Outra novidade, esta completamente inesperada, é a edição de Prezens, disco do guitarrista e produtor David Torn, na ECM Records. Gravação de Março de 2005, no Clubhouse Studio, Rhineback, Nova Iorque, com Tim Berne (saxofone alto), Craig Taborn (órgão Hammond B-3 e piano Fender Rhodes, Mellotron, bent circuits), e Tom Rainey (bateria). Num tema (Miss Place, the Mist...), soma-se outro baterista, Matt Chamberlain.
Tomasz Stańko Quintet - Music for K
(Polskie Nagrania, 1970)
Tomasz Stańko - trompete
Zbigniew Seifert - saxofone alto
Janusz Muniak - saxofone tenor
Bronisław Suchanek - contrabaixo
Janusz Stefański - bateria
Conta
François Couture: "Some of you know that I have been hosting radio shows for over a decade at
CFLX in Sherbrooke (Quebec, Canada). CFLX is not yet broadcasting over the web. However, from now on, if you would like to listen to the show, you can do so by downloading it on RapidShare.com. You don¹t even need to register to that website (however, you will have to wait two hours between downloads). Each .zip file contains one
Delire Musical or
Delire Actuel show in mp3 format (one mp3 file per half hour, commercials edited out), plus the playlist in html.
These files will remain available for download for approximately one week. The download links are below (item 3). Please note that the shows are broadcasted IN FRENCH.
Delire Musical and
Delire Actuel are broadcasted one after another, every Tuesday night starting at 8 pm (1 hour for DM, 2 for DA), on CFLX 95.5 FM in Sherbrooke (Quebec, Canada).
Delire Musical is a radio show devoted to music discovery through eclecticism. We tear down the walls between styles and genres. Its playlist is improvised on the spot from pre-selected stacks of albums. It¹s a seriously mad show. On the other hand,
Delire Actuel is a madly serious show devoted to all kinds of avant-garde music, studied and explained through new topics every week. Delire Actuel is produced and hosted by Francois Couture. Delire Musical is produced and hosted by
François Couture and
Daniel Ouellette".
Delire Musical de 24 de Abril de 2007:
Delire Actuel de 24 de Abril de 2007:
Variable Geometry Orchestra
26 de Abril de 2007
Trem Azul JazzStore, Lisboa
Novidades em casa de
Trevor Taylor, a
Future Music Records (
FMR), há várias. Destaco especialmente
SLEEPER ST. CYPRIANS, o mais recente do saxofonista britânico
Larry Stabbins (na foto), com uma formação de altíssimo nível, que inclui
Howard Riley (piano),
Tony Wren (contrabaixo) e
Mark Sanders (bateria). O autêntico
killer quartet. Com toda a propriedade, já que isto aqui não é a brincar: música improvisada moderna do que de melhor se pode ouvir hoje.
Drive, energia, inventividade que nunca mais acaba.
E agora, ladies & gentlemen... mestre Albert Mangelsdorff (1928-2005) ... Never Let it End, Albert Mangelsdorff Quartet. Que discaço da MPS Records, este do inventor (a meias com o britânico Paul Ruttherford, é certo) das multiphonics no trombone! Jazz alemão de inícios de 70, musculado e energético q. b.. Albert Mangelsdorff (trombone); Heintz Sauer (saxofones alto e tenor); Gunter Lentz (contrabaixo); e Ralf Hubner (bateria). Walldorf Studio, Frankfurt, Alemanha, 23 de Março de 1970. 1. Wide Open (A. Mangelsdorff, 3:45) 2. Never Let It End (A. Mangelsdorff, 9:48) 3. A Certain Beauty (A. Mangelsdorff, 9:14) 4. The 13th Color (R. Hubner, 6:54) 5. Open Mind (A. Mangelsdorff, 4:17) 6. Roitz and Spring (H. Sauer, 7:14) 7. Nachwort (H. Sauer, 1:50). Reeditado em CD duplo pela MPS, em 1993, sob o título Three Originals #2, juntamente com outros dois LPs de Mangelsdorff, Jazz Tune I Hope, e Triple Entente.
FOOTLOOSE, segundo disco de Paul Bley, originalmente publicado pela Savoy em 1962. Um dos melhores discos do melhor período do pianista, marcadamente influenciado por Lennie Tristano, em trio com Steve Swallow e Pete LaRoca. Além das composições originais de Paul Bley, o disco reúne temas de Carla Bley e Ornette Coleman (When Will The Blues Leave). O LP da reedição BYG (na foto) é uma raridade. Em CD foi em tempos idos reeditado pela Vogue, como The Floater Syndrome, relativamente menos difícil de encontrar.
