrantes da produção artística, da ciência e do pensamento contemporâneos.
Programa:
- "The King of Denmark" (1964), Morton Feldman
- "Silver Streetcar for Orchestra" (para triângulo amplificado) (1988), Alvin Lucier
- "Fontana Mix" (1958), John Cage
- "Having Never Written A Note For Percussion" (1971), James Tenney
- "Ergodos II" (para sons electrónicos e percussão) (1964), James Tenney
É difícil saber que processos empregam Mazen Kerbaj, Birgit Ulher e Sharif Sehnaoui para produzir os sons invulgares que se ouvem em 3:1, saída recente na Creative Sources (CS#110). Gravado em Hamburgo, Alemanha, em Junho de 2006, sabe-se apenas que os músicos utilizam trompetes e guitarra acústica. Nada mais. Por muito que possa parecer, não há adição de electrónica ou de quaisquer efeitos estranhos ao acto de tocar aqueles instrumentos. Fazem-no, é certo, do menos convencional e heterodoxo que se conhece. No caso de Birgit Ulher e Mazen Kerbaj, dois dos mais relevantes artistas da moderna música improvisada, além da aplicação de um vasto arsenal de técnicas que exploram as propriedades acústicas do instrumento considerado em toda a sua extensão, corpo físico interior e exterior, através do sopro, sorvo, sucção, gorgolejo, vocalizo e de tudo o mais que não é possível descortinar sem ver. Por vezes, parece ouvir-se um motor ou qualquer outro aparelho capaz de produzir vibrações contínuas, além da respiração circular, bem entendido, que sugerem figuras como o arrastar metálico de intensidade variável e toda uma série de impressões que remetem para uma intensa actividade em formas de vida alienígena. O mesmo se passa, com as devidas adaptações, com o trabalho da guitarra acústica. Sharif Sehnaoui só muito raramente dela extrai sons que se possam reconduzir a categorias que fazem parte da memória sonora do instrumento, àquilo que vulgarmente se identifica como tendo por fonte um cordofone com determinada forma e sonoridade. A panóplia de técnicas, das mais abrasivas às suaves em extremo, e as inusitadas formas de abordagem do instrumento, emparceiram com as dos colegas trompetistas, sendo virtualmente impossível atribuir com certeza o quê a quem. Nesta medida, há muito aqui que escapa ao entendimento do ouvinte comum, uma paleta sonora que surpreende quem ainda não esteja familiarizado com as novas correntes da música improvisada e os seus ousados planos criativos. A causa destes músicos é a invenção, não apenas de técnicas de execução e do alargamento do léxico instrumental, mas sobretudo de uma nova poética musical ancorada em sinais que estão para além dos limites que se reconhecem. É toda uma nova experiência criativa que, da aparente bizarria iconoclasta, nos transporta para um mundo ficcional em que é possível reconhecer vestígios do mundo natural e cultural que habitamos no dia a dia. Por tudo o que sugere e desperta, o trabalho do trio germânico-libanês, criado com desvelo e dedicação, emociona e estimula a imaginação, envolvência formada por uma miríade de pontos de luz. Recomendável, em especial a quem se interesse por modos fora do comum de produzir e organizar sons.
Novidades na Creative Sources Recordings:
(HAIL SATAN)
Carlos Galvez Taroncher / Magda Mayas / Koen Nutters / Morten J. Olsen
REFRAIN
Gust Burns / Ernesto Rodrigues / Vic Rawlings / David Hirvonen
QUICK-DROP
Andrea Parkins / Dragos Tara / Laurent Bruttin
SPARKS
Peter Evans / Tom Blancarte
SIRENEN & BLÜTEN
Sascha Demand / Hannes Wienert
Jess Rowland saiu em 2007 com The Shape of Poison (Edgetone Records, 2007). A pianista, dramaturga, compositora de música para dança e teatro e marionetas de S. Francisco tem variado muito na forma e na substância. Da improvisação livre em piano acústico, à electrónica e ao free jazz, Rowland debica aqui e ali para compor as suas diversas realizações a solo e em pequenos grupos. Entretanto, surgiu-lhe a oportunidade de integrar a Shift Physical Theater, uma companhia de dança moderna, em acumulação com a residência artística no ODC Theater, de S. Francisco. Foi a partir desta colaboração que nasceu o projecto The Shape of Poison, trabalho que vem na sequência de outros realizados para a Pax Recordings, como H.29, disco de improvisações em piano solo, a que seguiu o excelente Scenes from the Silent Revolution, a chave que lhe abriu as portas para a participação no Big Sur Experimental Music Festival. The Shape of Poison, três peças de longa duração (1. The Waves Sound Sometimes Close and Sometimes Far Away; 2. A Dragonfly Tries Vainly to Settle onto a Leaf; 3. Kotekan Seniman Alam/Waves Fade into the Distance) escritas para piano e executadas em directo, avança por territórios ainda pouco explorados pela artista, como é o caso da interacção em tempo real do piano e da electrónica analógica (Casiotone) e digital (Laptop), com o propósito específico de servir a dança, dramaturgia e movimento em conjugação. Esteticamente, nestas reflexões musicais sobre a cura para o sofrimento segundo as regras taoistas que a pianista prossegue através do som, encontram-se referências distantes às marcas minimalistas de Steve Reich e de Michael Nyman, sem se comprometer demasiado com aquelas estéticas, deixando transparecer a interessante e multifacetada personalidade musical da improvisadora.
