Para a semana começa o Guimarães Jazz 2005, cujo programa e calendário podem ser aqui consultados. Da Introdução, escrita por Ivo Martins, retiro este saboroso quanto esclarecedor pedaço de prosa: «Quando falamos em alcançar visões concordantes sobre as dificuldades sofridas no caminho da existência, estamos a referir o que elas têm em comum relativamente à sua disposição no tempo. A prática de tratar o passado como um caso presente, quando essa mesma ideia pode ser associada ao futuro, faz com que exista uma complementaridade que põe a questão de ter de se saber agir com as ideias que, aos nossos olhos, se encontram velhas e desactualizadas. Esta fonte de estímulos, que teremos de ignorar ou de rejeitar, caso contrário ocorreria um erro definido na descontinuidade entre os acontecimentos que persistem num determinado conjunto de interesses, faz com que tudo o que vai passando, apareça como um momento que, sendo visível e sustentado por inúmeras manifestações de evidência, nos pode trazer uma novidade».
Para mim, chega, mas o texto continua no mesmo registo arrevesado, que estas coisas do jazz são, evidentemente, só para doutorandos em literatice. Ora, deve ser por tudo isto que este ano vêm a Guimarães, a Bob Brookmeyer New Art Orchestra, Jason Moran Piano Solo - 1ª Parte; Ralph Alessi Quartet Featuring Jason Moran - 2ª Parte, Sexteto ESMAE, Art Ensemble Of Chicago – Great Black Music "Ancient To The Future", Jason Lindner, Bill Mchenry, Omer Avital And Daniel Freedman, etc.
O boneco do cartaz é uma estampa, não é?