Posto da maneira mais simples, ou a coisa funciona na complexidade do todo – enquanto conceito, processo e resultado – ou, se se verificam apenas algumas das partes que o compõem, há perdas a lamentar. O desafio para os criadores da música improvisada hoje, para além do pressuposto domínio das técnicas instrumentais conhecidas ou acabadas de inventar (e de, igualmente importante, ter sólidas bases de cultura musical, ouvido grande e omnívoro, de preferência), é o de conseguir preencher aquela tríade, quando se trata de compor em tempo real. Improvisação como processo de trabalho, ferramenta criativa e género musical com autonomia própria, segue o método da composição instantânea, aquele que liga pensamento e execução num mesmo e simultâneo acto criativo. O conceito nasce da fusão entre sinais reconhecíveis em diferentes géneros musicais e correntes estéticas. Surface, subtitulado For Alto, Baritone and Strings, disco de 2007 de um quarteto luso-americano liderado pelo saxofonista Rodrigo Amado, assinala as três cruzes nos espaços em branco. Doze temas, cinco deles em forma de suite, compõem os painéis desta interessante exposição, que tanto vai beber à idiossincrasia própria de cada um dos intervenientes: Rodrigo Amado (saxofones barítono e alto), Carlos Zíngaro (violino), Tomas Ulrich (violoncelo) e Ken Filiano (contrabaixo), comunicam entre si apenas por sinais sonoros e instinto natural, em detrimento de quaisquer estratégias delineadas e acertadas em momento prévio. É de acordo com este figurino que, em Surface, se assiste à execução prática do que se poderia designar por sã convivência entre elementos da escrita contemporânea de tradição europeia, do jazz (e ele swinga!, para quem dispense e não dispense, como bem se ouve em The City) e uma pitada de world, “fórmula” que já havia sido experimentada em The Space Between, disco gravado em 2002 com os agora repetentes Carlos Zíngaro e Ken Filiano, dois dos maiores expoentes dos respectivos instrumentos, a nível mundial. The Space Between pode muito bem ter servido de ponto de partida para Surface, à vista do alfobre de ideias que o primeiro encontro deixara perceber, tantas eram as pontas por onde pegar e desenvolver. Foi isso que aconteceu nesta segunda ida para estúdio, em Fevereiro de 2006, quatro anos passados, sessão a que acresceu a participação do novaiorquino Tomas Ulrich, músico que faz a ponte entre as duas grandes matrizes aqui dissolvidas: o jazz e a new music. Quatro músicos põem em conjunto a comum capacidade de se embrenharem profundamente no som, de ouvir e reagir aos estímulos, de se complementarem enquanto cúmplices, exprimir a sua individualidade em proveito do conjunto e evitar o risco de rebater lugares comuns.
A atenção está concentrada no detalhe, sem que tal signifique perder a noção de enquadramento das partes num plano mais vasto. Em campo aberto, jogam-se contrastes e aproximações entre diferentes perspectivas micro e macro, com cuidado equilíbrio na gama de tonalidades, compondo paisagens que se abrem numa imensidão a perder de vista. A toada de Surface é suave e contemplativa, pontualmente alterada quando a “conversa” ganha jeito de se empolgar e libertar tensão acumulada. Sente-se a autenticidade e o empenhamento no deitar de mãos à obra, qualificável como de boa música improvisada moderna. O que não é dizer de menos sobre um disco sólido e maduro como Surface. Edição da European Echoes, onde já saiu Teatro, do trio de Rodrigo Amado com Kent Kessler e Paal Nielsen-Love.
"Na história da música contemporânea há um capítulo que é, seguramente, um dos mais marcantes: o jazz, pela sua musicalidade, envolvência, experimentação, improviso e genialidade. Por ser contemporâneo, vários dos seus grandes mestres pisam hoje os palcos, dedilham os contrabaixos e os pianos perante os nossos olhos. Muitos desses grandes nomes, como Jason Moran and the Bandwagon, Brad Mehldau ou o genial Keith Jarret, passaram pelo CCB recentemente. Agora, para além da temporada de concertos dedicada ao género que tantas influências têm colhido e semeado, a partir de Maio e até Setembro, todas as quintas-feiras há jazz no CCB.
