O Ricardo Tavares (e não o Freitas, que nesta matéria está inocente) mandou-me esta curiosa versão alternativa de uma putativa (nada de começar já a fazer trocadilhos abusivos e disparatados) capa para o disco da boa Krall, que, entre outros afazeres, também canta.
Agradeço a oferta, que sugere o efeito indutor de sono associado a uma conhecida marca de medicamentos muito em voga entre a juventude nos anos 80 (passe a publicidade). Porém, o problema, a haver algum, pode ter a ver com cama, mas não é de sono. Com o devido respeito, que é muito, direi que, apesar de tudo, prefiro a capa “oficial”, a das Christmas Songs, mais verdadeira e, aliás, muito conseguida, como deve ter ocorrido aos criativos da Verve, que não dão ponta, digo, ponto sem nó, e passo a demonstrar: enquanto a música natalícia enche de calor os corações dos inocentes petizes e de suas avózinhas, e as senhoras discutem a cor e o formato dos cortinados, outros membros da família poderão deixar seguir a imaginação ao sabor da sugestão visual concedida pela Krall. Neste último capítulo podia ter sido mais generosa, é verdade, mas o que releva é que este é o disco que verdadeiramente encarna o espírito do Natal - ideal para toda a família. E, melhor ainda, mesmo que ninguém acredite nisto, como há quem não acredite no Pai Natal, não faltará quem venha escrever tratar-se de um disco de Jazz.