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2.5.05
 
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A editora britânica Psi, fundada e dirigida por Evan Parker, tem-se dedicado à reedição de LP's da Incus e ao lançamento de novas iniciativas discográficas do saxofonista e amigos, como é o caso do pianista alemão Alexander von Schlippenbach. Ambos os músicos são parceiros no Schlippenbach Trio e no Evan Parker Trio, formações que se diferenciam fundamentalmente pelo desempenho da percussão. No primeiro trio, o titular é Paul Lovens, com quem Alex há muito pratica na Globe Unity Orchestra e na Berlin Contemporary Jazz Orchestra; no segundo caso, Paul Lytton, o mesmo que com Barry Guy constitui o trio Parker/Guy/Lytton. Uma grande família, por certo.
Voltando aos trios de e com Schlippenbach, saber quem preenche um dos terços do trio pode parecer diferença não assinalável; mas é-o efectivamente e em vários aspectos. Desde logo, em matéria de direcção musical (Parker ou Schlippenbach) e, noutro ângulo de análise, de cor e textura da percussão (Lytton ou Lovens). Isto, tendo em conta que, em ambos os colectivos, no plano da visibilidade, todos os músicos estão ao mesmo nível, o que faz com que seja totalmente despropositado falar em acompanhamento ou em conceitos como secção rítmica, por se tratar de música que, embora fazendo sobressair a marca individual, e nela residir grande parte do interesse musical, investe sobretudo em procedimentos de criação colectiva por via da improvisação livre.
Foi esta a estratégia que orientou o quarteto (Schlippenbach, piano; Rudi Mahall, clarinete baixo; Tristan Honsinger, violoncelo; e Paul Lovens bateria), que, sob a direcção musical do pianista, gravou Broomriding para a Psi. O alinhamento temático comporta 11 peças, sete delas creditadas a Schlippenbach (Broomriding 1-7), embora queira parecer que a música evolui sempre a partir de um mínimo de estruturação; duas composições do violoncelista americano radicado na Holanda, Tristan Honsinger, e dois temas originais de Eric Dolphy (Straight Up and Down e Something Sweet, Something Tender). Aliás, Dolphy e Monk são dois dos vários fantasmas que habitam esta casa.
Para além do carinho especial que Schlippenbach desenvolveu pela música de Thelonious Monk, como bem assinalou Dan Warburton, em Broomriding são evidentes os vestígios da história do piano do Século XX, tanto da tradição do jazz, como da clássica.
Gravado em 2002, para a DeutschlandRadio, Berlim, e editado no ano seguinte, Broomriding constitui o resultado da experiência consolidada de quatro grandes mestres improvisadores, que assinam um disco esplendoroso e de extrema delicadeza.
Alexander von SchlippenBach - Broomriding (Psi, 2003)


 


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