Em 1964, Ted Curson e Bill Barron despediam-se de Eric Dolphy (1928-1964) em lágrimas. Logo a seguir, ainda quente, gravavam Tears for Dolphy (Black Lion), disco inspirado na memória do mestre, solidamente estruturado nos avanços estéticos que Dolphy havia deixado aos seus pares e amigos. Por outro lado, Quicksand e Tears for Dolphy são dois dos momentos mais ornettianamente depurados. A diversidade estilística acentua-se com o acrescento duns pozinhos de Mingus e de Coltrane. Ted Curson, trompete; Bill Barron, tenor e clarinete; Herb Bushler, contrabaixo; e Dick Berk, bateria, comunicam entre si numa linguagem de síntese. Estas lágrimas são também um documento importante para analisar e compreender o que se passava em meados da década de 60 e o modo como discretamente se perspectivavam as movimentações seguintes.