Image hosted by Photobucket.com
4.7.05
 
Image hosted by Photobucket.com


METASONIC.LX
De 14 a 16 de Julho 21:00 Goethe Institut Campo dos Mártires da Pátria, 37 Lisboa

14 de Julho
21:00 antónio josé ferreira paisagens electroacústicas conferência/difusão
22:00 andré gonçalves resonant objects instalação/performance
23:00 carlos santos/joão silva crossing points performance com projecção vídeo
15 de Julho
21:00 miguel cabral bin varactor instalação/performance
22:00 rui costa sightseeing for the blind performance
23:00 emídio buchinho punkt performance intermedia
16 de Julho
21:00 nuno rebelo/vítor rua surf faces performance
22:00 vítor joaquim kwertying zapruder performance com projecção vídeo
23:00 @c + lia 30x1 performance com projecção vídeo
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
14 de JULHO
21:00 antónio josé ferreira - paisagens electroacústicas conferência/difusão

Conferência com difusão de algumas obras do autor. De maneira geral, o ruído acústico é definido como som indesejável, subproduto resultante das várias actividades que ocorrem durante o normal funcionamento de uma sociedade. Exemplos típicos são os vários sons de origem mecanica num estaleiro, um comboio ou viaturas passando perto de uma casa, música com níveis elevados produzida por um vizinho ou até o súbito tocar do telefone à noite. Todos estes sons podem ser designados como “ruído”, mas esta simples afirmação é insastifatória. Uma definição em termos de acústica do ruído deve ser objectiva e incondicional, utilizando o vocabulário da física e respectivas ferramentas matemáticas para descrever o ruído quer no domínio do tempo como no da frequência. Estes dois domínios são muito importantes para a acústica, enquanto disciplina científica. No entanto, podemos considerar um terceiro domínio, mais ligado à estética musical, que descreve como o ruído é empregue como matéria musical e como um compositor o distingue de outros sons.

-------------------------------------------------------------------------------------
22:00 andré gonçalves resonant objects instalação/performance

Estreado em Março passado na Experimental Intermedia Foundation, em Nova Iorque, Resonant Objects parte da uma ideia que passa pela criação de micro-ambientes, espaços propositadamente herméticos, onde procuro abordar vários fenómenos físicos directamente, ou não, relacionados com a audição, deixando ainda espaço para a intervençãodetecção de estímulos do observador.
Para este projecto parti da ideia de aproximar o som e o espaço através de um fenómeno físico, sendo o som usado como um meio para excitar o espaço que é escutado, som gerando mais som através do espaço. O som que acabamos por ouvir está intrinsecamente ligado às características espaciais de um objecto, às suas forma, dimensões e material, mas também com a arquitectura do site-specific e suas características acústicas enquanto albergue para o objecto.
Em paralelo com o processo sonoro, a componente visual actua como monitor da direcção da performance, guiando o espectador e revelando o seu funcionamento.

-------------------------------------------------------------------------------------
23:00 carlos santos/joão silva crossing points performance com projecção vídeo

Como o próprio título indica, Crossing Points baseia-se nos pontos geográficos de travessia sobre o rio Tejo, na ponte/fluxo social e cultural que existe entre Lisboa e Almada. Duas cidades que se desenvolveram juntas nas últimas décadas do séc.XX e que se encontram “aparentemente” separadas pelo Tejo, fronteira natural mas também veículo de informação histórico biunívoco, testemunha silenciosa de crescimento populacional e catalizador de transformação paisagística.
Este projecto procura reflectir uma determinada carga simbólica, que se efectua na travessia do Tejo, acima de tudo maríitima, através de uma sistematização na recolha de materiais sonoros e visuais junto aos pontos de ligação entre as duas cidades, nomeadamente os cais marítimos, as pontes, as suas estruturas de apoio, os veículos, as pessoas que diariamente as utilizam, criando assim numa primeira etapa a contextualização do material recolhido, para posteriormente efectuar uma aproximação de cariz mais poético, na manipulação dos sons e das imagens, procurando acentuar assim a justaposição de uma ideia sonora e outra imagética de fronteira, transposição, disseminação, contraste e fluxo permanente e invisível, carregadas de história e memória, “site-especific”.

