OSLO/CHICAGO: (((BREAKS))), a estreia na Atavistic do (((POWERHOUSE SOUND))), grupo de Ken Vandermark e companhia. Fundado em 2005, a pensar na exploração de ideias rítmicas que tivessem o som do baixo como referência principal a música de James Brown, Lee “Scratch” Perry e Public Enemy. Vantagem descarada para o vocabulário funk, dub e hip-hop, que esta gente conhece de tanto terem ouvido enquanto se faziam homens. Ou o baixo eléctrico como força motriz nesta releitura rítmica escandinavo-americana arrevesada, em que brilham distintos improvisadores transatlânticos. mas nem só de funk, hip-hop ou dub vive o som do Powerhouse. Noise electrónico, garage jazz/rock, enfim, outra maneira de encarar a fusion neste princípio de século. Vandermark não pára de investigar as inúmeras possibilidades que a sua incansável curiosidade e instinto omnívoro produzem. Para nosso bem, acrescentaria. A presente edição da Atavistic divide-se em dois sets gravados em estúdio, com diferentes abordagens do mesmo tipo de material (composições, todas de Ken Vandermark), e distintas formação e instrumentação: o primeiro, com a Oslo Version – Ken Vandermark (saxofone tenor), Ingebrigt Håker Flaten (baixo eléctrico), Nate McBride (baixo eléctrico), Lasse Marhaug (electrónica) e Paal Nilssen-Love (bateria); e o segundo, dedicado à Chicago Version – Ken Vandermark (saxofone tenor), Jeff Parker (guitarra), Nate McBride (baixo eléctrico) e John Herndo (bateria). Não me canso de ouvir esta porra.