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12.1.06
 
>Manta Rota, tradução indirecta do francês Ensemble Freak, é um sexteto de improvisação comunal. Proveniente de tradições, em iguais partes conscientes e inconscientes neste núcleo de músicos, de improvisação colectiva, casos dos Amon Düül, No-Neck Blues Band, ou dos Red Krayola, de «Parable Of Arable Land», acabam por ser a primeira real manifestação local de um sintoma que se começa a registar pelo Ocidente ligado às músicas livres do séc. XXI. Dos Estados Unidos (com Sunburned Hand of the Man ou Wooden Wand & The Vanishing Voice), à Finlânia (com Kemialiset Ystävät ou Avarus) ou à Austrália (Castings), desponta uma primeira geração – pelo número – em movimentações improváveis, de dinâmicas que vão para lá de banda, e regressam a comunalismos improvisados, informadas por décadas de música livre. Não são como as improvisações de grupo de Alan Silva para a BYG/Actuel, mas também; não são um «drum circle» hippie da treta, só um bocadinho; não são o drone eterno da A Band ou dos Vibracathedral Orchestra, mas já o ouviram. São outra coisa qualquer, de estilo ainda por nomear, de conhecimento tanto plural quanto recente de tradições e não-tradições, turismo musical pancontinental, feito de interesse e fascínio por manifestações de expressão crua e inusitada. Manta Rota é constituído por elementos de Gala Drop, CAVEIRA, The Vicious 5, Phoebus, Braço, Fish & Sheep e mais alguém que foi lá parar à procura de sensações efluvianas.

Na ZDB, sábado, 14 de Janeiro, a seguir ao Sei Miguel Jazz-Out Leadership, às 23h00.

 


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