Image hosted by Photobucket.com
1.4.06
 
V.G.O.

O que a VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA provou é que há outro jazz emergente, que desponta e se ergue das cinzas do género, apoiado no melhor que a livre-improvisação tem para dar, espécie de tertium genus diferente do que se conhece no panorama das orquestras de free jazz ou de free improv, europeias ou americanas, do passado e da actualidade. Com uma vivência musical muito para além das pré-formatadas regras de organização sonora. Há algo de novo que se conjuga com o que é comum a outras linguagens. O resultado prático é uma espantosa e empolgante sucessão de quadros musicais expostos com grande convicção, mérito de todos os participantes e em especial de Ernesto Rodrigues, diligente congregador de vontades e organizador sonoro de gabarito.

«A música produzida pela VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA resulta do jogo do material acústico versus o electrónico, numa contínua busca de pequenos detalhes e significados - o som rompe do silêncio para nele voltar a mergulhar. Com esta organização formal do caos, tenta-se aplicar novos conceitos de indeterminação e composição instantânea, através da erupção assimetricamente alternada de momentos de som e silêncio (ausência de som identificável) com predominância para estes últimos, ­seja pela emissão de sons de características subliminares e psico-acústicas, seja pela completa ausência de sons, permitindo assim aos músicos recuperar o seu ritmo natural de respiração e sentido aleatório de pulsação, bem como escutar toda a espécie de acontecimentos sonoros que estejam a ocorrer nesse preciso momento no espaço envolvente, ou então simplesmente escutar o que outro músico tenha começado, entretanto, a fazer, sem a preocupação de responder imediatamente e assim encher de forma inútil o espaço sonoro».

«The music that is produced by the VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA results from the juxtaposition of acoustic and electronic sound matter, that constantly searches for small details and meanings – the sounds emerge from nothingness only to submerge themselves back into the initial silence. The subsequent formal organization of chaos tries to apply new concepts of indeterminism as well as instantaneous composition, through the asymmetrical eruption of alternated moments of sound and silence (the absence of identifiable sound). Nevertheless, the latter prevail. The sounds being produced have subliminal and psycho-acoustic characteristics and include the possibility of complete silence. This leaves space for the musicians to regain their natural rhythm and respiration, as well as their sense of random pulsation. It also allows them to listen to all the sound events that are happening at any given moment and thus to act accordingly or, contrarily, to simply listen to what some other musician has just begun, without responding immediately and thus filling up the musical space unnecessarily».

Saturday, 1st April, at 23h00, the VGO will play within the context of the Mass_Free_Ensemble Sessions, being held at the ZDB Gallery. The orchestra is directed by Ernesto Rodrigues.

Sábado, 1 de Abril, às 23h00. ZDB, Lisboa

 


<< Home
jazz, música improvisada, electrónica, new music e tudo à volta

e-mail

eduardovchagas@hotmail.com

arquivo

setembro 2004
outubro 2004
novembro 2004
dezembro 2004
janeiro 2005
fevereiro 2005
março 2005
abril 2005
maio 2005
junho 2005
julho 2005
agosto 2005
setembro 2005
outubro 2005
novembro 2005
dezembro 2005
janeiro 2006
fevereiro 2006
março 2006
abril 2006
maio 2006
junho 2006
julho 2006
agosto 2006
setembro 2006
outubro 2006
novembro 2006
dezembro 2006
janeiro 2007
fevereiro 2007
março 2007
abril 2007
maio 2007
junho 2007
julho 2007
agosto 2007
setembro 2007
outubro 2007
novembro 2007
dezembro 2007
janeiro 2008
fevereiro 2008
março 2008
abril 2008
maio 2008
junho 2008
julho 2008
agosto 2008
setembro 2008
outubro 2008
novembro 2008
dezembro 2008
janeiro 2009
fevereiro 2009
março 2009
abril 2009
maio 2009
junho 2009
julho 2009
agosto 2009
setembro 2009
outubro 2009
novembro 2009
dezembro 2009
janeiro 2010
fevereiro 2010
junho 2011
maio 2012
setembro 2012

previous posts

  • Não me conto entre os admiradores de Jacinta, "a n...
  • "The Beloved Music"«The Beloved Music is the most ...
  • Soft Machine, com Allan Holdsworth, Karl Jenkins, ...
  • Olho o programa da chamada "Festa do Jazz" (em 4ª ...
  • Vejo por aí em jornais e revistas uma nova moda qu...
  • Um clássico da spacey fusion raiana em três temas ...
  • Esta semana, no Jazz on 3, John Taylor em concerto...
  • Lembrando Horace Tapscott em Nova Iorque. Quem ou...
  • A 28 deste mês de Março, o pianista norte-america...
  • Lisboa, ZDB - 31 de Março, 23h00IFF + Travassos + ...

  • links

  • Improvisos ao Sul
  • Galeria Zé dos Bois
  • Crí­tica de Música
  • Tomajazz
  • PuroJazz
  • Oro Molido
  • Juan Beat
  • Almocreve das Petas
  • Intervenções Sonoras
  • Da Literatura
  • Hit da Breakz
  • Agenda Electrónica
  • Destination: Out
  • Taran's Free Jazz Hour
  • François Carrier, liens
  • Free Jazz Org
  • La Montaña Rusa
  • Descrita
  • Just Outside
  • BendingCorners
  • metropolis
  • Blentwell
  • artesonoro.org
  • Rui Eduardo Paes
  • Clube Mercado
  • Ayler Records
  • o zurret d'artal
  • Creative Sources Recordings
  • ((flur))
  • Esquilo
  • Insubordinations
  • Sonoridades
  • Test Tube
  • audEo info
  • Sobre Sites / Jazz
  • Blogo no Sapo/Artes & Letras
  • Abrupto
  • Blog do Lenhador
  • JazzLogical
  • O Sítio do Jazz
  • Indústrias Culturais
  • Ricardo.pt
  • Crónicas da Terra
  • Improv Podcasts
  • Creative Commons License
    Powered by Blogger