Sleeping Beauty. Sun Ra acessível e apto à satisfação das almas avessas à estranheza das suas bizarrias espácio-futuristas. Em 1979, a Saturn Records publicou esta iconoclasta versão de A Bela Adormecida segundo Sun Ra (não foi nem pretendeu sê-lo), disco que segue as pegadas de On Jupiter e rapidamente desapareceu de circulação. Anos passados, a britânica Art Yard reeditou o LP da Saturn. Sun Ra & HIS INTERGALACTIC MYTH SCIENCE SOLAR ARKESTRA, em tons quentes de funk, soul, afro-blues, jazz e groove cósmico. Sun Ra, Michael Ray, Walter Miller, Tony Bethel, Craig Harris, Vincent Chancey, Marshall Allen, John Gilmore, Danny Ray Thompson, Eloe Omoe, James Jacson, Disco Kid, Richard Williams, Harry Wilson, Atakatune, Luqman Ali, June Tyson e ensemble de vozes. It's Spring, it's Spring, Springtime Again...
A kikapu fechou portas.
Se o assunto é drones ou dark ambient (não demasiado dark), ouçam só este Light Years, lançamento recente do canadiano Lee Rosevere na Test Tube (# 112). Sugestão: colocar os auscultadores e fixar um ponto algures no espaço visível (ou invisível) durante a meia hora que dura Light Years. Montado na via láctea, estou quase a chegar a Saturno. Já se distinguem os anéis ao longe.
D'Autres Cordes é uma micro-editora gaulesa de fundação recente, virada essencialmente para a publicação de discos de artistas franceses e europeus em geral. Além dos franceses, o interesse recaíu já sobre músicos dinamarqueses e noruegueses. A D’Autres Cordes interessa-se por valorizar projectos nas áreas da música electrónica e do jazz europeu – 7 até à data –, que edita em CD com invólucros feitos de papel reciclado. Mais pormenores em D’Autres Cordes.
A espanhola Fresh Sound Records juntou o que o tempo separou. Duas sessões com o saxofonista tenor Paul Gonsalves (1920-1974) para a Argo e outra para a Emarcy, preenchem a totalidade de Cookin’. O disco agrega a música dos LPs editados entre 1956 e 1957, um em nome de Paul Gonsalves, outro do trompetista Clark Terry e outro ainda do contrabaixista Jimmy Woode. A formação é variada, construída a partir de uma base comum de músicos de Duke Ellington, como Mike Simpson, Porter Kilbert, Junior Mance, Willie Jones, Ramsey Lewis, Chubby Jackson, Jimmy Woode, Eugene Miller e Sam Woodyard. O estilo destes dois LPs e meio (o terceiro é um EP) é swing com um pé no hard-bop. Este três em um é vintage Paul Gonsalves, o homem do famoso solo de Diminuendo and Crescendo in Blue, de Ellington at Newport 56, ao vivo no festival de jazz de Newport. Paul Gonsalves: Cookin’ - Complete 1956-1957 Sessions feat. Clark Terry and Jimmy Woode. Ditribuição lusa: Dwitza.
Na WIRE de Março (Issue #289), um olhar sobre o underground de Brisbane, Austrália. Música de Blank Realm, Joel Stern, The Lost Domain, No Guru e The Deadnotes.
"avant-garde" is arcane, hyper-specialized; it tends to please small and devoted audiences and has little impact on the wider world, which is dominated by far more commercial and accessible sounds. But what if an improvised performance is more than an improvised performance? Does improvised music open a door to possibilities for social change? And if that's the case, shouldn't more people be paying attention? [...]
SERENDIP - groovimprov na Fábrica Braço de Prata
6ª feira, 29 Fevereiro, às 23h00
A música dos SERENDIP surge da fusão de experiências musicais diversas. Nos seus concertos, o grupo, desta feita com António Chaparreiro (guitarra eléctrica), Ernesto Rodrigues (viola/violino eléctrico), Hernâni Faustino (contrabaixo), Miguel Sá (laptop) e Pedro Castello Lopes, Vítor Martins e Jorge Mendonça Oliveira (percussões), busca a aproximação com balanço, ou groove, ao mundo da improvisação livre.
