Do psicadelismo à fusion, com muito jazz e muito rock à mistura, faltava fazer a história completa dos Soft Machine, contextualizar o grupo enquanto referência primordial da música daquele período e biografar os seus muitos membros. É que, para além do núcleo duro formado por Robert Wyatt, Mike Ratledge, Elton Dean e Hugh Hopper, entre 1966 e 1984, Graham Bennett detalha as 24 (!) diferentes formações que a Machine acolheu no seu farto seio. Obrigatório para os admiradores die-hard e para toda a gente com interesse em conhecer a vida e obra de um dos grupos britânicos mais interessantes a operar em cheio na década de 70 do século passado. Outra forma de relembrar Elton Dean, figura de referência que há pouco mais de um mês partiu desta para melhor.
«SOFT MACHINE: Out-Bloody-Rageous», de Graham Bennett. Com introdução de Daevid Allen, Hugh Hopper e John Etheridge. Edição da SAF Publishing, editora com trabalho digno de nota nos domínios do pop, rock e jazz nos últimos 15 anos:
«We are often keen to let the musicians themselves give their side of the story; hence Michael Bruce from the Alice Cooper group's romp through the band's heyday, or Zoot Horn Rollo's harrowing tale of life under the reign of Captain Beefheart. But we have never shied away from the underdog, or rock's less familiar treasures. As a result, Robert Wyatt, Mark Eitzel, The Residents and Peter Perrett all get a look in, as well as delving behind some more familiar names like Frank Zappa, John McLaughlin, Grand Funk Railroad and Procol Harum». - SAF