Uma vez por semana, a Cafetaria Quadrante recebe um concerto e transforma-se em clube de jazz, num ambiente dinâmico, confortável e de convívio. No espaço de entrada pode-se refrescar com uma bebida enquanto se deixa contagiar pela música que vem da outra sala, assistir aí ao concerto ou, se preferir, sob as estrelas das primeiras noites quentes do ano, na varanda que estará aberta sobre o rio.
Russ Lossing é apenas o primeiro de uma iniciativa que inclui músicos portugueses e de várias influências e proveniências geográfico-culturais. A programação foi pensada por Pedro Costa e Ilídio Nunes, proprietários da Trem Azul, loja especializada em jazz e das mais dinâmicas na organização de concertos.
Em Jazz às 5ªs será possível ouvir alguns dos mais interessantes músicos internacionais em actividade como Russ Lossing, Evan Parker, Herb Robertson, Agusti Fernandez, os irmãos Aaron e Stephan González, Alex Maguire e Rashiim Ausar Sahu, entre outros; e os portugueses Júlio Resende, Rodrigo Amado, Alípio Carvalho Neto, Carlos “Zíngaro”, Ernesto Rodrigues, Manuel Mota, Afonso Pais, e muitos mais".
Quintas-Feiras, a partir das 22H45 -- Cafetaria Quadrante -- Entrada Livre
Hoje, 27, e amanhã, 28, no HOT FIVE (Largo Actor Dias, 51, Porto), Maria João Mendes, em quarteto (Gabriel Pinto, piano; Hugo Carvalhais, contrabaixo; e, Jorge Madureira, bateria), canta para quem a quiser ouvir. Residente em Roterdão, Holanda, vem a Portugal para duas noites no Hot Five. Jazz vocal mainstream, songbook americano, blues, bossa nova e outros gorjeios latinos.
Kurt Gottschalk (Village Voice, The Wire, Signal to Noise...) entrevistou Eugene Chadbourne para a All About Jazz: Eugene Chadbourne: Beauty Out of Chaos.
A música de Doctor Bob, a princípio, é literalmente intragável. Pode-se ficar por aqui, arrumar Dark Times na prateleira mais inacessível e passar adiante. Porém, há algo que realmente incomoda nesta música. Para começar, este é um ponto a favor. Tomara que a maior parte da música que hoje se faz tivesse este poder de incomodar o ouvinte, de o inquietar. É este o clique que espicaça a curiosidade, a vontade de regressar ao momento da desolação inicial e tentar perceber o que é que provoca tal desconforto. Do pior sentido do termo passa-se a uma acepção bem mais positiva, se se lhe der novas oportunidades de audição. Fazendo jus ao título, o ambiente de Dark Times é soturno, melancólico, sinistro até. A voz processada de Bob Marsh arrepia por cima da hostil mistura de sons de violoncelo eléctrico com a lap steel guitar de David Michalak, formando um processo contínuo de sinais sonoros da mais inusitada extracção. Com tempo e um pequeno esforço de aproximação e de concentração, uma vez imerso no som, chega a ser divertido ouvir todo este non sense, que, bem vistas as coisas, faz todo o sentido, enquanto banda sonora de um pesadelo. E a coisa funciona razoavelmente bem: as paisagens surreais, desfocadas, de cores escuras, correspondem à intenção programática dos artistas e dão boa conta da finalidade expressa nas notas – a de criar uma ilustração sonora do mundo assustador em que vivemos, onde, apesar das ameaças e do desconserto generalizado, ainda é possível ter esperança. Edgetone Records.
Um dos melhores e menos conhecidos discos de Archie Shepp: ONE FOR THE TRANE (LP Polydor / MPS), The Archie Shepp Quintet. Free music... vá lá, que hoje é Dia da Liberdade, 25 de Abril, e ela tem que ser sentida e cultivada. Sempre! Potência, energia e emoção pura, expressas nas vastas improvisações e nos trechos melódicos do tema único, apresentado em duas partes, porque a edição em LP assim obrigava. Um tributo a John Coltrane, o mentor espiritual. A instrumentação é, também ela, fora do comum: saxofone tenor (Archie Shepp), dois trombones (Roswell Rudd e Grachan Moncur III), contrabaixo (Jimmy Garrison), e a bateria do grande Beaver Harris. Uma curiosidade: o solo de Jimmy Garrison que abre a contenda emerge de Introduction to My Favorite Things, que antecipa a leitura do quarteto de John Coltrane, no Live at Village Vanguard Again, de 1966. A gravação é de 21 de Outubro de 1967, ao vivo no Donaueschingen Music Festival, na Alemanha. Os defeitos técnicos da transcrição feita a partir do Lp original são prejuízos negligenciáveis.
VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA
ernesto_rodrigues viola, conduction
guilherme_rodrigues cello
johannes_krieger trumpet
miguel_bernardo clarinet
bruno_parrinha alto clarinet
alípio_neto tenor saxophone
nuno_torres alto saxophone
eduardo_chagas trombone
eduardo_lála trombone
ivan_cabral didgeridoo
antónio_chaparreiro electric guitar
armando_pereira accordion
carlos_santos electronics
joão_pinto electronics
adriana_sá electronics
jorge_trindade electronics
hernâni_faustino double bass
monsieur_trinité selected objects
peter_bastiaan drums26.04.07, 19h30 - Trem Azul JazzStore
Charles Tolliver & Music Inc., Live In Tokyo – Charles Tolliver, trompete; Stanley Cowell, piano; Clint Houston, contrabaixo; Clifford Barbaro, bateria. Publicado pela norte-americana Strata-East, do próprio Sr. Tolliver, a capa é da edição japonesa, revista e melhorada. Pode custar os olhos da cara, mas recompensa os ouvidos. Uma gaivota voava, voava.... 25 de Abril Sempre!
O projecto visionário de uma "cidade ideal" foi, como se sabe, uma das formas privilegiadas que assumiram as utopias modernas, retomando a tradição que teve na cidade platónica a sua referência clássica. Um dos requisitos para essa cidade ideal – que deverá corresponder a uma "sociedade ideal" – é o interesse e a participação nos destinos da polis enquanto comunidade. Esse interesse é, regra geral, político. Por vezes, a música é convocada para essa participação; outras vezes, participa porque tem consciência de que faz parte da cidade. Sob o tema Metropolis (de metrópole, cidade), a OrchestrUtopica – caracterizada por interpretar música contemporânea – deu carta branca ao crítico Augusto M. Seabra, desafiando-o a criar o programa para este concerto. Centro Cultural de Belém, Lisboa. Quarta, 2 de Maio.
Programa:
Jorge Peixinho (Portugal) - Aurora do Socialismo
Louis Andriessen (Holanda) - Worker's Union
Cornelius Cardew (Grã-Bretanha) - Treatise (pag. 21&22)
Heiner Goebbels (Alemanha) - Befreiung
Fredric Rzewski (EUA) - Coming Together
Rui AZUL INDEX - História do Jazz - próximos concertos:
• HOT FIVE - terça, 24 Abril (ou segunda, 30 Abril), 23:45 h - Porto
• HOT FIVE - quinta, 3 Maio (em duo - Alex Rodriguez + Rui Azul) - Porto
• CONTAGIARTE - sexta, 4 Maio, 23:30 h - Porto
• QUEIMÓDROMO - CINE-JAZZ - sábado, 5 Maio, 00:00 h - Queima das Fitas - Porto
Rui Azul (saxofone tenor, narração, videoart, textos); Alex Rodriguez (trompete); Alberto Jorge (contrabaixo); Pedro Costa (piano); e Guilherme Piedade (bateria).
O Human Arts Ensemble, cooperativa músico-teatral extravagante, foi fundada em 1971, em St. Louis, pelo baterista Charles "Bobo" Shaw. O colectivo comportava músicos associados às duas grandes cooperativas então existentes, a Association for the Advancement of Creative Musicians (AACM), de Muhal Richard Abrams, Jodie Christian e Steve McCall, fundada em 1965, em Chicago, e o Black Artists Group (BAG), de Julius Hemphill, Oliver Lake e Hamiett Bluiett – a escola de St Louis, de 1968. Ao tempo, o Human Arts Ensemble levantou as pedras da calçada, artisticamente falando. A 6 de Setembro de 1974, depois de editar Whisper of Dharma (1972) e Under the Sun (1973), o grupo tocou e gravou ao vivo no Studio Rivbea, de Sam Rivers, em Nova Iorque, gravação que deu origem ao excelente Streets of St. Louis, publicado em 1978 pela alemã Moers Music – uma maravilha para quem é apreciador de free jazz. E, claro, cacofonia insuportável para quem o não é. Quem o queira vir a ser encontrará aqui muitos motivos paraq começar a entender a paixão de tantos aficionados pela energy music, fire music, new thing – o que se lhe quiser chamar, aqui apimentada de funk. Charles "Bobo" Shaw, bateria; Lester Bowie, trompete; Hamiet Bluiett, saxofone barítono; Joseph Bowie, trombone; Julius Hemphill, saxofone alto; Abdul Wadud, violoncelo; e Dominique Gaumont, guitarra. Alinhamento: 1. Streets of St. Louis (13:10); 2. Miles Beyond (10:05); 3. Entensity Big (11:39); 4. Hard Light (7:06). O grupo viria ainda agravar Junk Trap (Black Saint ), em 1978.
