O segundo desdobramento de James Murphy sob a designação LCD Soundsystem, Sound of Silver, desenvolve aquilo que já fizera no primeiro e homónimo disco. Murphy sabe piratear estilos e influências como ninguém nestes tempos mais recentes, servindo-se de um enorme catálogo de influências para escrever excelentes canções pop que são muito mais que um mostruário feito de colagem oportunista. Se nelas se reconhece muita da melhor música pop dos últimos 30 anos, também é verdade que James Murphy acrescenta o seu cunho pessoal de song writer e um toque de síntese pós-moderna que lhe cai a matar. É Nova Iorque em 2007. Citam-se frequentemente influências de David Bowie, Kraftwerk e o rock alemão, space rock e outras. Sim, sobretudo de muitas outras, como o punk novaiorquino, o disco, o electro, o funk e por aí adiante. O disco é bom que se farta, mesmo quando fraqueja um pouco aqui e ali, e tem canções daquelas que se ouvem em repeat até nunca mais cansar, sem rodriguinhos nem falsas peneiras. Someone Great é exemplo da melhor extracção Murphy. Felizmente não é o único grande momento, mas é bem representativo do sistema LCD. James Murphy vai actuar em Lisboa, no festival Super Bock Super Rock deste ano, a 4 de Julho. A não perder, of course.