-------------------------------------------------------------------------------------
15 de JULHO
21:00 miguel cabral bin varactor instalação/performance

Bin Varactor é um duelo entre homem e máquina. O operador (Miguel Cabral) controla a energia que alimenta os diversos mecanismos que compõem a máquina e esta riposta com a imprevisibilidade dos seus comportamentos face às interrupções abruptas de electricidade, aos sobreaquecimentos, etc.
A máquina é um aglutinado de pequenos motores, electrodomésticos, brinquedos adaptados, gravadores e altifalantes, e apresenta-se, no seu todo, como a fonte exclusiva de som. A acção do operador resume-se à manipulação de interruptores eléctricos. Quanto ao título da instalação: “Bin” vem de binário e faz referência aos “ons” e “offs” da corrente eléctrica que alimentam os mecanismos; “Varactor”
vem de um termo utilizado em electrónica para determinados diodos usados na sintonia de televisores, por exemplo, e para Variable Reactor. Diz Miguel Cabral: “O nome soa mal que se farta (parece mau de uma fita reles de ficção científica, ou um afilhado do Bin Laden...), mas gosto da ideia que está por trás. E também por soar mal que se farta.”

-------------------------------------------------------------------------------------
22:00 rui costa sightseeing for the blind performance

A experiência turística de massas baseia-se numa relação superficial, pré-formatada e essencialmente visual com o lugar. O turista quer saber de antemão o que merece a pena ser visto e que tipo de experiência ele deve esperar. A experiência turística não é mais do que uma _encenação de autenticidade_.
E como é que este tipo de experiência turística se pode traduzir para o domínio sonoro? Será que o cariz imersivo e o poder sugestivo do som podem aportar ao turista uma relação menos superficial, mais imprevisível com o lugar? É sobre estas questões que este projecto lidará. O que Rui Costa se propõe fazer é vestir a pele de um turista seguindo religiosamente os itinerários pedestres descritos no seu guia. Em vez de uma câmara fotográfica, leva um microfone binaural com o qual vai registando os ambientes sonoros da Lisboa pitoresca. O material gravado será manipulado ao vivo de forma a construir um “postal sonoro improvisado” da cidade de Lisboa.

-------------------------------------------------------------------------------------
23:00 emídio buchinho punkt performance intermedia

Do silêncio surge um som. Uma partícula de nada. Uma unidade autónoma, com uma ressonância própria e uma pulsação interior que lhe dão uma força concêntrica e uma estabilidade que o sustentam no espaço.
Do negro surge um ponto de luz branca. A sua concentração pode explodir em múltiplos pontos, que tomam várias direcções; repetem a unidade; criam ritmos; fazem nascer linhas.
Filigrana.
Assistimos à passagem de um momento estático a um movimento dinâmico de sons e imagens, de pontos e de linhas, com uma força vital e brutal. Geram-se tensões que aumentam de intensidade numa construção excêntrica. Criam-se repetições e sustentações do ponto até à exaustão.
A intensidade de forças externas ao ponto, origina a modulação das suas repetições.
Surgem ritmos nos materiais sonoros e visuais.
Sinais de referência audio. Frequências puras. Códigos de Morse. Ruído branco, Interferências de rádio e televisão. Sinais telefónicos. Ruídos de cabos audio. Sons de motores, máquinas e aparelhos electrónicos. Ruído de baixa voltagem. Radar. Dither. Ruído verde…
Sinais de vídeo. Barras de côr. Grão fotográfico. Códigos de barras. Lixo televisivo. Contadores de timecode. Luz de néon. Resíduos de filme. Relógios de tempo absoluto. Ruído de imagem. Pixel. Poeiras cósmicas…

-------------------------------------------------------------------------------------
16 de JULHO
21:00 nuno rebelo/vítor rua surf faces performance


Nuno Rebelo e Vítor Rua colocam de parte os seus habituais instrumentos – as guitarras – para se dedicarem à produção de materiais sonoros de carácter concretista através da utilização de superfícies amplificadas constituídas por diversos materiais (madeira, metal, acrílico ou cerâmica). A acção musical produz-se
sobre essas superfícies na forma de micro-eventos sonoros que, através da amplificação por contacto, se revelam a quem ouve do mesmo modo que um microscópio revela, a quem por ele olha, micro-organismos invisíveis a olho nu.

