Marsh'n'Konitz Lee Konitz fez anos no dia 13 de Outubro passado.
Parabéns atrasados, Mr. Konitz!
Nasceu em Chicago, em 1927. Durante décadas dirigiu os seus próprios combos. Tocou e aprendeu muito com mestre Lennie Tristano, por quem foi influenciado, a meias com Charlie Parker. Konitz, um dos grandes jazzmen ‘clássicos’ ainda em actividade, é um saxofonista da maior relevância na história do Jazz, entre outras razões, porque aprofundou a influência da escola do cool jazz dos anos 50, com camaradas de armas da laia de Stan Getz, Zoot Sims, Chet Baker, Gerry Mulligan, Jimmy Giuffre e Warne Marsh. Com este último, parkeriano na forma e na substância que também o é, sem no entanto renegar a marcante impressão que o tenor de Lester Young lhe deixou, Konitz tocou em quarteto e quinteto durante um bom par de anos.
E foi com um dos mais versáteis desses quintetos que W. Marsh e L. Konitz se entregaram ao público dinamarquês durante três noites de Dezembro de 1975, no Clube Montmartre, de Copenhaga. As sessões foram gravadas para a Storyville Records e por ela publicadas separadamente em três volumes. O terceiro deles, a que agora dedico atenção em revista, embora apenas inclua duas composições de Charlie Parker (Au Privave e Chi-Chi) num total de 8, é todo ele celebratório da música de Bird, uma matriz fundamental comum aos dois artistas.
E cá estão eles, Marsh’n’Konitz ao vivo, contrariando a famosa tirada de Shakespeare - algo de muito fresco «no reino da Dinamarca».