«April has become the month for BendingCorner's annual feature of the standout "jazzatronic" tunes from the past year. Like previous years, this set showcases BC's favorite examples of the continual use and merging of electronics, jazz instrumentation, and modern production techniques. New for this year, though, is the inclusion of 5 listener-created submissions! Yes folks, if you submit your music to BC (and we like it), we'll play it».
Os Spaceboys vêm directamente do seu laboratório espacial em Lisboa para transmitir uma mensagem de pura vibração cósmica e celebração intergaláctica a partir dos ensinamentos de Sun Ra, Lonnie Liston Smith, Fela, Van McCoy, Ed Wood ou Lee Perry. São o alter ego dos Cool Hipnoise, aqui personificados nos seus três elementos nucleares: Francisco Rebelo, João Gomes e Tiago Santos; contam frequentemente com a participação especial de Kalaf como mestre de cerimónias. Regressam finalmente aos palcos para apresentar "Sonic Fiction", um álbum que respira uma atmosfera onde ancestralidade e ficção científica vivem a aventura de uma viagem imaginária em 10 etapas por uma galáxia sónica desconhecida. Sobre o ritmo tradicional afro mandinga Markuro, constroem uma arquitectura electro-funk onde o dub e a soul evoluem numa canção rumo às mais futuristas visões da música negra deste século.
A viagem continua com os DJ's Isilda Sanches e Jorge Évora da Rádio Oxigénio.
Sejam bem vindos a bordo desta nave intergaláctica.... " Space is the place"
Hoje, 23/4, SPACEBOYS ao vivo no Arena Lounge/Casino Lisboa, 22h30, entrada livre.
Whit Dickey na emissão desta semana do Jazz on 3, da BBC Radio 3. Dickey, outrora baterista do David S. Ware Quartet, tem vindo a liderar os seus próprios grupos desde que deixou a casa de pai Ware. Entre sexta e sexta, passa na BBC com um concerto gravado na edição de 2005 do novaiorquino Vision Festival, em quarteto com Roy Campbell (trompete), Rob Brown (saxofone alto) e o recém-descoberto talento para o contrabaixo, o também guitarrista Joe Morris. Composições criadas no momento, na tradição do free jazz norte-americano. Na segunda parte do programa, depois do intervalo, em que poderemos ouvir uma entrevista com o percussionista Hamid Drake, o mesmo Hamid com o seu quinteto Bindu (Sabir Mateen, Daniel Carter, Greg Ward, Ernest Dawkins e H. Drake) no Vision Festival de 2006. Jez Nelson a antecipar a próxima edição do Vision.
«Following selection for the Qwartz Label Award, our foremost intention was to create something special, in order to celebrate an acknowledgment of the utmost importance.This is how Symbiosis (a compilation of exclusive unreleased Zymogen tracks) was conceived.It is a reunion of the artistic voices that have collaborated with us in the past, those that are collaborating with us now, and an invitation to those that might collaborate with us in future. It is yet another example of our dedication to providing creative excellence for more than a year and a half to date, and it is also an occasion for us to show that which constitutes our aesthetic values, as well as that which represents the probable direction of our evolution. It is what a project such as Zymogen cannot, and could not, ever ignore or take for granted.Symbiosis is all this: the past, present, and future...but most importantly, it is the Zymogen sound. It is music that changes in the course of the twelve tracks constituting the album, in the same way that the twelve Zymogen releases, to date, are different and evolve with respect to each other. Despite this, there is always a fine red thread that binds and holds closely together the diverse and sometimes distant styles, all of which exude a distinct artistic personality.The concept is always the same, but the language changes depending on whom it is expressed to.
