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12.1.07
 

Faz parte da Trilogia da Mudança, projecto que vem de 2004 e nasceu com Redra Ändra Endre De Fase. Segundo passo em 2006 de Samuel Jerónimo, Rima é uma peça e peras. Ou melhor, quatro peças que formam um conjunto formalmente organizado de um modo tributário da rima cruzada, como versos (assim se titulam os temas), o primeiro e terceiro servidos pela electrónica espacial, de contrastes luminosos e repetições temáticas, ideias concorrenciais, opostas e convergentes, intervaladas por versos escritos com órgão. Reformulações da arte da fuga, remissão para um passado, que ora se assume como tal, ora se reveste de modernidade, olhares cruzados entre o antigo (barroco) e a contemporaneidade (new music). Mutatis mutandis, como em Barry Lyndon e A Space Odissey, do mesmo Stanley Kubrick – metáforas do tempo e da sua progressão linear, a repetição, a lógica geométrica, a relação íntima que se estabelece entre o instante presente, o passado e o futuro. Uma reflexão musical sobre a experiência dos diferentes tempos e modos: composição e improvisação, o deve e o devir, o épico e o reflexivo. A oposição é apenas aparente. Desfaz-se a cada nova audição e dá lugar ao fio fino que tudo liga. Samuel Jerónimo, de Alcobaça, fez um bom trabalho. Prende a atenção e convida a regressar repetidas vezes. Talento, audácia e bom gosto não lhe faltam. Merecedor de referência é também o trabalho gráfico de Pedro Leitão. Edição da lusa Thisco, Rima constituiu uma das boas surpresas de 2006.

 


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