Este foi daqueles que perdi e tive realmente pena: o concerto de Rodrigo Amado, Paulo Curado, Luís Lopes e Rui Faustino - PICTOGRAPHS / PETROGLYPHS, a 12 de Julho, no âmbito do DER GELBE KLANG (O SOM AMARELO), da Granular. O ciclo prossegue no Museu do Chiado, em Lisboa. (Fotos: Crista)
«O jazz e a improvisação como correspondências do Expressionismo Abstracto. Imagine-se um pictograma (de Adolph Gottlieb, por exemplo) não como a representação visual de um som, mas como a representação sonora de uma imagem... Amado, Curado, Lopes e Faustino são todos eles improvisadores e de comum têm uma ligação privilegiada com o jazz, mas a sua perspectiva deste idioma musical é suficientemente aberta para o questionarem com alguma distância crítica. Só assim, de resto, o jogo a realizar seria possível. Com os Lisbon Improvisation Players, grupo de formação variável que tem reunido portugueses e importantes nomes do circuito internacional, Rodrigo Amado concilia o free jazz com a livre-improvisação. Fora dos LIP a sua presença faz-se notar nas mais diversas áreas, do colectivo de hip-hop Rocky Marsiano a uma colaboração com a electrónica experimental de Vítor Joaquim. Paulo Curado concilia a militância jazzística com o acompanhamento de nomes da MPP e a composição para teatro e cinema de animação. Luís Lopes tem um “background” de rock referenciado em Jimi Hendrix, e se Rui Faustino é uma das revelações da bateria na nova geração do mais avançado jazz nacional, o que quer dizer que busca inspiração também em outras músicas».
No dia seguinte, 13 de Julho, com Eduardo Lála (trombone) no lugar de Paulo Curado (saxofone alto) actuou n'A Barraca, a Santos, o Luís Lopes Humanization Quartet.