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5.5.07
 

Ena! Bastou ter ficado desligado da máquina durante dois dias (fui num pé e vim no outro), para que se me atulhasse a caixa de correio com as sempre estimáveis mensagens do povo leitor, essa imensa mole (nem sempre mole) que, nuns casos, pontualmente assume identidade pessoal, noutros se esconde atrás de nicks, uns mais foleiros que outros, para tentar a sua sorte. O melhor de tudo é saber que a dedicação e o amor à arte que ponho na confecção e manufactura têm algum impacto junto da rapaziada, que, animada de paus, pedras, ou de flores, se atira ao desbragado libertar do que lhe vai no mais fundo de suas almas (de)penadas. E é um desfiar entrelaçado de imprecações, insultos, elogios, apoios, "forcinhas", verberações, impropérios vários, berlaitadas e cócegas no ego do escriba, qual delas a mais veemente. Assim é que é! Exemplos breves, para não ser fastidioso: desde o “não percebes nada disto” (o que será “isto”?, e “aquilo”?; seja o que for, não percebo), “tens mas é a mania” (as manias, provavelmente); “ouviste a discoteca básica e pensas que já sabes alguma coisa” (acho que nem a básica ouvi, pelo menos a julgar pelo padrão do Penguin), ao estimulante epíteto de “crítico medíocre” (mais medíocre do que crítico, leia-se), é um desfiar de mensagens simpáticas, que incluem pérolas como “vai mas é dar lições pró caralho” (não sei é se ele estaria interessado nisso, nem que lições lhe poderia eu dar); “aposto que não sabes tocar qualquer instrumento” (aí é que te enganas, já perdeste, pá!); “crítico frustrado” (adaptando o que já disse atrás, mais frustrado que crítico), “vai-te fuder (sic) mais a Conversa” (não sei como é que se pode conseguir tal desiderato, pois não conheço a dita moça, e “fuder” é com “o”; mas também pode ser com “u”, variante não desprezível); “qualquer merdas faz um blog” (e se não for “merdas”, também, digo eu). E os também encorajantes “thanks, eduardo, you keep us going” (não sei como nem para onde, não faças tanta confiança, broda); “pô, quanta música rara!” (raramente se repara nisto); ou o mavioso “obrigado, estou a aprender imenso” (só poderia vir de uma menina, que os gajos não chegam lá, está visto, atiram mais para o reles e/ou o ordinareco); e outra menina: “baixei tudo e tô viajando” (boas viagens com tudo baixado, desejo eu); ou ainda “eduardo, você é de Portugal?, eu amo Portugal!” (sou, sou, e às vezes também amo); ou, “onde é que se arranja tempo para fazer um blog assim?” (uma perplexidade que compartilho, mesmo que o “assim” tanto possa querer dizer coisas boas como outras). Mas o melhor destes animados festejos da paróquia e do resto do mundo (sim, recebi algo em japonês, em coreano – suponho –, em turco e não me lembro que mais, finlandês, sueco ou lá perto), o suco da barbatana, que suplanta quaisquer barbaridades em vernáculo europeu do mais diversificado que encontrar se pode – o melhor, dizia eu, foi ter deparado com um e-mail que dizia que a minha escrita tem “qualquer coisa de erótico, de estimulante...” (assim mesmo, com reticências e tudo). É lá... confesso a meia surpresa. É que esta foi a segunda vez que alguém mencionou algo assim a propósito da escrita apressada do blog. Caramba, estou quase convencido desta, até há meses, insuspeita capacidade de infundir novas e porventura interessantes possibilidades de improvisação... Mudando de assunto, o mais revisitado na jornada foi WHICH WAY NOW, do Harry Miller’s Isipingo, discaço que dá p’os peitos a um cavalo e que não me canso de recomendar a toda a gente com ouvidos. Edição recente da Cuneiform Records.

 


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