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18.12.04
 


Oriundo de Sidney, Triosk (Adrian Klumpes, piano, electrónica, Ben Wapples, contrabaixo, e Lawrence Pike, bateria), formado em 2001, é um grupo australiano que se reclama filiado na linha do trio de Bill Evans, na época de Scott LaFaro e Paul Motian, e que apostou numa estética orientada no sentido da fusão do jazz e da improvisação acústica com formas electrónicas minimalistas. Triosk combina e recombina sons orgânicos e electrónicos, a partir de uma base de piano-trio, à qual são acrescentados elementos de improvisação espontânea de contornos minimalistas, tal como o fazem os seus compatriotas, The Necks. Até aqui nada de novo, porquanto o que mais se ouve por aí são manifestações de um namoro de décadas, que, ao nível das incursões da improvisação acústica na electrónica e vice-versa, tem produzido resultados qualitativamente muitos díspares. Notícias frescas chegaram quando o trio, no final do ano passado resolveu associar-se ao alemão Jan Jelinek, artista da electrónica berlinense, cujo álbum Loop-Finding Jazz Records havia causado boa impressão nos australianos. Concertados esforços, em conjunto realizaram um disco muito interessante. Jelinek preparou uma série de samples, loops e texturas inspiradas no trabalho acústico do trio, que enviou por e-mail para a Austrália; os australianos, recebido o material, transfiguraram-no, reutilizando os sons electrónicos como matéria-prima para composição, posteriormente fragmentados em partículas, novamente reagrupados, enviados via e-mail para Jelinek, que os sujeitou a manipulação electrónica e reconfiguração, aglutinados em camadas sobrepostas. Assim nasceu 1+3+1, título que, à falta de melhor, reflecte a ordem pela qual se seguiram as intervenções criativas. Importa assinalar que aquelas andanças resultaram, a final, num trabalho coerente e sinergético, concebido sem que tivesse havido qualquer contacto directo entre o trio e o experimentalista alemão. "Tivemos esta criança juntos, mas não estivemos em contacto nem sabemos nada um do outro" - disseram à webzine JazzGroove. A música de Triosk/Jelinek é espectral, fascinantemente exploratória, de satisfação garantida, sobretudo para quem se interesse pelas novas tendências do design musical, na medida que se esfprça por conjugar eficazmente a improvisação orgânica de matriz jazzística, com toda a sorte de maquinaria electrónica, fazendo 1+3+1 uma obra aberta, cujo interesse, em parte, reside em tentar perceber quem produz determinados sons.
1 + 3 + 1 . Ou 4 = 1? Tanto faz.
Triosk Meets Jan Jelinek - 1+3+1
(~scape)

 


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