Symbiosis represents all that Zymogen is, and all that Zymogen could be or might become». - Filippo Aldovini - Zymogen coordinator
The Thing .............. «
Il giochino delle cover garage-rock in chiave free-jazz era già stato spolpato di tutte le sue inusitate possibilità, tanto su disco che in sede live. Se in fin dei conti
'The Garage' dopo una manciata di ascolti mostrava già la corda, la registrazione
'Live at Bla' lasciava totalmente annichiliti: una potenza devastante, furente, genuinamente improvvisata. Questo
'Action Jazz' riprende quelle coordinate (e mai titolo fu più azzeccato). Musica febbrile per muscoli in tensione lancinante. Anche qui c'è qualche cover (anche se si dividono omogeneamente con le traccie scritte di pugno dal trio e con alcuni classici jazz) e l'unica a mantenere in qualche modo un contatto con la vecchia operazione è "Ride the sky" dei
Lightning Bolt: a mio parere di tutte le cover rock proposte dal gruppo questa in coppia con "Aluminium" dei
White Stripes è definitivamente la più riuscita. Meno caciarone dei lavori precedenti, si presta anche a rumorismi di scuola Benninkiana come nella traccia "Better Living". Da provare anche se non siete appassionati di sonorità free-jazz». -
Francesco Vitale
ZDB........................Sexta-feira 20 de Abril às 23h00
Jazz_improv_sessions
Thollem McDonas (US)
New Thing Nonet (PT)
Thollem McDonas
Compositor e improvisador de méritos firmados, o pianista norte-americano Thollem Mcdonas tem como princípio "ler nas entrelinhas e tocar fora delas". Descrita pelo próprio como "post-classical circus punk jazz free music", a música de McDonas é de uma complexidade interpretativa sinuosa, por vezes reminiscente de Cecil Taylor. Pela primeira vez em Lisboa, irá apresentar-se a solo, na sequência das composições para piano quem tem vindo a gravar para editoras como a Pax Recordings ou a Edgetone Records.
+ site: Thollem McDonas
New Thing Nonet
Noneto coordenado pelo improvisador e agitador par excellence Ernesto Rodrigues, mentor da Orquestra VGO e fundador da editora Creative Sources Recordings, entre outras inúmeras iniciativas aglutinadoras. Os terrenos a explorar por esta formação situar-se-ão algures entre as fronteiras abstractas do free jazz, na melhor tradição europeia.
Ernesto Rodrigues - violino
Guilherme Rodrigues - violoncelo
Ricardo Pinto - trompete
Eduardo Lála - trombone
Alípio Carvalho Neto - saxofone tenor
Rodrigo Pinheiro - piano
Hernâni Faustino - contrabaixo
Monsieur Trinité - percussão
Peter Bastiaan - bateria
Howard Mandel: «I've been asked by composer and pianist Andrew Hill's family to announce to the press that he
died at 4 a.m. today, April 20, 2007, several years after being diagnosed with lung cancer. He was 75 years old and lived in Jersey City, NJ.».
(Foto: John Abbott)
"Instruction to the peoples of earth: You must realize that you have the right to love beauty. You must prepare to live life to the fullest extent. Of course it takes imagination, but you don't have to be an educated person to have that. Imagination can teach you the true meaning of pleasures. Listening can be one of the greatest of pleasures. You must learn to listen, because by listening you will learn to see with your mind's eye. You see, music paints pictures that only the mind's eye can see. Open your ears so that you can see with the eye of the mind."
- Sun Ra, 1956.
Outer Spaceways Incorporated. Chamou-se originariamente Pictures of Infinity. Gravado ao vivo em Nova Iorque em 1968. Muito variado no estilo, embora mais virado para o free, Outer Spaceways Incorporated é uma amostra representativa do trabalho de Sun Ra & his Arkestra neste período. Enquanto a nave espacial não levanta voo, Somewhere There, tema de abertura, proporciona um solo a John Gilmore que quase vale o disco por inteiro. Não gosto de dar estrelas, mas, a fazê-lo, teria que lhe atribuir uma generosa quantidade. A melhor definição sintética que já li sobre o disco é a de Chad Kelsey: "One sonic-assed clusterfuck of a free jazz album". Depois da edição original na Saturn, a Black Lion publicou uma versão com a capa da foto. Há menos tempo, a Freedom incluiu o disco numa caixa de três CDs: Calling Planet Earth.
1. Somewhere There; 2. Outer Spaceways Incorporated; 3. Intergalactic Motion; 4. Saturn; 5. Song Of The Sparer; 6. Spontaneous Simplicity.
