Koch-Schütz-Studer.
Hans Koch, sopros e electrónica,
Martin Schütz, violoncelo eléctrico e electrónica, e
Fredy Studer, bateria. Especialistas suiços da
arte da manipulação electrónica, improvisação livre e intensa exploração textural. O concerto começou bem, com Hans Koch à esquerda a liderar os movimentos iniciais. Excelentes primeiras impressões. À direita do palco, Martin Schütz, aproximava-se num crescendo de
riffs tocados no violoncelo eléctrico, um
drone cheio e potente, carregado de sinais de electónica. Um início auspicioso para um concerto de experimentação sonora, que teria tido outro desfecho, não fora a excessiva intromissão e volume do baterista/percussionista Fredy Studer. Ávido de emoções fortes, o homem ao centro, irrepreensível no primeiro quarto de hora, tomou-se entretanto de inusitados ímpetos percussivos, por vezes justamente nos momentos em que a música clamava por mais contenção, para que se pudesse desenvolver a vasta gama de detalhes resultantes da interacção entre a acústica de cordas e sopros, e a torrente dos laptops. Se não fosse aquele desacerto, a somar às as incursões menores pelo
dub e pelo
rock, a prestação de Koch-Schütz-Studer poderia ter sido um grande concerto de música moderna improvisada, de base electroacústica.