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27.6.06
 


Baileyanos de todo o Mundo, uni-vos!
Os mais die-hard empedernidos e os outros! Finalmente, eis chegada a hora por que tanto ansiávamos e não havia meio! Descontando uma breve aparição, foi preciso esperar mais de duas décadas de longa noite para podermos reencontrar o disco que Derek Bailey gravou no Japão em 1978, denominado "New Sights, Old Sounds". Tido como o mais obscuro dos discos de Bailey (que, como se sabe, gravou apenas uma escassa meia-dúzia de fonogramas...) "New Sights..." é tido como o mais obscuro dos seus registos, pois foi gravado e editado no Japão pela Morgue Records, de Aida (o homem cujo nome titula outro trabalho de Derek Bailey, assaz empolgante, por sinal) e, ferido de esgotamento, eclipsou-se imediatamente para todo o sempre, maleita a que só escapariam uns 500 gajos de olhos em bico. Para todo o sempre, não; seria um tremendo exagero e imperdoável imprecisão terminológica. Vejamos com mais acuidade: rezam as crónicas que o guitarrista britânico andou mais de 10 anos da sua vida de 75 a negociar a obtenção das bobines originais com o pessoal do Sol Nascente, gente danada para o negócio do disco, como se sabe, o que só viria a conseguir a muito custo. (Convém anotar à margem que, só depois de 25 de Dezembro último, dia de Natal, portanto, Derek Bailey passou, para alguns, a ser um graaaande guitarrista, um mestre e tudo o mais que se diz dos mortos - e de alguns vivos - mesmos sem os ouvir, claro está). Onde é que eu ia.... Duplo Bailey, ora em estúdio, ora em concertos em várias cidades japonesas, com e sem passagem de electricidade. A INCUS, casa por ele fundada (e por Tony Oxley, Michael Walters e Evan Parker), detém os direitos integrais sobre a obra, e não se fez rogada: tomai-a lá outra vez, que é democrático e deve chegar a todos os interessados, o que me parece um salutar princípio. Pois, não o compreis a correr, não, que ainda passais mais duas décadas a salivar por tão fugidia pérola. Enquanto não chega cá a casa a segunda edição (a anterior foi de 2002, se me não falha a memória), tenho aqui à mão “The Moat Recordings”, outra beleza de disco duplo que a amiga Tzadik em boa hora mandou para a rua e que o Pedro Lourenço da Flur me pôs à frente numa tarde em que a chuva, inclemente, se abatia sobre Lisboa. Abençoada chuvinha que caía do céu. Fez-me abrigar na Flur e encontrar o Joseph Holbrooke Trio, nominativo que, por outras palavras, quer dizer Derek Bailey, Gavin Bryers e Tony Oxley. Só não choro a ouvir isto porque de habitual me não dá para a pieguice nem para o floreado sentimentalão. Mas até apetece. Fascinante, dizem eles. Eu nem sei que diga. Derek Bailey - "New Sights, Old Sounds"

 


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