1. - 3. Mai 2008, Jazzatelier Ulrichsberg: Rudresh Mahanthappa & Vijay Iyer; Vist Ag; Return of the New Thing; OtomoYoshihide; Martine Altenburger / Frederic Blondy / Bertrand Gauguet;Giancarlo Locatelli & Barre Phillips; Steve Noble / John Edwards / AlanWilkinson; Elisabeth Flunger; Here comes the Sun & Philip Jeck; Taylor HoBynums 13th Assembly; The Wardrobe Trio; Isa Riedl & Andreas Lehmann.
Third Dimension, também conhecido por Triple Threat, gravado para a King, é Rahsaan Roland Kirk (1936-1977) dos primórdios, a estreia aos 20 anos do incrível saxofonista como líder, em 1956. No princípio já era a fórmula três em um que lhe esteve sempre associada: saxofones alto, tenor e soprano em simultâneo. Em quarteto, com Jimmy Madison (piano), Carl Pruitt (contrabaixo) e Hank Duncan (bateria), Kirk executa um reportório de temas excluseus. Reedição da Bethlehem japonesa. A (re)editora espanhola Gambit Records lançou há pouco tempo no mercado um CD contendo os dois primeiros álbuns de Roland Kirk, Third Dimension, e Introducing Roland Kirk, de 1960, este segundo gravado em Chicago, com selo original da Argo, e Ira Sullivan (trompete e sax tenor), Bill Burton (piano e órgão), Donald Rafael Garrett (contrabaixo) e Sonny Brown (bateria).
Ghost Red Wire - Don Van Vliet, aka Captain Beefheart
(oil on masonite - 61 x 61 cm)
'Ordinary Music Vol. 4, for Mixed Ensemble & Live-electronics' (rehearsal)
Fábrica Braço de Prata, Livraria Ler Devagar. Lisboa, 23.02.2008
Nikolaus Gerszewski – composition, conduction, piano; Ernesto Rodrigues – conduction, violin; Guilherme Rodrigues – cello; Bruno Parrinha – alto clarinet; Nuno Torres – alto saxophone; Eduardo Chagas – trombone; Armando Pereira – accordion; Hernâni Faustino – double bass; Pedro Castello-Lopes – percussion; Gabriel Ferrandini - drums; Carlos Santos – live sampling, electronics. Photos: Giovanna Tarallo.
A mais recente das novas propostas da Creative Sources Recordings para 2008, é Fury (CS111), obra de Robert van Heumen, artista sonoro holandês (n. 1965), além de matemático, trompetista e programador de software. Van Heuman, dirige o STEIM (Studio for Electro-Instrumental Music), trabalha com laptop, controladores e live sampling (LiSa). Fury (After Anger), a primeira de duas, é uma composição electrónica em quatro andamentos, encomendada em 2006 pelo festival Sonic Circuits, de Washington DC. Originalmente pensada e estruturada para 5.1 surround, a versão aqui apresentada foi transposta para dois canais estéreo. A segunda parte de Fury, inclui a peça “semi-improvisada” They Would Get Angry Sometimes, derivada da primeira e executada ao vivo, em 2007, na Brown University, Providence, EUA. Fury inspira-se em depoimentos sonoros e em textos escritos na América do início dos anos 40, que relatam episódios trágicos ocorridos nos anos que se seguiram à Grande Depressão e à queda da bolsa de 1929-31, em que hordas de agricultores famintos fugiam das suas terras com as famílias e se dirigiram ao Sul, em busca de melhores condições de vida no Oklahoma, Texas, Arkansas e no Missouri, até terminarem em campos da Farm Security Administration, na Califórnia (1940-1941). Em ambas as composições a estratégia do compositor é basicamente a mesma, e passa pelo tratamento algoritmos e de sons pré-gravados, em paralelo com sons captados e processados em tempo real, utilizando a ferramenta electrónica SuperCollider. O método de Robert van Heumen é simples: tocar, ouvir, reagir, combinar, sobrepor, recombinar e transformar, como a outro respeito e com outra formulação ensinou Lavoisier. O resultado, com um pé na rádioarte, é surpreendente.
'Ordinary Music Vol. 4, for Mixed Ensemble & Live-electronics'
http://freemusic.podomatic.com
Inside Out in the Open, de Alan Roth, edição DVD da ESP-DISK. Reedições em Fevereiro/2008: ESP 4041 - Lindha Kallerdahl ,"Gold"; ESP 1060 - Steve Lacy, "The Forest And The Zoo"; ESP 1021 - Paul Bley Trio "Closer"; ESP 1009 - Bob James Trio, "Explosions"; ESP 1004 - New York Art Quartet.
