Antes do prato forte da sessão de hoje de Jazz on 3 - o baterista e compositor Bobby Previte, o guitarrista Charlie Hunter e o turtablista DJ Logic, num concerto gravado em Birmingham, Reino Unido – e depois de anunciar os nomeados para os BBC Jazz Awards deste ano, Jez Nelson discute com os seus convidados sobre o papel do gira-discos no jazz enquanto instrumento, se assim se pode chamar. Poderá o DJ contribuir relevantemente para a música improvisada, ou o que faz é só para preencher os domínios do acessório? Como estudo de caso são tratadas as aventuras de Us3 e de Christian Marclay com John Zorn. Mark Morris, com Christian Marclay, Uri Caine e o crítico Richard Cook, ajudam a partir alguma pedra sobre este tema. Ou será que também eles andam às voltas? Ainda tenho bem presente na memória o concerto de turtablismo bruitista do canadiano Martin Tétreault com o japonês Otomo Yoshihide no Jazz em Agosto de 2004, na sequência do qual alguma interessante discussão surgiu nos corredores da Fundação Gulbenkian. Nada como ouvir o que estes alegres companheiros têm para nos dizer sobre as intrínsecas qualidades do prato gira-discos e do que é possível fazer ou não com os componentes electro-mecânicos da geringonça. E lá vamos parar a John Cage.
Jazz on 3 - BBC Radio 3. A partir de hoje e até sexta-feira.