Bob Marsh, improvisador oriundo de Detroit, há quase uma década fixado em na Bay Area de S. Francisco, depois de uma longa passagem por Chicago, tem-se ocupado com múltiplos projectos de criação musical, entre os quais avultam a String Theory, a Che Guevarra Memorial Marching (and Stationary) Accordion Band, os Robot Martians, a Out of the Blue Chamber Ensemble, e várias outros grupos com designações dentro do género, a par de colaborações com a fina-flor da família west coast experimental, como Rent Romus, Ernesto Diaz-Infante, Jim Ryan, Moe! Staiano, Jack Wright, etc. Em 2007, na sequência de uma série de projectos em que deu largas à sua iconoclastia sonora, Bob Marsh preparou um ficheiro com oito minutos de um composto sonoro à base de field recordings, voz e electrónica, produto que enviou a doze improvisadores localizados em pontos diferentes dos EUA e da Europa. Ao correio, Bob Marsh fez juntar um repto dirigido a cada um dos colaboradores: o de transformar o material sonoro de base pela via que cada um entendesse. O resultado final da dúzia de contribuições, mais a participação original, está coligida em Eight, A Project in International Collaboration, editado pela italiana Setola di Maiale, editora dedicada às músicas não convencionais. Participam, além de Marsh, Grant Strombeck (Chicago), Bellerophone (Atenas), Massimo Falascone (Milão), Boris Hauf (Berlim), Marina Hardy (Omaha), Earzumba (Barcelona), Renato Ciunfrini (Roma), Bryan Eubanks (Nova Iorque), Candy Covered Clown (Riga), Bryan Day (Omaha), Zz Brr (Paris) e Arg aka Graziano Lella (Roma). E há 'visões' para todos os gostos, com predominância para as tonalidades escuras, paisagens quase bucólicas e ilustrações sonoras arrepiantes, no melhor e no pior sentido do termo. Bob Marsh conseguiu dar coerência e homogeneidade à disparidade dos projectos oferecidos, preservando a individualidade das contribuições. Eight não serve como música de fundo.