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26.12.04
 

Um disco leva a outro e cá venho parar:
Charles Mingus, Oh Yeah - a expressão mais gritada pelo pianista de serviço, que não é outro senão Charlie Mingus. Com Rahsaan Roland Kirk e Booker Ervin, dois dos mais intensos saxofonistas de todos os tempos. Entram também Jimmy Knepper, trombonista, e o baterista mingusiano por excelência, Dannie Richmond. Acresce que Mingus não tange uma corda do contrabaixo, cujas despesas ficam competentemente a cargo de Doug Watkins; senta-se ao piano, toca e canta blues. E grita. Com Kirk, Ervin e Mingus juntos, só poderia resultar um produto desvairado, um disco fora do baralho de Mingus. Algo de completamente diferente, a que não faltou um toque de controvérsia por ter incluído o tema Eat That Chicken, que – estava-se mesmo a ver – haveria de assanhar os lóbis americanos do politicamente correcto, em particular o pró-vegetariano... Oh Lord Don't Let Them Drop That Atomic Bomb on Me, é outro dos grandes títulos deste disco, típico do humor agri-doce do compositor.
Longe de ser dos discos mais famosos de Mingus, daqueles que se citam em primeiro lugar, nem o relativo escândalo fez Oh Yeah saltar para a ribalta. Tem até uma aura de obscuridade e de insanidade, que lhe fica bem, 43 anos depois de ter sido gravado.
A mais recente reedição da Atlantic/Rhino não inclui a entrevista de Nesuhi Ertegun, substituída por três temas bónus ("Old" Blues For Walt's Torin; Peggy's Blue Skylight; e Invisible Lady, publicados em 1964 no Tonight at Noon), o que vem a calhar e aumenta a duração do disco para 67 minutos de excelente música.
Que desbunda, Oh Yeah!



 


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