Que me lembre, nunca antes tinha ouvido Mike Osborne como líder; ele que, com John Surman, nos anos 60, fazia parte da orquestra de Mike Westbrook. Foi apenas há dias que me estreei na audição do muito aclamado trio/quinteto maravilha, em gravações 1974 e 1977, hoje raras, Border Crossing e Marcel's Muse. Dois LP´s num CD Ogun de ouvir e gemer por mais uma dose de Orborne, herói do brit-jazz dos anos 70. O trio com Harry Miller (o expatriado sul-africano fundador da editora Ogun) e Louis Moholo não é para brincadeiras, mais a mais quando gravado ao vivo no Peanuts Club. A sessão com quinteto é de estúdio, mas nem por isso é menos intrigante. Assinam o livro Harry Miller, Jeff Green, Marc Charig e Peter Nykyruj. Anoto que o saxofonista britânico soa melhor que nunca aos ouvidos de hoje, no seu timbre especial entre o áspero e o agri-doce, marca de quem muito investiu na formulação de um som encorpado, que parte da enunciação melódica para a exploração free-jazzística em elevadas temperaturas. Sopram agradáveis ventos do quadrante Ornette.