Esperei até me certificar se o Nuno Catarino iria em definitivo pôr o blog no off, ou se o interregno era apenas sabático ou reflexivo. Decorreram alguns dias e agora estou (estou?) seguro de que foi mesmo o fim, The End, como está epigrafado. Nada, nem mesmo o apelo lancinante deste confrade o fez convencer. Passou definitivamente à Reforma do Jazz (esta era fácil, eu sei, mas não resisti). O que é pena, porque faz falta a leitura diária d’A Forma do Jazz, na sua visão heterodoxa, sensível e informada, do jazz multipolar dos dias que correm, e do outro de antanho, gosto que partilhamos, como partilhamos a mesma aversão à cópia ou mimética do antigo, pechisbeque de feira que passa por ser jazz com interesse. Fecha-se uma porta, abre-se uma janela: o Nuno Catarino passou a pertencer ao corpo redactorial da JAZZ.pt, o que, pessoal e “institucionalmente”, me agrada sobremaneira. Os leitores d’A Forma do Jazz só têm que passar a ler o Catarino em cada novo número da revista. Não é um blogue, certo, mas nada é perfeito. A propósito: a caminho, insinuante, vem o #6, recheado de assuntos estaladiços e renovados motivos de aplauso, escárnio e maldizer. Está, nesta fase, em adiantado estado de composição. Ah, e o Jazz e Arredores tem sempre a porta aberta para alojar os teus escritos, Catarino, à falta de pior. Agradeço sempre a ajuda técnica para mexer os botões do Blogger. Se hoje me parecem amanteigados, ao princípio tiravam-me a paciência ao ponto que me iam custando um monitor novo...
"The Shape of Jazz to Come", Ornette Coleman (Atlantic).
Bem-vindo a bordo, Cat!