Este Domingo, quando me aprestava para rumar ao Oeste na mira de uma prova de água-pé, que, já me haviam anunciado, este ano estava como nos melhores, resolvi levar comigo uns discos de Thelonious, o grande. A escolha incidiu sobre as gravações da Columbia, casa onde o mestre deixou farta e diversificada obra. Por associação de ideias, procurei também o disco que há muito não ouvia, no qual o saxofonista brasileiro, há mais de 20 anos radicado nos EUA, Ivo Perelman, toca um tema de Monk, Blue Monk, e o desmultiplica numa série de variações. O disco é excelente, foi publicado pela Cadence Jazz Records, e chama-se Blue Monk Variations. Gravado, segundo o produtor Bob Rusch, enquanto o saxofonista esperava em estúdio pela chegada de um tubista que o iria acompanhar noutra gravação. Por isso, concluiu Rusch, nunca uma tuba, sem ter tocado, foi tão importante para a realização de um disco.
E disco puxa disco, fui levado até ao mais recente Ivo Perelman na editora portuguesa Clean Feed,Black on White. Com Dominic Duval e Jackson Krall: uma bomba! Dois Monks e dois Ivos: bela companhia pela estrada fora.