Jess Rowland
VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA
Galeria ZdB, Lisboa, 22.03.2008, 23h00
con_cetta - sclerosis [zym019]
PEACE BE UNTO YOU: Art Ensemble Of Chicago feat. Fred Anderson, Live in Seattle. Em 2002, o AEC em versão trio, com Malachi Favors Maghostut (contrabaixo), Roscoe Mitchell (saxofones), e Famoudou Don Moye (percussão), acrescentado do saxofone tenor de Fred Anderson. 16 temas em dois discos. Edição AEOC, 2002.
A estreia da Exploding Star Orchestra, com We Are All from Somewhere Else (Thrill Jockey) tinha deixado perceber que, depois da consolidação e do acamar das diferentes peças de um organismo complexo constituído por dezena e meia de improvisadores, o passo seguinte haveria de ser ainda melhor. E a confirmação do potencial evidenciado no disco de abertura está neste segundo volume da Exploding Star Orchestra. E há motivo de festa: Bill Dixon a bordo. No encontro pessoal travado no Guelph Jazz Festival de 2006, o cornetista Rob Mazurek convidou o trompetista, professor, pensador do jazz, artista plástico e compositor para escrever e tocar com a fina-flor de Chicago: Nicole Mitchell (flauta), Matt Bauder (clarinete baixo e saxofone tenor), Jeb Bishop (trombone), Josh Berman (corneta), Jeff Parker (guitarra), Jim Baker (piano), Jason Adesewicz (vibrafone, tubular bells), Matthew Lux (guitarra baixo), Jason Ajemian (contrabaixo), Mike Reed (bateria, percussão), John Herndon (bateria) e Damon Locks (voz). Situar musicalmente a ESO leva-nos às duas últimas décadas de Chicago, à memória cósmica da Arkestra e aos desenvolvimentos do jazz pós-AACM (Chigago Underground) e ao pós-rock mais inventivo (Tortoise), de que Rob Mazurek tem feito a súmula nos seus próprios projectos e naqueles que fomenta e instiga. Em parte colaboração e homenagem de Chicago à obra do grande Dixon, músico de Sun Ra e de Cecil Taylor (Conquistador, 1966), co-fundador da Jazz Composers Guild, personalidade que em 2007 recebeu do Vision Festival o prémio Lifetime Recognition; noutra parte, afirmação do talento e criatividade de músicos de gerações mais recentes, Bill Dixon with Exploding Star Orchestra (assim se intitula o disco) tem muito das duas ideias, mas vai mais longe, ao marcar posição de relevo no apagão criativo que, salvo uma ou outra valorosa excepção, tem marcado o panorama do jazz actual, americano e europeu.
Uma experiência catártica como esta de juntar a sabedoria de Dixon ao sangue na guelra do colectivo, de duas uma: ou se saldava num revivalismo serôdio, passadista e fracassante, bom para dar umas voltas pelo mundo para exibir o lado frívolo da coisa, ou embarcaria decididamente num projecto sério de resultados artísticos relevantes, algo que acrescentasse valor e substância àquilo que já se conhece e tão repisado tem sido. Venceu claramente esta segunda via, em parte porque os músicos, além de saberem tocar, sabem ouvir-se uns aos outros, entrar e sair na altura certa. Rob Mazurek optou e bem pelo registo ao vivo, para melhor captar o espírito e permitir a Bill Dixon e a toda a gente expor a sua visão particular no plano individual, da secção e do conjunto alargado. Nessa medida, a gravação permite o enfoque na nuance e no pormenor de cada instrumento de per si, sem descurar um lado épico moderado, outro dos aspectos que concorre para o sucesso artístico do projecto.
