Embora a capa e a ficha técnica do disco indiciem tratar-se de uma sessão liderada por Mary Lou Williams, a verdade é que o líder da sessão não foi a pianista, mas o trompetista Dizzy Gillespie, que em 1970, com Williams ao piano, gravou o lp Giants para a editora Perception. Ao todo, Dizzy gravou apenas três discos para a Perception: The Real Thing, Portrait Of Jenny e Giants. Registado no Overseas Press Club de New York na noite de 31 de Janeiro de 1971, além da pianista, Giants contou com outro grande trompetista, Buddy Hacket. Um trio apoiado por uma secção rítmica luxuosa, composta pelo contrabaixista George Duvivier e pelo baterista Grady Tate. Como seria de esperar, apesar de Dizzy dominar e ser o centro das atenções, há abundante espaço equitativamente distribuído para solos de piano e de trompete, numa sessão de standards descontraída e despretensiosamente satisfatória, entretanto recuperada e embalada para reedição pela Lone Hill Jazz. Preenchendo o resto do espaço útil do cd, a Lone Hill resolveu incluir dois temas ao estilo das jam sessions dos anos 50 (neste caso, são excertos de jams do Jazz at the Philarmonica, de Norman Granz e o ano é 1955, Fevereiro, Berlim), em que participaram Dizzy Gillespie, uma vez mais, com Roy Eldridge, Bill Harris, Flip Phillips, Oscar Peterson, Herb Ellis, Ray Brown e Louie Bellson. Mary Lou Williams & The Trumpet Giants Featuring Bobby Hackett & Dizzy Gillespie (Lone Hill Jazz, 2004)