Joe McPhee e Paul Hession encontraram-se pela primeira vez quando o percussionista britânico visitou os EUA, por alturas de 2002. A agenda incluía concertos em Nova Iorque e Chicago, passava por Boston, e acabava em Amherst, Massachusetts. Michael Ehlers, da Eremite Records, arranjou as coisas de maneira a que o encontro incluísse uma data na cidade de Amherst, Massachusetts, a encerrar a digressão. Nela também participou Paul Flaherty. Depois disso, contentes com a empatia gerada, ficou marcado um segundo encontro para quando Mcphee fosse a Inglaterra retribuir a visita, o que veio a dar num programa curto, de quatro concertos apenas. Dois deles (no Termite Club, Leeds, e Frakture, Liverpool) foram gravados por Geoff Clout e estão sintetizados em A Parallax View, 55 minutos do que de melhor se terá passado naquelas duas cidades, em 20 e 21 de Janeiro de 2003. George Haslam deu a música à estampa na Slam Productions. A Parallax View são seis visões nas quais Joe MpcPhee dá largas ao seu belíssimo tom, doce e agreste, tanto em tenor como em soprano. Misterioso, McPhee continua a ensaiar passos firmes na procura de novos limites para o jazz dos nossos dias. Paul Hession, com a conhecida inclinação para o duo com saxofones, é superior nos efeitos de polirritmia e na criação de movimentos espaciais invulgares, na sequência do que Elvin Jones fazia. A Parallax View é um disco transparente, feito de acertos e encontros felizes na acepção da improvisação total. We know our songs are meant for singing and dancing, celebrating life.