Torben Waldorff, dinamarquês, pertence à nova geração de músicos escandinavos que, sem preconceitos, misturam antigas formas do jazz clássico com as tendências evolutivas mais recentes, mantendo as operações dentro da corrente dominante. Editoras nórdicas como a Moserobie e a LJ Records, entre outras muito activas que vão surgindo, têm dado a conhecer um número considerável de projectos que rolam nestes eixos principais. Com um quarteto que integra Karl-Martin Almqvist, saxofone tenor; Mattias Svensson, contrabaixo; e P-A Tollbom, bateria, todos talentosos e muito escolarizados instrumentistas, o guitarrista de Copenhaga, com fraseado rápido e ideias simples e claras, expõe nove composições suas e uma colectiva, escritas e improvisadas dentro do estilo mainstream moderno, temperado com bons momentos de bom groove atmosférico. Ponto a desfavor será talvez a colagem ocasional ao academismo de Berklee, onde Torben Waldorff passou quatro anos, característica que por vezes amarra o disco a um certo formalismo, lhe arredonda as arestas e tapa a respiração natural. A ausência de chama viva não impede Squealfish de ser um disco suave, melódico e agradável de ouvir, que se mostra mais interessante à medida em que as audições se sucedem. Bom para finais de tarde ensolarados. Edição da LJ Records, com distribuição lusa pela Sonoridades, Porto.
Tim Berne, Craig Taborn e Tom Rainey, The Shell Game.
À memória de Pedro Rosa Braz, "Brázinho" (1952-2001)
Südtirol Jazz Festival
Riessler/Levy/Matinier (GER-USA-FRA)
Rizzo/Colombo/Godard Trio (FRA-ITA)
The Klezmatics (USA)
Daniel Humer Quintet (FRA)
Vienna Art Orchestra (A-D-I-CH)
Gato Barbieri Quintet (ARG-USA)
Mikhail Alperin’s Moscow Art Trio (Rus)
Ben Allison Quartet (USA)
Indigo 4 (ITA)
Gayvoronski / Kondakov / Volkov (RUS)
Bireli Lagréne Solo (FRA)
Sara Lazarus & Bireli Lagréne & Gipsy Project (USA-FRA)
Paolo Fresu & Stefano Bollani (ITA)
Stefano Bollani Piano Solo (ITA)
Richard Galliano Tangaria Quartet (FRA)
Italian Instabile Orchestra (ITA-USA)
Special guest Anthony Braxton
Ciclo de concertos do Luís Lopes HUMANIZATION Quartet, de Maio a Junho p.f. - Luís Lopes (guitarra); Rodrigo Amado (saxofone tenor); Aaron González (contrabaixo); e Stefan González (bateria).
O HUMANIZATION 4TET é um jazz combo orgânico, luso-americano, que junta dois músicos portugueses, o guitarrista Luís Lopes e o saxofonista Rodrigo Amado, a dois músicos norte-americanos, Aaron e Stefan Gonzalez, respectivamente contrabaixista e baterista. São quatro músicos oriundos do jazz e da música improvisada com percursos que não dispensam a passagem pelos mais variados estilos musicais como o rock/pop, o blues, o hip-hop e o punk. O grupo apresenta seis composições de Luís Lopes cunhadas pela interacção triangular de Performers – Composição – Improvisação, criando uma textura densa e homogénea que constrói/desconstrói o(s) jazz(es) obedecendo a uma estética de música criativa universal como forma de expressão artística. Em suma, o Jazz sempre presente como matriz e fonte estética, universalista, aberto a tudo e grávido de futuro. A ouvir...
Manfred Schoof, cornet, fluegelhorn, triangle; Claude Deron, trumpet, lotus flute; Willi Lietzmann, tuba, maracas; Peter Brötzmann, alto saxophone, gurke; Gerd Dudeck, tenor saxophone, duck call; Kris Wanders, baritone saxophone, zorna, alto saxophone, lotus flute; Willem Breuker, baritone saxophone, soprano saxophone, ratsche; Gunter Hampel, bass clarinet, flute, pandeira; Karlhanns Berger, vibraphone (Sun only); Buschi Niebergall, bass, sirene; Peter Kowald, bass, small bells; Jackie Liebezeit, drums, percussion; Mani Neumeier, drums, percussion; Alexander von Schlippenbach, conductor, piano, percussion.