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29.3.06
 

O que a VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA provou é que há outro jazz emergente, que desponta e se ergue das cinzas do género, apoiado no melhor que a livre-improvisação tem para dar, espécie de tertium genus diferente do que se conhece no panorama das orquestras de free jazz ou de free improv, europeias ou americanas, do passado e da actualidade. Com uma vivência musical muito para além das pré-formatadas regras de organização sonora. Há algo de novo que se conjuga com o que é comum a outras linguagens. O resultado prático é uma espantosa e empolgante sucessão de quadros musicais expostos com grande convicção, mérito de todos os participantes e em especial de Ernesto Rodrigues, diligente congregador de vontades e organizador sonoro de gabarito.

«A música produzida pela VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA resulta do jogo do material acústico versus o electrónico, numa contínua busca de pequenos detalhes e significados - o som rompe do silêncio para nele voltar a mergulhar. Com esta organização formal do caos, tenta-se aplicar novos conceitos de indeterminação e composição instantânea, através da erupção assimetricamente alternada de momentos de som e silêncio (ausência de som identificável) com predominância para estes últimos, ­seja pela emissão de sons de características subliminares e psico-acústicas, seja pela completa ausência de sons, permitindo assim aos músicos recuperar o seu ritmo natural de respiração e sentido aleatório de pulsação, bem como escutar toda a espécie de acontecimentos sonoros que estejam a ocorrer nesse preciso momento no espaço envolvente, ou então simplesmente escutar o que outro músico tenha começado, entretanto, a fazer, sem a preocupação de responder imediatamente e assim encher de forma inútil o espaço sonoro».

«The music that is produced by the VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA results from the juxtaposition of acoustic and electronic sound matter, that constantly searches for small details and meanings – the sounds emerge from nothingness only to submerge themselves back into the initial silence. The subsequent formal organization of chaos tries to apply new concepts of indeterminism as well as instantaneous composition, through the asymmetrical eruption of alternated moments of sound and silence (the absence of identifiable sound). Nevertheless, the latter prevail. The sounds being produced have subliminal and psycho-acoustic characteristics and include the possibility of complete silence. This leaves space for the musicians to regain their natural rhythm and respiration, as well as their sense of random pulsation. It also allows them to listen to all the sound events that are happening at any given moment and thus to act accordingly or, contrarily, to simply listen to what some other musician has just begun, without responding immediately and thus filling up the musical space unnecessarily».

Saturday, 1st April, at 23h00, the VGO will play within the context of the Mass_Free_Ensemble Sessions, being held at the ZDB Gallery. The orchestra is directed by Ernesto Rodrigues.

Sábado, 1 de Abril, às 23h00. ZDB, Lisboa

 


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