ANDRE VIDA [insub24]
I don't know whats wrong with me, my computer eyes or my internet knees
Saxophone tenor et poesie.......... Improvisation solo au saxophone et textes basé sur les poèmes du Handbook 8. J'ai joué chaque mardi soir durant les 2 dernières années dans un endroit nommé Wendel à Berlin. Cela m'a donné l'occasion d'explorer en profondeur les intersections entre sax solo et textes poétique. Je fut donc très heureux d'avoirt la chance de venir à Antwerp et d'y rapporter ces fructifiantes expériences dans un nouvel environnement. je remercie spécialement Giles et Patries d'avoir rendu ceal possible.
The SHAKING RAY LEVIS with Derek Bailey - LIVE at LAMAR'S: Derek Bailey, guitarra; Dennis Palmer, sintetizador; Bob Stagner, percussão. Gravado ao vivo no Lamar's Restaurant, Chattanooga, EUA, 1999 (Incus - In the Sideline Series).
No Avant Garde Project, Improvisationen, disco de 1968 do sexteto italiano Gruppe Nuova Consonanza: John Heinemann (violoncelo, trombone); Walter Branchi (contrabaixo); Egisto Macchi, Mario Bertoncini (percussão); Franco Evangelisti (piano) e Ennio Morricone (trompete). Cinco temas, originalmente editados em LP pela Deutsche Grammophon. A última faixa da sequência apresentada pelo AGP (cadenza), retirada do Musikrat - Zeitgenossische Musik in der Bundesrepublik Deutschland, é um tema de free jazz alemão dos anos 60. Tocam Manfred Schoof (trompete); Gerd Dudek (saxofone tenor); Jacky Liebezeit (flauta e bateria); Alexander von Schlippenbach (piano); Buschi Niebergall (contrabaixo) e Sven-Ake Johansson (bateria).
Manfred Schoof: 'Cadenza' symbolizes the pre-eminence of playing. Our ability to play becomes a force which imparts form. We have time and a chance to play: this makes a piece possible.In fact, ‘cadenza’ (8'45) is a multi-section jazz process which not only gives the musicians a chance to play solo cadenzas but is also articulated formally by a recurrent complex of motives and a frequently-cited chord sequence.
On this basis, with the agreement of all, the bounds of the group's sphere of operation have been laid down: i.e. the bounds of the tempered system. This restriction is accepted by all the group's members, and in fact it provides the freedom of expression needed to evolve a distinctive contemporary style within the traditional system. Various exercises in all categories have been devised: exercises in time, in the relationships between levels of pitch, different dynamics etc. Each of these exercises is repeated until the particular problem has been solved, and a level of attainment has been reached which satisfies everyone. This is of great importance, as discipline leads to self-control, then to the final result of meaningful improvisation.
A
Downtown Music Gallery, provavelmente, a melhor loja de discos do mundo, está em vias de ser despejada das instalações que ocupa há 5 anos na Lower Manhattan (342 Bowery), em Nova Iorque. Procura desesperadamente um novo espaço compatível, pois dentro de meses estará no olho da rua... . Bruce Lee Gallanter e companhia já procuraram por todo o lado e não se safaram. Fazem agora um apelo aos amigos e clientes em toda a parte. Se souberem de algum espaço em condições algures na Lower Mahhattan, em Queens ou Brooklyn, por preços razoáveis, digam.
DMG NEEDS YOUR HELP! - At the end of this past January, our five-year lease ran out here at 342 Bowery. Our landlord has graciously given us another 3-6 months to find another place but, with 4 to 5 times the rent we're paying being offered by bar/restaurants ['cause we know you can't get a drink anywhere around here - NOT!] for the space our stay will come to an end soon.
We have been searching for a new location for the past 6 months, but if it's anything close to the 1500 sq. ft. we now occupy and need, no matter how far east we go, the realtors are convincing the landlords to hold off renting until they get a minimum of $ 60-75 per sq ft per year - which for 1500 sq ft means a monthly base rent nut of $7500-9400 - even on Ave D, where no one ventures to!
