A 7ª edição do festival MUSA chegou esta madrugada ao fim com o concerto da banda de Sly Dunbar e Robbie Shakespeare (Sly & Robbie, The Rhythm Twins), membros fundadores do mítico Black Uhuru. À volta da meia-noita, e durante mais de duas horas, a dupla mais famosa do reggae jamaicano + Taxi Gang feat. Bunny Rugs, fizeram trepidar o terreiro onde às quintas-feiras se realiza a feira de Carcavelos. Grande concerto, que mostrou o passado, o presente e o futuro do reggae, drum’n’bass e dub, organizado pela Criativa, associação juvenil com fins não lucrativos sediada em Carcavelos e «empenhada na promoção de eventos culturais e lúdicos para a juventude da área da Linha de Cascais». O MUSA, ao fim de 7 anos de existência, confirma ser um sucesso completo em termos de organização, escolhas musicais, qualidade sonora e luminotécnica e, fundamentalmente, em participação de público. Sucesso tanto maior quanto o escopo fundamental da sua realização é o de promover bandas amadoras, cujo interesse aumenta com a inscrição de formações de renome internacional, como é o caso de Zion Train Soundsystem e de Sly & Robbie. O festival ganha ainda vantagem sobre outros nos preços, com o bilhete para dois dias a custar € 6, e dia único a € 4 o ingresso. Cerveja a € 1... . Pechincha a servir de exemplo à escassa barateza que por aí vigora.
No sábado, dia de encerramento, antes de Sly & Robbie, entre outras bandas (Poormanstyle, reggae nacional esforçado e honesto nos seus intentos, Ummadjam, jazz-rock-fusion escorreito e competente mas a precisar de rodar mais e de se libertar de alguns clichés), assisti à actuação de [reckless], um power trio do Porto com imenso talento para improvisar, som cheio e elevado potencial para entusiasmar a audiência. Rock’n’roll à séria e sem rodriguinhos. Ao todo, cruzados vários géneros, foram seis horas consecutivas de boa música. Parabéns à Criativa que bem organizou mais uma edição do MUSA. Para o ano, a oitava - ainda melhor.