Antecipação Electricwest - Moth3r [Rope Swing Cities 039]
TOMAS KORBER / UTAH KAWASAKI - Pocket Size Isolationism
Primeira colaboração e gravação entre o suíço Tomas Korber e o japonês Utah Kawasaki, registada em 2006. Dificilmente categorizável, é provavelmente o disco mais peculiar de qualquer destes músicos, revelando uma mistura pouco clara de diferentes dimensões com origem num frágil sistema de muticamadas interconexas de guitarras, microfones e electrónica. Levantando várias questões, especialmente no que diz respeito a controlo, escolha de sons, estrutura e balanço, a sua audição é um experiência desafiante e desconfortável.
REBECCA - KAI FAGASCHINSKI / MICHAEL RENKEL - variation no 12
Gravado em 2005 por Christoph Amman em Viena, este é o registo final dos Rebecca e apresenta-se como o seu último derradeiro testemunho. Neste grupo, Kai Fagaschinski, clarinete, e Michael Renkel, guitarra acústica, cítara e preparações, improvisam criando variações da peça original. Este disco apresenta uma dessas variações.
GRAHAM HALLIWELL - On the Sensation of Tone
Originalmente editado em 2005, numa edição de 12 cópias apenas, como parte de um trabalho do artista visual Nash Masood, esta peça única de feedback de saxofone vê a luz no dia numa edição mais abrangente. Tons delicados formam uma paisagem sonora em constante evolução com um sentido único de andamento.
MICHAEL VORFELD - Ringing Light
Neste primeiro disco a solo em oito anos, encontrámos Michael Vorfeld a trabalhar com os seus dois media preferidos: luz e som. Esta gravação é uma realização musical dos gráficos criados para o seu ensaio 'Ringing Light' incluídos no primeiro número da revista de arte e ensaio 'Detritos', originalmente publicada em Maio de 2008. Interferências eléctricas misturam-se com apontamentos subtis de percussão construindo um belo trabalho sonoro marcado por um distinto controlo de cor e dinâmica.
Músicas no Plural - 29 Dez: Lou Reed, John Zorn, Laurie Anderson, em concerto no The Stone, espaço alternativo de NYC; a nova encarnação da Regenorchester XII do trompetista Franz Hautzinger no New Jazz Meeting de Baden Baden 2006; sons do mar, movimento perpétuo. Programa de Rui Neves. [Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian].
Para tardes de neve, diz ele. À falta de neve, com chuva também funciona (hoje até nem calha bem, a chuva). E porque não com sol radioso? Ele é Michal Sliwa (aka Zubik), artista sonoro da cena experimental polaca, com uma fiada de anos de labor na especialidade. O ponto focal em Tendency é a guitarra eléctrica. E o conjunto de drones e outras derivações sonoras que ela permite. Zubik - Tendency EP [tng1046]
A punishing wall of noise?
uhmmm...
«Né en 1937, le pianiste russe Vladimir Ashkenazy, naturalisé islandais, s’est tourné de plus en plus, à partir des années 1970, vers la direction d’orchestre. Si sa carrière pianistique internationale a débuté essentiellement sous le signe de Chopin (avec les Études qu’il a gravées pour Melodiya en 1960), elle s’est poursuivie, après son départ de l’Union soviétique, avec des enregistrements pour Decca, notamment l’intégrale des concertos de Mozart, qu’il dirigeait depuis le piano. Les quatre concertos de Rachmaninoff suivirent, puis ceux de Prokofiev. Et c’est avec la Symphonie classique de ce dernier qu’il se retrouve pour la première fois au pupitre plutôt qu’au clavier. Ashkenazy a toujours eu un faible pour Sibelius, dont il a désormais dirigé toutes les symphonies, ainsi que la plupart de celles de Shostakovitch. Il a été directeur musical du Royal Philharmonic Orchestra de Londres de 1987 à 1994, avant de se retrouver, en 2000, à la tête de l’Orchestre des jeunes de l’Union européenne. Pour ce concert, il est rejoint par le jeune violoniste virtuose Valeriy Sokolov, auquel Bruno Monsaingeon a récemment consacré un beau documentaire».
