Pela primeira vez em edição oficial, Brotherhood (1972), um dos grandes discos de Chris McGregor com a sua mítica Brotherhood Of Breath, big band de três em pipa. McGregor, pianista sul-africano expatriado em Londres a partir de 1964, ali formou o sexteto The Blue Notes (essencialmente, Mongezi Feza, Dudu Pukwana, Ronnie Beer, Harry Miller e Louis Moholo) grupo que bebia tanto nas raízes africanas, como nas novas movimentações pós-ornettianas que estavam a ocorrer no jazz britânico a partir de meados da década de 60. Entretanto, em 1969 os Blue Notes desmembraram-se e Chris McGregor resolveu então criar um projecto ainda mais ambicioso, a Chris McGregor's Brotherhood Of Breath, construída a partir do núcleo duro dos Blue Notes e reforçada com nomes do jazz/improv britânico da época, mais virados para o lado cutting-edge. Os anos entre 1971 e 1974 apanharam a Brotherhooh of Breath permanentemente em digressão, com pouco tempo para estúdios. Talvez seja essa a razão por que apenas gravou três discos. Um deles, o do meio, Brotherhood, só agora, passados 35 anos, é editado. O lançamento está previsto para 1 de Março, na britânica Fledg'ling Records.
Chris McGregor's Brotherhood Of Breath: Chris Mc Gregor, John Surman, Dudu Pukwana, Harry Miller, Louis Moholo, Harry Beckett, Marc Charig, Alan Skidmore, Mongezi Feza, Mike Osborne, Ronnie Beer, Nick Evans e Malcolm Griffiths.
The Brotherhood of Breath is the kind of band you want to tell people about. It's not for private enjoyment, or for worship by a elitist cult. The Brotherhood's music is for sharing with the world, and that's what makes its name so apt: the musicians and the audience are brothers (and sisters), and they share the same breath, becoming merely parts of the same giant metabolism. Chris McGregor came out of South Africa in 1964, leading a band called the Blue Notes. Three of those Blue Notes can be heard on this record, and the fact that Mongezi Feza, Dudu Pukwana and Louis Moholo are still with Chris is some tribute to the fantastic empathy they share, both personally and in the music they make together. - Richard Williams