The only people who can afford that are banks that now make a tidy new-found profit off of people taking $20 out of their account every ten minutes [!] and national chains that take a tax loss to blanket NYC with their outlets. No merchant who deals in anything but items that have over 1000% markup [like drinks] can afford to stay in business here, not even groceries and supermarkets, which have all been closing rapidly. Just think: the overuse of debit cards has caused the price of all everyday goods and food to skyrocket - most of the increased amount just goes to the rent! Anyone in NYC knows there are many spaces - in both prime and not prime areas - that have remained empty for YEARS due to realtors who have sold their bill of goods to landlords - when we've met those landlords, many have lamented the money they've lost due to the pressure from realtors, and were perfectly willing to talk lower prices, when beforehand the agent said they wouldn't budge [and wouldn't put us in contact directly, naturally].
We have many friends here in NYC, some 10,000 of you around the world receive our newsletter each week. What we would like is a basement, second floor or higher loft space [with elevator] with about 1,500 square feet for under $4000, hopefully in lower Manhattan - we don't really care what it looks like, or what some snobs might have to say about the neighborhood, just as long as it's secure. We'll do the rest.
We would love to stay in the Lower Manhattan, but we might have to move to mid-town or further uptown or even nearby in Brooklyn or Queens. If you know of a space for us to rent - especially where we deal with the landlord directly - please contact us immediately!
Our time here is limited. We may have to go with one overpriced space - that otherwise meets our needs - within two weeks, so we'd like to hear from you before then
Thank You
Bruce, Manny, Mikey, Chuck, Bret & all at DMG
Chinampas (
jardins flutuantes, em lingua Azteca).
Cecil Taylor recita a sua poesia. Voz e percussão, onomatopeias, sem piano. Por aqui se compreende o quanto a linguagem verbal de Taylor tem a ver com o seu pianismo, e vice-versa. Duas maneiras diferentes de dizer a mesma coisa. Gravação de Novembro de 1987.
Por esta não esperava: fiquei a saber que o britânico Evan Parker (na foto) e o norte-americano Dave Liebman terçaram armas em finais de Janeiro passado em Londres, no clube Vortex. Para moderar (ou imoderar, talvez) a contenda, convidaram Tony Bianco, bateria. A gravação do Jazz on 3 (a ouvir a partir de hoje na BBC Radio 3, às 11 piéme, e a qualquer hora durante a semana), a gravação captou Parker sobre o lado esquerdo da panorâmica, Liebman a pender para o lado esquerdo, e Bianco ao centro, como fiel desta complexa e instável balança. Julian Siegel junta-se ao trio e toca saxofone tenor num dos temas. Depois deste concerto (a não perder, claro), Jez Nelson presta homenagem a Thomas Chapin, saxofonista alto e flautista norte-americano, desaparecido há uma década (1957-1998).
Em 2002, a
Tzadik editou um inesperado conjunto de sete peças musicais inéditas de
Derek Bailey, gravadas em casa pelo próprio guitarrista em 1966/67.
Pieces for Guitar representa ainda o que de mais antigo se conhece do guitarrista britânico, depois das experiências de 1963 com
Tony Oxley e
Gavin Bryars no
Joseph Holbrooke Trio, que haveria de retomar anos mais tarde, em 1998, depois do trio de ter separado naquele ano de 1966. O propósito original destes registos era servir de base ao estudo a realizar a partir de material escrito, forma de trabalhar que Bailey abandonaria por completo no decurso dos 40 anos seguintes, em favor da opção de colocar toda a carreira ao serviço da construção de um conceito muito pessoal de livre-improvisação. Nessa medida e aos ouvidos de hoje, muito mais que a exercícios, as peças soam como os primeiros passos firmes a caminho da improvisação não-idiomática, como o próprio lhe chamou, um percurso despojado de tudo o que Bailey fizera até aí nos domínios do jazz, género que abandonaria definitivamente por esta altura. A foto da capa é contemporânea das gravações.
No Country for Old Men. O filme dos irmãos Joel e Ethan Coen deve ser a dar no osso, como eles tão bem fazem quando para aí se viram. O livro de Cormac McCarthy é muito bom. Admirável, a forma cruenta como McCarty conta as terríveis aventuras de Llewelyn Moss, Anton Chigurh e do Xerife Bell em paisagem Tex-Mex. Romance poderoso sobre a condição humana, brutal, intenso, malvado e cheio de adrenalina. Edição portuguesa da Relógio d'Água.
