Dos seis quartetos de cordas que constituem a obra integral de Béla Bartók (1881-1945) nesta disciplina da música de câmara, os dois primeiros foram escritos em 1909 e em 1917, respectivamente, tendo-se sucedido os outros quatro em 1927, 1928, 1934 e 1939. Sabe-se que havia um sétimo em preparação, mas a Morte entendeu dever a conta ficar pelos seis. Não sei a interpretação do alemão Rubin Quartett tem a profundidade da de outros grupos, como o Emerson Quartet ou o Alban Berg Quartet. Porém, a execução do Rubin soa plenamente satisfatória na maneira como explora a riqueza da escrita do compositor húngaro, numa gama que vai do romântico ao experimental, mais dentro que fora do tonalismo convencional. O som do quarteto é quente, seco e homogéneo, com uma ligeira aspereza nas arestas, que lhe fica bem, independentemente de esta ser ou não a leitura mais conforme com os intentos do compositor. A gravação, realizada na Sendesaal Deutschland Radio, de Colónia, em Junho de 2003, é de boa qualidade. Edição da Brilliant Classics, ao preço da uva mijona.