Tenho andado a rodar o mais recente disco do sopranista e crítico musical, Chris Kelsey (n. 1961). Chama-se The Crookedest Straight Line Vol. 1, e acabou de sair na Creative Improvised Music Projects (CIMP). Uma bomba de disco gravado por um quarteto que arregaça as mangas e vai a luta com uma erecção rara de se encontrar. E dá muita luta, claro. Além do trio com que gravou o anterior e bestial Wishing You Were Here (resultado da empatia e coesão de Chris Kelsey, François Grillot e Jay Rosen), de que falei aqui abundantemente, Kelsey convidou John Carlson (trompete, fliscórnio) para a festa a quatro. E que festa é este The Crookedest Straight Line Vol. 1!. Venha de lá o Vol. 2, que suponho corresponder à segunda parte da sessão gravada para a CIMP. É bem capaz de ser o melhor de todos dos Kelseys que ouvi – e ouvi todos. Muito bom, o seu som de soprano. Diferente do de Bechet, Coltrane, Lacy, Parker, Coxhill, Bloom, Mitchell, Braxton ou Ackley, para citar alguns dos melhores praticantes desta difícil disciplina. Ei Chris, se eu tocasse saxofone soprano como tu tocas, não faria mais nada na puta da vida. O resto do tempo passá-lo-ia a olhar para o espelho...
"My latest CIMP album, The Crookedest Straight Line, Vol. 1, was released this week. The record features my quartet -- John Carlson on trumpet, Francois Grillot on bass, Jay Rosen on drums, and myself on soprano sax. Is it, as my producer Bob Rusch says, the most "accessible" thing I've done? Maybe, although it's a wildly relative judgment. Kenny G (or even Branford Marsalis) this ain't. It simply is what it is. I dig it, and hope you do, as well. It can be had here, if not today then very soon. It should also be available on iTunes shortly. For my money, it's the best thing I've done, but what do I know? That's for you to decide". - Chris Kelsey