O
Avant Garde Project transcreveu e disponibilizou
on-line (AGP62) a ópera em treze actos
JAKOB LENZ (duplo LP Deutsche Harmonia Mundi), do compositor alemão
Wolfgang Rihm (n. 1952), escrita entre 1977 e 1978 aos 26 anos, e inspirada na vida e obra do poeta e dramaturgo alemão. Lenz integrou o movimento alemão
Sturm und Drang, foi contemporâneo e amigo de
Goethe e faleceu em 1777, depois de um longo período de delírio e insanidade mental. O libreto da ópera, de
Michael Frühling, baseia-se na obra homónima de
Georg Büchner. Escrita para orquestra de câmara (dois oboés, clarinete baixo, fagote, trompete, trombone, três violoncelos, cravo eléctrico e percussão), coro a seis vozes e três vozes masculinas solistas, a obra reflecte o tumulto emocional de Lenz durante a doença mental que o acometeu. Wolfgang Rihm, aluno de
Karlheinz Stockhausen e de
Klaus Huber, compositor dos mais prolíficos da sua geração, é uma das figuras centrais do movimento
New Simplicity, também designado por neo-romantismo ou neo-expressionismo, com inspiração inicial em
Arnold Schönberg e em
Gustav Mahler.
Jakob Lenz: 01 - Jakob Lenz, scenes 1-5 [20:17]; 02 - Jakob Lenz, scenes 6-7 [19:49]; 03 - Jakob Lenz, scenes 8-11 [14:28]; 04 - Jakob Lenz, scenes 12-end [16:41]
Greetings from Berkeley,
I just got an email from Ben Goldberg, who is on this CD, and to whom I sent the CD just a few days ago. All he said: “Now that’s packaging.” Yeah: this one I produced entirely myself; a truly independent release. The packaging is all recyclable materials except for the CDs themselves. The cover art and CD disc art are taken from film strips of Stan Brakhage’s films, kindly provided by his estate. The photo-cards inside the “collector’s edition” now on sale were taken in the heat of the concert by local photographer Matthew Campbell. And the music itself, spread over 2 discs, is I think pretty special too, and deserving of this “packaging.” But I mainly wanted to have this package for this music as part of an appropriate homage to a great film maker.
I hope you don’t mind the ad form above. You can get more information, including a preview article on the original performance from which this recording comes, at www.ochs.cc And if you want to know more about Stan Brakhage’s incredible hand-painted (and other) films, the best place to start might be: Criterion Films.
The collector’s edition is $65 for listeners in USA and Canada and $75 from anywhere else, including postage and handling. If you go to http://www.ochs.cc/ you can pay by credit card or PayPal, by clicking on the “Buy Now” button from PayPal. Or send a check in US dollars to the address listed below.
Larry Ochs’ The Mirror World (for Stan Brakhage) - Metalanguage (MLX 2007)
realization 1: HAND
ORKESTROVA: John Schott - el. guitar // Joan Jeanrenaud & Theresa Wong - cellos, effects // Lisle Ellis – bass + circuitry // Ben Goldberg – contra-alto + Bb clarinets // Toyoji Tomita & Jen Baker – trombones, didgeridoos // Darren Johnston & David Bithell – trumpets // Steve Adams – bass flute // Jon Raskin – baritone sax // Tim Perkis & Matt Wright - electronics // William Winant & Gino Robair - percussion // {on tracks 4 + 7 only: Bruce Ackley – Bb clarinet // Moe! Staiano – percussion} // Raskin, Adams, Robair – cues, conducting // Larry Ochs – traffic control.
realization 2: WALL
Rova Special Sextet: Bruce Ackley - soprano, tenor // Steve Adams - alto // Larry Ochs - tenor, sopranino // Jon Raskin - baritone // Gino Robair & William Winant - drums, percussion
Stay tuned,
Larry Ochs
6.º Festival Internacional de Jazz de Portalegre
21 a 23 de Fevereiro
O
Avant Music Project (AGP62) transcreveu e disponibilizou
on-line a ópera em treze actos
JAKOB LENZ (duplo LP Deutsche Harmonia Mundi), do compositor alemão
Wolfgang Rihm (n. 1952), escrita entre 1977 e 1978 aos 26 anos, e inspirada na vida e obra do poeta e dramaturgo alemão. Lenz integrou o movimento alemão
Sturm und Drang, foi contemporâneo e amigo de
Goethe e faleceu em 1777, depois de um longo período de delírio e insanidade mental. O libreto da ópera, de
Michael Frühling, baseia-se na obra homónima de
Georg Büchner. Escrita para orquestra de câmara (dois oboés, clarinete baixo, fagote, trompete, trombone, três violoncelos, cravo eléctrico e percussão), coro a seis vozes e três vozes masculinas solistas, a obra reflecte o tumulto emocional de Lenz durante a doença mental que o acometeu. Wolfgang Rihm, aluno de
Karlheinz Stockhausen e de
Klaus Huber, compositor dos mais prolíficos da sua geração, é uma das figuras centrais do movimento
New Simplicity, também designado por neo-romantismo ou neo-expressionismo, com inspiração inicial em
Arnold Schönberg e em
Gustav Mahler.