O disco inclui três composições, duas de Bill Dixon, Entrances/One (18’09) e Entrances/Two (18’11), e uma de Rob Mazurek, que faz a ponte entre aquelas duas, Constellations for Innerlight Projections/For Bill Dixon (24’12). Três suites em sucessivos quadros, que combinam as cores da escrita com as da livre-improvisação. De entre uma infinidade de pontos de interesse desta ambiciosa realização, destacam-se as impressionantes sequências de luz e sombra, de timbre e textura, construções que se fragmentam sob os solos de Dixon, acolitado pelas cornetas de Mazurek e de Berman, com o suporte do melhor som de Chicago. O mentor da façanha e a Thrill Jockey bem podem orgulhar-se do extraordinário resultado a que chegaram. Antes que alguém se lembre de me perguntar, aqui está a minha aposta para disco de jazz de 2008. Distribuição em Portugal: Dwitza.
Paul Flaherty & Marc Edwards, Kaivalya Vol. 2. O lendário saxofonista de New England de volta à liça com o seu saxofone cru, espesso e potente. As pessoas da free music não escolhem sê-lo; nascem assim. Porque haveria alguém de percorrer este caminho se não tivesse mesmo que o fazer? Foi por isto que eu pensei, quando andava pelos 20 anos, que era um músico free. É este o tipo de música que me faz sentir confortável. Improvisar livremente não foi uma escolha. Diz Paul Flaherty. Na bateria, companhias mais regulares têm sido as de Randall Colbourne e de Chris Corsano, sessões amplamente documentadas nas editoras Zaabway e Ecstatic Yod. Nos dois volumes de Kaivalya, o som de Flaherty é aprimorado por Marc Edwards, primus inter pares dos bateristas free, em cinco espaçosas composições espontâneas, segundo o modelo Interstellar Space, de John Coltrane e Rashied Ali. Que ainda rende, como se ouve. Nos últimos anos Edwards tem permanecido em relativa obscuridade, dedicando-se à filosofia oriental e a escrever livros. Participante em Dark to Themselves e na histórica digressão europeia do grupo de Cecil Taylor, que resultou na gravação daquele disco (1976), foi o primeiro (e o melhor) baterista dos vários que David S. Ware Quartet conheceu. Há uns anos empolgou a comunidade com Red Sprites and Blue Jets (CIMP), disco em trio com Sabir Mateen e Hilliard Greene. Kaivalya Vol. 2, gravação de Outubro de 2003, é novidade editorial na Cadence Jazz Records.
Anja Garbarek no Centro Cultural Vila Flor, Guimarães
Anja Garbarek, voz; Håkon Kornstad, saxofone e teclas; Håvard Jacobsen, teclas; Kristian Kvalvåg, guitarra; Tor Egil Kreken, contrabaixo; Wetle Holte, bateria; Marian Lisland, voz
Sábado, 19 de Abril – 22h00
Heavenly Sweetness - Vol. 1
(MP3 Podcast on ParisDJs.com)
Tracklisting :
01. The John Betsch Society - Earth Blossom
('Earth Blossom' 7 inch, 2007 / Strata East/Heavenly Sweetness)
02. Wadada Leo Smith - Love Supreme (For John Coltrane)
('Kulture Jazz' album, 1995 / ECM)
03. Doug Hammond - We People
('Real Deal' album, 2007 / Heavenly Sweetness)
04. Stanley Cowell - Travelin' Man
('Regeneration' album, 1976 / Strata East)
05. Marion Brown - Vista
('Vista' album, 1975 / Impulse)
06. Trudy Pitts - A Supreme Love
('Me, Myself and I' album, 2003 / Scorp Leo Ltd)
07. Billy Gault - The Time Of This World Is At Hand
('When Destiny Calls' compilation, 1974 / Steeplachase)
08. Hal Singer - Malcom X
('Blues and News' album, 1971 / Disques Futura et Marges)
09. Anne Wirz - Mother Of The Future
('Infini' album, 2007 / Heavenly Sweetness)
Gyldene Trion: Daniel Fredriksson, Jonas Kullhammar e Torbjörn Zetterberg, Live at Glenn Miller Café (Ayler Records). Que trio! A rapaziada sueca bebeu ávida nos clássicos: Sonny Rollins, John Coltrane, Thelonius Monk, Charles Lloyd, Eddie "Lockjaw" Davis, Eddie Harris, Eric Dolphy... A mais recente da editora de Jan Ström.
