Jazz europeu. Inspirado na tradição Americana, possui um léxico, uma expressividade própria e uma base cultural diversa do americano. Jazz europeu existe e tem vindo a ser tocado e professado por uma variedade de artistas que no espaço europeu vão fazendo o seu caminho. Cito alguns nomes da grande família: John Surman, Misha Mengelberg, Akosh S., Evan Parker, Michel Portal, Loius Sclavis, Paul Dunmall, Mike Westbrook, Sebi Tramontana, Mats Gustafsson, Kenny Wheeler (canadiano, mas britânico por opção), Carlo Actis Dato e a Instabile Orchestra, e tantos outros grandes músicos, incluindo Gianluigi Trovesi, o italiano cuja música, sendo jazz, é totalmente italiana, europeia e mediterrânica. Trovesi, apesar de ter despontado tardiamente para a música, possui um currículo impressionante, cheio de projectos, concertos e gravações. A mais recente aparição pública de que tenho notícia aconteceu há dias, em Roterdão, Holanda, no âmbito do Festival Jazz International Rotterdam 2004, com um concerto no passado dia 30 de Outubro, em octeto: Gianluigi Trovesi, sax alto, clarinetes; Massimo Greco, trompete e laptop; Beppe Caruso, trombone; Marco Remondini, violoncelo, sax alto, Marco Micheli, baixo eléctrico; Roberto Bonati, contrabaixo; Vittorio Marinoni, bateria e Fulvio Maras, percussão. É justamente esse concerto pode ser ouvido no programa Is dit nog wel jazz?, da holandesa Radio 4.
Do mesmo Festival Jazz International Rotterdam 2004 há também um concerto de Rabih Abou Khalil a não perder. E o mesmo deve ser dito do concerto do norte-americano Rova Saxophone Quartet, gravado no Zomerjazzfietstoer 2004.
Is dit nog wel jazz? Não sei o que quer dizer, mas acho que sim.