Jakob Lenz: 01 - Jakob Lenz, scenes 1-5 [20:17]; 02 - Jakob Lenz, scenes 6-7 [19:49]; 03 - Jakob Lenz, scenes 8-11 [14:28]; 04 - Jakob Lenz, scenes 12-end [16:41]
Chegou o novo disco de Kali Z. Fasteau, gravado ao vivo no Kerava Jazz Festival, na Finlândia, a 9 de Junho do ano passado. Live at the Kerava Jazz Festival: Finland. Conheço e gosto bastante da música de Kali desde os tempos do The Sea Ensemble, com Donald Rafael Garrett, de que ficou um disco bestial na ESP-DISK. Muitos anos passados, Ms. Fasteau foi andando para a frente com a carreira, sempre a fazer discos interessantes e a dar concertos um pouco por toda a parte. O ano passado saiu com um disco muito bom (outro) na editora que fundou e dirige (Flying Note Records), o potente People of the Ninth, com Edward “Kidd” Jordan (saxofone tenor) e Michael T. A. Thompson (bateria), gravado imediatamente a seguir à tragédia do Katrina. Aparece agora com um live, disco de concepção muito diversa, que a multi-instrumentista norte-americana quis que servisse para dar uma ideia de como soa a sua música em concerto. Para a sessão, em que Kali toca mizmar, piano, nai, violoncelo, sintetizador, violino, bateria, saxofone soprano, e canta, foram convidados o repetente ‘Kidd’ Jordan, saxofonista veterano de New Orleans, e o baterista Newman Taylor Baker, dois aficionados das linguagens mais free do jazz. Em nove temas (63’), o trio de Kali Z. Fasteau trance-porta-nos numa viagem fantástica por ambientes etéreos e muito diversificados, que constituem um bom resumo do que tem sido o resultado do trabalho numa vasta área do conhecimento sonoro que, pessoalmente, situaria entre os universos de Sun Ra e de Don Cherry. Kidd Jordan e Newman Taylor Baker seriam provavelmente os parceiros ideais para esta jornada finlandesa, invulgar excursão pelos sons mais cósmicos e espirituais do jazz contemporâneo. Invocação dos espíritos ancestrais e das forças da natureza. Num tempo de homogeneização e de produção em série, ouvir o trio de Kali (que som de tenor, Mr. Jordan; que delicadeza na percussão, Mr. Baker) é um consolo para a alma, que a todos se recomenda. Os proventos resultantes da venda de Live at the Kerava Jazz Festival: Finland (FNCD 9012) revertem a favor da Louis Armstrong School of Jazz, em New Orleans.
John Butcher - The Geometry of Sentiment / Resonant Spaces [THE WIRE]
Hamilton 4:40. Feedback Tenor: Hamilton Mausoleum, Scotland, June 2006 - Resonant Spaces - Confront.
But More So (for Derek Bailey) 7:09. Tenor: Instant Chavirés, Paris, November 2006, The Geometry of Sentiment - Emanem.
Trägerfrequenz 3:05. Tenor: Oberhausen Gazometer, Germany, September 2006, The Geometry of Sentiment - Emanem.
