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20.9.05
 
Última chamada para o concerto de hoje à noite, em Oeiras:

FESTIVAL MÚSICA VIVA / ENTR’ARTES 2005

“Open Secrets”

Carlos Bechegas – Flauta
Barry Guy – Contrabaixo

20 de Setembro de 2005 – 22:00
Oeiras – Auditório do Centro de Apoio Social de Oeiras

Proposta do flautista Carlos Bechegas para confrontação criativa de múltiplas atitudes, conceitos e tipologias, centrado numa plataforma para desenvolver colaborações em duo com diferentes contrabaixistas.
Depois de Peter Kowlad, com o qual iniciou este projecto, apresenta-se no Festival Música Viva com Barry Guy, figura de referência da improvisação, compositor e instrumentista virtuoso, considerado um dos mais criativos e inovadores protagonistas desta linguagem.
Sob a forma de duos e solos, sem prévia estruturação determinista, na melhor tradição da improvisação europeia, terão o palco como momento único de opções, dando corpo à essência heterodoxa e polidiomática de “Open Secrets“: flauta e contrabaixo em oposição de tessituras e diversidade de registos tímbricos; confrontação e sobreposição de técnicas contemporâneas, moldando transfigurações acústicas dos instrumentos; confluência e alternância de linguagens.
Intervenções que tangem por vezes registos extremos, em passagens que vão do climax gritante e denso a partir de clusters e estruturas multifónicas subsidiárias do free jazz, a subtis texturas de harmónicos e artificiosos pontilismos rítmicos; materiais e recursos expostos com uma envolvência e prestação vibrantes.


CARLOS BECHEGAS
Compositor e improvisador, nasce em Lisboa em 1957. Licenciado em Educação Visual e Tecnológica, é docente desde 1975.
Inicia actividade publica em 1977, investindo simultaneamente numa formação e experiência multifacetada. Tira o curso de flauta no Conservatório de Lisboa, frequenta Seminários de Composição com Emmanuel Nunes, Técnicas Contemporâneas com Pierre-Yves Artaud, Teatro Musical com Constança Capdeville e Fernando Grillo, Teatro com o Grupo Inglês Welfare State Internacional. Novas Tecnologias na Composição na Universidade do Minho, Workshops de Improvisação com alguns dos mais importantes nomes desta área como Steve Lacy, Evan Parker, Peter Kowald, Richard Teitelbaum.
Centrado no saxofone, inicia-se no Jazz, abordando posteriormente diversos tipos de música Rock e do Jazz à Musica Improvisada. Colabora vários anos com Jorge Palma, e integra o trio Plexus de Carlos Zíngaro. Com as novas tecnologias, compõe musica para Dança, Video, Teatro e Televisão.
A partir de 1989, inicia a sua actividade a solo, utilizando a electrónica com controle em tempo real. Cria e apresenta vários concertos a solo, espectáculos multimédia, e orienta Workshops sobre as Novas Tecnologias. Apresenta-se em duo com Carlos Zíngaro em Moscovo e a Solo em Paris nos III Encontros de Improvisação.
Com oito CDs editados, gravou com nomes históricos como Derek Bailey, Alex v Schlippenbach e Peter Kowald, e participa em alguns dos mais importantes Festivais da Europa, a solo e com outras figuras centrais da improvisação, como Phil Minton, Han Bennink, Fred Van Hove, Gunter Sommer e William Parker, sendo actualmente considerado pela critica internacional, como um flautista de referência, percursor ao afirmar este instrumento na improvisação contemporânea, virtuoso e inovador, pela forma criativa e complexa como combina e domina as múltiplas técnicas.


BARRY GUY
Barry Guy é um inovador contrabaixista e compositor, cuja diversidade criativa nas áreas da improvisação jazzística, dos recitais a solo, de apresentações em conjuntos de câmara e orquestras concentra em si o resultado de uma formação prática polivalente pouco usual e de um enorme entusiasmo pela experimentação, sublimados na sua dedicação ao contrabaixo e ao ideal da comunicação através da Música.
Barry Guy é fundador e director artístico da Orquestra de Compositores de Jazz de Londres (London Jazz Composers Orchestra), para a qual compõe e grava.
As suas obras para concerto têm sido interpretadas com alguma frequência e a sua capacidade técnica e inventiva tem dado origem a um excepcional conjunto de obras: Flagwalk (1983), The Eye of Silence (1988), Look Up! (1990), After the Rain (1992), Bird Gong Game (1992), Fallingwater (1996) e Redshift (1998). Look Up! recebeu o Prémio da Royal Philharmonic Society de Composição para Câmara em 1991-92.
Assim, as suas obras demonstram grande frescura sem recorrer aos excessos que podem “sufocar” os intérpretes, fazendo com que cada apresentação se transforme num teste ou julgamento das suas performances. Todavia as suas partituras revestem-se de grande virtuosismo e apresentam muitas vezes novas sonoridades e técnicas instrumentais alargadas; a avaliação dessas possibilidades é naturalmente feita pelo próprio, na sua qualidade de intérprete.
Barry Guy continua a realizar recitais a solo pela Europa e E.U.A., bem como tocando com o Evan Parker/Paul Lytton Trio. Mais recentemente tem integrado a formação que acompanha o pianista americano Cecil Taylor e o grupo ROOM de Larry Ochs, sediado na Califórnia.
Este compositor gravou mais de 80 albuns com variadíssimas formações de Jazz, entre as quais o duo Arcus com Barre Phillips. Em 1993 foi editado pela NMC, o album “After the Rain” com a City of London Simphony Orchestra, sob a direcção de Richard Hickox e em 1996, esta mesma formação estreou a sua obra Fallingwater.
A BGNO – Barry Guy New Orchestra –, a sua nova big band aparece referida na Intakt no CD “Inscape – Tableaux”, que ganhou o prestigiado prémio francês CHOC 2001.

 


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