-------------------------------------------------------------------------------------
22:00 vítor joaquim kwertying zapruder performance com projecção vídeo

Kwertying Zapruder é um ensaio com base na exploração sonora e visual dos 486 fotogramas Super 8 do assassinato de J. F. Kennedy, filmados por Zapruder.
A exploração sonora é feita a partir da análise pictórica dos momentos mais importantes do filme e da posterior conversão e transposição para som desses mesmos fotogramas, ficando parte desta operação “a cargo” de um programa informático desenhado especificamente para o efeito. A exploração visual é feita igualmente a partir dos mesmos fotogramas que transformados por processamento diverso,
atingem por vezes o plano do irreconhecimento total, muito à semelhança da informação que nos chega via “história dos factos”.
Este projecto fala do dito não dito, do visto não visto, trata da desinformação e equaciona a validade do conceito “facto”. Kwertying Zapruder baralha os dados e confunde os factos, quando fala da impossibilidade comunicativa que é a própria necessidade de gerar informação. Kwertying ZApruder vive de um soundScape
fantasmagórico criado por Zapruder que paira no ar desde 1963 e que jamais será apagado da memória da humanidade, não tanto pelo que diz ou mostra, mas mais pelo que não diz e esconde.

-------------------------------------------------------------------------------------
23:00 @c + lia 30x1 performance com projecção vídeo

O projecto em elaboração 30x1 (título provisório) é composto por uma série de unidades independentes que são articuladas temporal e espacialmente de forma dinâmica durante toda a duração da instalação, criando uma composição complexa e plural, com múltiplos níveis de leitura. Não se pretende no Metasonic.LX
apresentar a peça - que não estará ainda concluída por essa altura -, mas sim apresentar uma performance que faça uso dos objectos áudio, visuais e audiovisuais produzidos para esta instalação como matéria prima para a construção de todo o espectáculo. As matérias sonoras partem de elementos tais como o vidro e instrumentos acústicos de percussão.

METASONIC.LX

> Bilhetes à venda na AnAnAnA e na Trem Zul, em Lisboa. Também no Goethe Institut (Campo dos Mártires da Pátria, 37) na altura dos concertos.


 


<< Home
jazz, música improvisada, electrónica, new music e tudo à volta

e-mail

eduardovchagas@hotmail.com

arquivo

setembro 2004
outubro 2004
novembro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
março 2006
abril 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
setembro 2007
outubro 2007
novembro 2007
dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
outubro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
junho 2011
maio 2012
setembro 2012

previous posts

  • A 7ª edição do festival MUSA chegou esta madrugada...
  • Satka, artista belga da música electro-industrial ...
  • J A Z Z E M A G O S T O 2 0 0 55>13 Fundação Calou...
  • A pianista japonesa Satoko Fujii em sessão para o ...
  • Entre 1959 e 1961, Ornette Coleman gravou a música...
  • De entre os recentes lançamentos da editora portug...
  • Os dizeres da contracapa deixam adivinhar uma ses...
  • A inspiração vão buscá-la a outros trios que deixa...
  • David S. Ware em meados dos anos 90. A pujança tel...
  • Snips repõe em circulação o primeiro concerto solo...

  • links

  • Improvisos ao Sul
  • Galeria Zé dos Bois
  • Crí­tica de Música
  • Tomajazz
  • PuroJazz
  • Oro Molido
  • Juan Beat
  • Almocreve das Petas
  • Intervenções Sonoras
  • Da Literatura
  • Hit da Breakz
  • Agenda Electrónica
  • Destination: Out
  • Taran's Free Jazz Hour
  • François Carrier, liens
  • Free Jazz Org
  • La Montaña Rusa
  • Descrita
  • Just Outside
  • BendingCorners
  • metropolis
  • Blentwell
  • artesonoro.org
  • Rui Eduardo Paes
  • Clube Mercado
  • Ayler Records
  • o zurret d'artal
  • Creative Sources Recordings
  • ((flur))
  • Esquilo
  • Insubordinations
  • Sonoridades
  • Test Tube
  • audEo info
  • Sobre Sites / Jazz
  • Blogo no Sapo/Artes & Letras
  • Abrupto
  • Blog do Lenhador
  • JazzLogical
  • O Sítio do Jazz
  • Indústrias Culturais
  • Ricardo.pt
  • Crónicas da Terra
  • Improv Podcasts
  • Creative Commons License
    Powered by Blogger