Free Portugal, Jazz! No dia 17 de Fevereiro de 2002, ocorreu-me a ideia de criar um grupo de discussão sobre “free jazz e outras músicas improvisadas similares, parentes e afins”, chamado Free Portugal, Jazz!. Em sintonia com Cecil Taylor, quando um dia disse: "Part of what this music is about is not to be delineated exactly. It's about magic and capturating spirits".
A mensagem de abertura dizia assim:
Bem-Vindos! Free Portugal, Jazz! O nome encontra fundamento, entre outros, na essência libertária do jazz. Não se tem em mente exclusivamente aquele tipo de música que há mais de 40 anos se catalogou como free jazz, mas todas as músicas improvisadas que assentam em raízes que com ele têm pelo menos alguma afinidade, que dele evoluíram para novas formas de improvisação acústica, eléctrica, electrónica, electroacústica… Tanta água correu por baixo das pontes desde que se cunhou o termo free jazz, tanta música foi tocada e gravada de lá para cá, que assunto não falta para discutir: antigas e novas estéticas, tendências, avanços e retrocessos, o estado da arte e o futuro. Há discos para noticiar, criticar, recomendar e trocar; concertos para divulgar, informação sobre locais de encontro de pessoas à volta desta fogueira musical - todo um mundo de informação a disponibilizar entre os mais e os menos informados, sem carácter comercial, pelo puro prazer de conversar livremente sobre o assunto, o que alguns de nós já fazem em círculos mais ou menos restritos, que através deste meio se podem vir a alargar.
A única ambição desta iniciativa individual (sou o único responsável, a abrir, mas que espero e desejo partilhar com outros), é comunicar e partilhar gostos e interesses musicais afins. Por isso me ocorreu darum pontapé de saída.
Pode ser que o pessoal se interesse e se possa progredir a partir deste ponto. Se assim não acontecer (o que não acredito), desde já declaro que me diverti um bom bocado esta manhã, enquanto ouvi «Big Top», do Whit Dickey Quartet. ------------------
Ontem resolvi pôr fim à minha participação no Free Portugal, Jazz!
A aposta contida no último parágrafo da nota acima transcrita, em quase três anos de actividade, raramente se cumpriu. Embora ocasionalmente me tivesse divertido à brava. Para mim teria feito mais sentido se tivesse havido ampla participação e improvisação colectiva. Agradeço a quem ajudou à festa e se dispôs a impulsionar a discussão.
posted by eduardo chagas
@ 16.10.04