- http://www.cite-musique.fr/pdf/note_programme/np_5410.pdf
Binaural – Tournée Norte-Americana 2009
Conferências / Workshops / Concertos
21 Janeiro – 17 Fevereiro 2009
http://www.binauralmedia.org
SHSK'H, netlabel de Nova Iorque, fundada em 2007 por Jody Pou and Igor Ballereau. Com um design flash inovador, criado e desenvolvido pelo estúdio de web design Knowawall, a editora, ou audio-galeria, como vem referida, dedica-se em exclusivo à edição de música contemporânea, experimental, minimalista e world. Para já, estão editados dois volumes: Vol. 1, música do compositor francês Igor Ballereau, interpretada por pequeno ensemble, e Vol. 2, da kotista e cantora japonesa Etsuko Chida. Seguem-se o Vol. 3: Aaron Siegel; Kenneth Kirschner; Igor Ballereau; Giuliano d’Angiolini, a lançar na Primavera de 2009; e o Vol. 4: Anton Webern/Jody Pou, previsto para o Verão do ano que vem. Todos os álbuns são em mp3 a 256kbs. Descarga gratuita sob licença Creative Commons.
SONUS, jukebox de peças de música electroacústica, de computador e arte sonora, electrónica em tempo real, radiofonia, paisagismo electrónico, field recordings, etc.. A base de dados é organizada e mantida pela Communauté Électroacoustique Canadienne (CEC), do Departamento de Música da Universidade de Concordia, em Montréal. Com mais de 1800 composições de centenas de artistas, SONUS é um manancial de inesgotável interesse para ouvintes e compositores. Ouça-se o CD Cache 2006, 10 peças que constituem uma boa amostra do tipo de som que a CEC cultiva.
22 de Dezembro, aniversário Giacomo Puccini (1858-1924). Para comemorar a efeméride dos 150 anos do nascimento do compositor italiano, a culminar um dia dedicado a Puccini, logo, às portuguesas 19h30, o canal Mezzo transmite Turandot, a história da princesa do coração de gelo, última ópera do mestre, escrita em 1924 mas deixada por terminar. Estreada em 1926, sob a direcção de Arturo Toscanini, a versão (completada) que hoje se pode ver é de Hugo Käch, sob libreto de Giuseppe Adami e Renato Simoni. Coro e orquestra do Maggio Musicale Fiorentino, dirigida por Zubin Mehta. Produção do Teatro Comunale di Firenze e do Maggio Musicale Fiorentino. Intérpretes: Giovanna Cabolla (Turandot), Serge Larin (Calaf), Barbara Frittoli (Liù) e Carlo Colombara (Timur). Cenografia: Gao Guangjian; figurinos: Zengli; coreografia: Chen Weiya; encenação: Zhang Yimou. Interpretado e filmado pela primeira vez na Cidade Proibida, Pequim, em 1998. Aqui, a leitura de Herbert von Karajan.
E que tal um concerto de Cedar Walton ao vivo no Village Vanguard? Foi ainda há dias, a semana passada, que este pianista veterano, herói do hard-bop compareceu para a sua prestação anual na histórica sala de Nova Iorque, com David Williams, contrabaixo, e Lewis Nash, bateria. Um trio canónico e muito bom. Fotos do evento.
Uma passagem pela Secção Coltrane da Estante 1 (como cresceu e se multiplicou...) para a escolha de um disco ao acaso, não vale ver... e é Dakar que vem à rede, um Prestige de 1957 que já não ouvia há um bom par de anos. Maravilha, a sessão de 20 de Abril de 1957, gravada no estúdio de Rudy Van Gelder, em New Jersey, com uma curiosa geometria formada por três saxofones, um tenor (John Coltrane) e dois barítonos (Cecil Payne e Pepper Adams), mais Mal Waldron (piano), Doug Watkins (contrabaixo) e Art Taylor (bateria). A música afirma-se bem dentro da tradição, convencional dentro do hard-bop que vigorava à época, longe ainda da explosão da segunda metade da década seguinte. O que não impede que haja momentos de pura intensidade, com os três sopradores a “picarem-se” reciprocamente. Mal Waldron está à vontade no centro das operações, a estabelecer as coordenadas e a distribuir jogo para a frente, onde Pepper Adams, em grande forma, recebe e converte em belos solos, alguns dos melhores que lhe ouvi. Sem dúvida que a Prestige publicou melhor Coltrane desta fase, safra que deu perto de uma dúzia de LPs (as sessões completas Prestige andam por aí à venda), quando ainda não se tinha emancipado do quinteto de Miles. É o caso de Black Pearls, por exemplo, ou de The Last Trane, mas não se fica nada mal servido com a audição de Dakar.