ILLUSION OF SAFETY / Dan Burke
Terça-feira, 19 de Fevereiro - 22h00
O SÉCULO - Rua de "O Século", 80 - Lisboa
Desde 1983 que
ILLUSION OF SAFETY é o projecto de
Dan Burke acompanhado de um núcleo de agitadores sónicos de Chicago - como
Jim O'Rourke,
Kevin Drumm,
Randy Grief,
Thymme Jones ou
Mark Klein. Através dos mais de 20 álbuns editados,
ILLUSION OF SAFETY constrói uma terra incógnita, incategorizável, onde se intersectam, de modo abrupto e colagista, som, música e ruído. Recorrendo a instrumentos convencionais, dispositivos e objectos aleatórios, e, particularmente, manipulando referências musicais históricas, Dan Burke deliberadamente confronta e provoca a audiência. (
Sirr +
O Século)
25th edition of FIMAV - May 15-19/2008
Roberto Fega, artista sonoro italiano (n. 1965), tem-se desdobrado em projectos, colaborações, workshops e concertos, desde os tempos do grupo avant-rock Dura Figura, iniciados há uma década. Além de tocar saxofones tenor e soprano, participa nos colectivos Titubanda e Arturo, bem como no trio Taxonomy, com Elio Martusciello e Graziano Lella, porventura a sua mais conhecida via de apresentação. Acrescem as colaborações com Tim Hodgkinson, com a Pangolino Orchestra, e com o pianista norte-americano Thollem McDonas, em projectos de veia experimental e de pesquisa sonora. Un Geco Nella Mia Casa (Creative Sources Recordings, # 107) é, também ele, um trabalho de base essencialmente electroacústica experimental, que, partindo duma pool de sons gerados em computador, utiliza tesoura, cola e pós-produção electrónicas para organizar pedaços de falas de filmes (Johnny Depp, John Turturro, "he stole my story", por exemplo) e outras vozes (Mike Cooper, Dalida e Subcomandante Estrella, do mexicano Exército Zapatista de Libertação Nacional), samplagem de field recordings e sons esparsos de instrumentos acústicos, como guitarra clássica, contrabaixo, charango e trombone, para o que contribuem Mario Camporeale, Paolo Angeli e Matteo Bennice. Fundamentalmente, é um disco a solo de improvisação electrónica abstracta, intervalada por secções acústicas e ruidismo glitch, idealizado e construído em computador. Agradável de ouvir, Un Geco Nella Mia Casa é um produto de bom gosto, que explora com sucesso o sincretismo entre diferentes códigos de som e imagem. Simpática, não viscosa nem repelente, esta osga. E é ouvi-la a trepar pelas paredes...
Sendo já conhecida a data da décima terceira edição do nova-iorquino
Vision Festival, este ano entre 10 e 15 de Junho,
Jez Nelson lembrou-se de passar no
Jazz on 3 desta semana um par de concertos da edição de 2007: primeiro, o quarteto
Spiritual Unity, formação tributária de Albert Ayler, liderada por
Marc Ribot, com o contrabaixista
Henry Grimes, protagonista das aventuras de Ayler, o trompetista
Roy Campbell Jr. e o baterista
Chad Taylor. Na segunda parte,
Fieldwork, trio do pianista
Vijay Iyer, como saxofonista alto
Steve Lehman e o baterista
Tyshawn Sorey. Uhm… nada mau.
Quem tem unhas é que toca guitarra. E esta menina tem
chops para o ofício. Muito mais que técnica, em que é versada,
Mary Halvorson, de Brooklyn, Nova Iorque, tem sensibilidade, anda em boa companhia e teve mestres influentes, como
Anthony Braxton ou
Elliot Sharp, que prestaram atenção ao seu timbre, tonalidade e fraseado originais. Pessoalmente, interessa-me muito o seu trio com
John Hebert e
Ches Smith, que descobri depois de a ter ouvido no trio de Braxton, com
Taylor Ho Bynum, e em duo com a violinista
Jessica Pavone. Já estranhava que as invenções de
Joe Morris não tivessem sido assimiladas por guitarristas desta geração. O
New York Times e outras publicações, como a francesa
Macao, perceberam o seu valor.
Em 1978, o trompetista italiano Enrico Rava regressava a Itália, depois de uma prolongada estadia em Nova Iorque. Mudava do ambiente free daquele tempo, no qual se manteve sempre com um pé dentro outro fora, para retomar a uma linguagem mais conforme com os cânones da época, sem no entanto perder o carácter ousado e espírito aventureiro. Foi a época do famoso Enrico Rava Quartet, com Roswell Rudd (trombone), Jean François 'JF' Jenny-Clark (1944-1998, contrabaixo) e Aldo Romano (bateria), que gravou um disco importante para a ECM em 1978, com quatro composições originais. Rava sempre soube sair do conforto dos standards e arriscar na afirmação da sua própria escrita e improvisação arriscada, sem perder o pé relativamente à forma. Três décadas passadas, o disco mantém-se actual, sem marcas de envelhecimento prematuro. Da mesma altura e com a mesma formação é o excelente (!) concerto gravado em 13 de Fevereiro de 1978, para a Rádio Bremen, Alemanha, no qual o grupo executou uma suite (54’) com quatro composições: King in Yellow; Lavori Gasalinghi; Out of Nowhere; e Maranjao. Enrico Rava toca hoje, 30 anos e 3 dias depois, no CCB, em Lisboa. Com Gianluca Petrella, trombone; Andrea Pozza, piano; Rosario Bonaccorso, contrabaixo; e o baterista português João Lobo.