Jessica Sligter & Louise Dam Eckardt Jensen. The Story of Modern Farming. Duo de 'holandesas' de Amesterdão, que, não sendo voadoras, são seguramente capazes de nos por a levitar. Não falo do bom aspecto que têm, mas da música que fazem. Música “suja” e imperfeita, com que se estreiam em Someone New (D'Autres Cordes, 2007). Sligter, a única holandesa, canta, tecla, flauta e guitarra; Jensen, dinamarquesa a viver em Amesterdão, saxofona alto e muito bem, além de xilofonar a preceito. Ambas improvisam sobre textos e formas que combinam entre si. Como uma espécie de Young Marble Giants da música improvisada moderna, que em vez de pilhar nos vários géneros que visita, opta por passar um brilho sobre as superfícies baças ou gastas de tanto serem tocadas. Sem perder o intimismo onírico que lhe subjaz, este duo de bruxinhas consegue enfeitiçar e fazer um disco fora de série, com as suas harmonias vocais amarrotadas. Bonito e etéreo. Apetece voltar sempre a Someone New. Outra vez.
La primera entrega del año 2008 la iniciamos aquí con suculentos contenidos y nuevas y destacadas colaboraciones. Empezamos con una entrevista exclusiva realizada en Lisboa por nuestro colaborador Nuno Catarino al contrabajista norteamericano William Parker, siguiendo con un repaso a sus discos y en varios de sus proyectos.
Para el capítulo de Escenarios aportamos: una crónica en clave literaria de la visita de Ornette Coleman a Lisboa realizada por nuestro colaborador Antoine Martín; la actuación en Buenos Aires (Argentina) de Keith Rowe, Toshimaru Nakamura y Lucio Capece, y el madrileño Festival Internacional de Improvisación Hurta Cordel. También una entrevista a Keith Rowe realizada en Austin.Texas por Josh Rosen acerca de su manera de enfocar la electrónica en la improvisación y procedimientos realizados en la elaboración de algunos de sus álbumes más representativos. Aprovechamos para hacer las reseñas de diferentes discos de una carrera musical marcada por las artes plásticas.
Nos quedó pendiente para este número una segunda y última parte de Psi Recordings dentro del capítulo destinado al dossier del sello discográfico: aquí tienes los comentarios de algunas de las últimas ediciones publicadas.
El cierre hace escasas fechas de The Rose Club en Londres dejó a la comunidad de improvisadores, no sólo local sino internacional, privada de una de las mejores oportunidades para el desarrollo de esta música en directo. Sus ciclos, ensayos y conciertos han tenido que buscar otro lugar o.... desaparecer, después de más de veinte años de actividad. Con este motivo pedimos un texto para ¿No te jode? a uno de los músicos más importantes del Reino Unido y co-promotor de uno de los ciclos con más relevancia y duración en dicho local. En su respuesta, el guitarrista John Russell nos detalla en exclusiva su paso por The Red Rose, la historia del lugar y sus planes para Mopomoso.
Agradecemos, como siempre, las colaboraciones de los ya citados, igualmente a los demás participantes en este número: Eduardo Chagas, Rui Eduardo Paes, Rubén Gutiérrez del Castillo, Jesús Moreno, José Francisco Tapiz. Damos la bienvenida por su incorporación a partir de este número de ORO MOLIDO al vocalista improvisador y crítico en revistas especializadas Jean Michel von Schouwburg, y al editor Tobias Fisher, quien retoma nuestro capítulo de Libros y Revistas. Cerramos el número con Flores....y Coronas e intercalamos numerosas citas recomendadas. Se encuentran dispersas entre las páginas del fanzine. Saborea la diferencia.....
Chema Chacón, Marzo de 2008.
Esta semana houve saídas de
John Zorn,
Masada,
Teiji Ito,
Cyro Baptista e
Oren Ambarchi. Na
Tzadik. Novidades e reposições também as houve da japonesa
Doubt Music, da
Foghorn,
Erstwhile e muitas outras. Tudo desfiado e apresentado na
mais recente newsletter da Dowtown Music Gallery.
VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA
Galeria ZdB, Lisboa, 22.03.2008, 23h00
Reposição do Frode Gjerstad Trio: Mothers & Fathers & (Circulasione Totale Records, 2006) Gjerstad, saxofone alto e clarinete, com o contrabaixista Øyving Storesund e o baterista Paal Nilssen-Love.