A triste notícia de hoje é a de que morreu o saxofonista, flautista e professor Jimmy Vass. Lembram-se dele? É natural, tem estado muito esquecido ultimamente. Mais uma daquelas perversas injustiças da história do jazz, tão lesta a promover a mediania e a mediocridade aos píncaros, como a esquecer os seus melhores filhos, apenas porque a imprensa do establishment – movendo-se por critérios tantas vezes extra-musicais, onde quem manda, directa ou indirectamente, são corporações poderosas como o Lincoln Center, e outros centros museológicos que se movem à força de muito buck – serve essencialmente para promover os Marsalis desta vida, deitando borda fora quem tanto contribuiu, se não para fazer avançar o jazz, pelo mais para lhe dar consistência, solidez e afirmação. Desta vez foi Jimmy Vass, homem sem nome próprio porque tudo deu a Charles Mingus (Fables of Faubus), Andrew Hill (Blue Black, Evolving, Divine Revelation), Rashied Ali (Moonflight, NY Ain't So Bad: Ali Plays the Blues), Richard Muhal Abrams (Blues Forever), Ronnie Boykins (The Will Come, Is Now), Charles Earland, Sunny Murray e muitos mais. RIP Jimmy Vass, "You ARE your music".