Em mais uma emissão do 4x3 temos um trio, desta vez o violinista Ernesto Rodrigues, bem conhecido em Portugal pelos seus trabalhos na área da música improvisada e experimental e também por manter uma das grandes fornalhas em actividade: a editora Creative Sources. Ernesto Rodrigues trouxe a estes doze metros quadrados o seu violino, Guilherme Rodrigues, o seu violoncelo, e Carlos Santos uma boa dose de maquinaria electrónica. Mais um concerto oferecido pela Rádio Zero aos seus ouvintes, como é habitual, às 21 horas do terceiro sábado de cada mês. Quem não tiver possibilidade de ouvir este sábado, aproveite a repetição quinta-feira pelas 01h, ou em podcast.
VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA
Sábado, 16 - 23h00
Fábrica Braço de Prata, Lisboa
Master of the Cosmos
Foto © Susan O'Connor
Dennis González Yells At Eels
featuring Rodrigo Amado
Late Winter Polish Tour 2008
Dennis González - trumpet, cornet, voice
Rodrigo Amado - tenor saxophone
Aaron González - contrabass
Stefan González - drums
-7.03: Warsaw, CSW Club, Museum of Modern Arts
-8.03: Poznan, Estrada Poznanka
-9.03: Bydgoszcz, Club MOZG (live recording)
-10.03: Gdynia, Club POKLAD (live recording)
-11.03: Olsztyn, Club BOHEMA
-12.03: Krakow
-14.03/15.03: Warsaw, Club AKWARIUM
Chegou-me às mãos uma proposta recente de Rhodri Davies e associados, editada em 2007 pela Another Timbre. O harpista chamou o trompetista Matt Davis, também em electrónica, Samantha Rebello, em flauta, e Bechir Saade, em clarinete, para um concerto electroacústico na primeira vez que se juntaram, no Red Rose de Londres. Muito suavemente, do impulso inicial passa-se a uma cadência lenta, cordas e sopros contam entre si segredos em murmúrio, enquanto o grão da electrónica acentua o carácter rendilhado das cinco peças que compõem este set. Vou ouvir mais vezes, que me está a puxar o pezinho para esta "dança", muito variada nos timbres e nas dinâmicas. Rhodri Davies / Matt Davis / Samantha Rebello / Bechir Saade - Hum (2007, at04). Distribuição lusa: Esquilo.
16 Fev 2008, 21h00 - Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, Lisboa
Quinteto de Enrico Rava
Enrico Rava, um dos músicos de jazz italianos mais consagrados internacionalmente, apresenta-se no CCB acompanhado de quatro excelentes músicos, num concerto inspirado no seu último trabalho The Words and the Days. O trompetista conta com quarenta anos de carreira e gravou mais de cem álbuns, trinta dos quais como líder. Colabora com grandes nomes do jazz: Gato Barbieri, Charlie Haden, Marvin Peterson, Carla Bley, entre outros.
Enrico Rava, trompete; Gianluca Petrella, trombone; Andrea Pozza, piano; Rosario Bonaccorso, contrabaixo; e João Lobo, bateria.
Blog posts can triple future album sales, according to a new study from researchers at New York University. NYU Stern professor Vasant Dhar and former student Elaine Chang sampled 108 albums released between January and March of 2007 to determine the impact of blog chatter on record sales. Using Amazon.com sales rankings, albums were tracked four weeks before and four weeks after release. Researchers found that when an album got mention in more than 40 legitimate blog posts, sales were three times the average. If those albums were associated with major labels, sales jumped five times the average. Albums that got more than 250 blog mentions saw sales increases of six times the average. The number of MySpace friends the artist had also improved album sales, but researchers said there was a weaker correlation than with blog chatter. -
Hollywood Reporter