Geralmente considerado o mais importante violista da era moderna do jazz e além-fronteiras, com uma carreira que já dobrou o cabo das quatro décadas, Leroy Jenkins não perdeu a capacidade de inovar no vasto território da música livremente improvisada. Membro da AACM e do Revolutionary Ensemble nos anos 70, companheiro de Muhal Richard Abrams e de Anthony Braxton, tem tocado em múltiplos contextos e com músicos de diferentes áreas, incluindo gente oriunda da música clássica. É este o caso de The Art of Improvisation, concerto de 2004 do Leroy Jenkins’ Driftwood, publicado pela Mutable Music. Nele participam Rich O’Donnell, percussionista da St. Louis Symphony Orchestra, Min Xiao-Fen, expoente da música tradicional chinesa, em pipa (alaúde chinês), e o pianista americano Denman Maroney. De comum têm o facto de serem improvisadores extraordinários, que inventam a sua própria linguagem, algures entre o jazz e a new music.