Ageless Calm in Times of War, é o novo projecto electroacústico ambiental do italiano Marco Cervellin (aka Wacky Southern Current) com amigos, Gianni Garbo e outros, a dar uma mãozinha. Edição da Petcord, casa de Olliver Wichmann e Giorgos Stefanou.
Coax, Nicolai Vassend, da Noruega para a Kahvi Collective. The Ice Garden: «Over the past few years its become a tradition to feature Coax and his piano or orchestral works. And this year is no different! This time around we have 15 delectable tracks of pomp and splendour, orchestral (with perhaps some electronic ambient influence) wonders and simplistic piano melodies. Influences of a variety of European cultures are pretty much apparent and make for an interesting diversion from the usual electronic culture that we're surrounded with. Allow this sublime album cleanse your palette ready for the official Kahvi Christmas release 2008 (an extremely special release from a guest artist)» http://www.kahvi.org/releases.php?release_number=262
Lord Byron liga com acusmática? The Experiment: The Art of Listening pt.1, de Adam Asna, no britânico ICA - Institute of Contemporary Arts: «It is the hour when from the boughs / The nightingale's high note is heard; / It is the hour -- when lover's vows / Seem sweet in every whisper'd word; / And gentle winds and waters near, / Make music to the lonely ear. / Each flower the dews have lightly wet, / And in the sky the stars are met, / And on the wave is deeper blue, / And on the leaf a browner hue, / And in the Heaven that clear obscure / So softly dark, and darkly pure, / That follows the decline of day / As twilight melts beneath the moon away». - Lord Byron, It Is the Hour
A pensar em quem se perde por listas de melhores do ano (Jazz), Tom Hull preparou a sua. Poderia ser a minha, em parte, se me desse ao exercício.
De há muito me cativa o som da netlabel Treetrunk Records, repositório de alguma da mais interessante música electrónica experimental de cariz ruidista que se vai fazendo um pouco por toda a parte, à volta de temas como ambient, industrial, drone ou noise. De Junho passado, recupero Inconstant, proposta do norte-americano C. Reider, que dirige a editora Vuzh Music a partir de sua casa, algures no Colorado. Tema único, com a duração de 45’44, Inconstant contrapõe-se pela subtracção à lógica aditiva dos Constants, drones de artistas como Mystified, Stephen Philips, Zen Potato, Ben Summers, Soul in Limbo, Tribe of Astronauts, C.P. McDill, Mystahr e Jon 7, que a editora publicou em mais de uma dezena de fascículos sonoros, material que o artista juntou, filtrou e apresentou como resultado da sua manipulação criativa. Diz C. Reider: «I believe the Constant series is one of the most important things going on today among drone / ambient / experimental musicians in the underground, because it amounts to a conversation, a dialogue... each person saying 'Look here's what I think a drone can sound like', and then there are responses to that, and responses to that. "Inconstant" is a subtractive remix of the Constant series, numbers one through twelve. I took each of those twelve drones and filtered as much of the drone out of them as possible. One of the Oblique Strategies says 'Destroy the Most Important Thing' -- when you remove the drone from a drone, what are you left with? It is not the drone, it is the dust shed from the drone. It is not the drone, it is a map of the freckles on the skin of the drone». Seja como for, Inconstant é óptimo para a meditação.
RIP Prince Lasha (1929 - 2008)
O saxofonista Prince Lasha (la-shay, assim se diz) ficará para sempre ligado às extraordinárias gravações que realizou com Eric Dolphy (Iron Man), Sonny Simmons, Charles Moffett (The Cry!, Firebirds), Elvin Jones (Illumination), Odean Pope, Dennis González (And Now Music, Witness) e tantos outros. Morreu William Lawsha, nascido em Forth Worth, Texas, terra de Ornette Coleman, com quem andou na escola.
Alvin Curran, Frederic Rzewski, Richard Teitelbaum, Karl Berger, Allan Bryant, Steve Lacy, George Lewis, Garrett List, Carol Plantamura, Gregory Reeve, Ivan Vandor - MUSICA ELLETRONICA VIVA em revisão, 1967-2007. 40 anos de MEV? Apenas uma antologia. MEV 40. Edição New World Records.
GIANNI LENOCI & HOCUS_POCUS IMPROVISERS ORCHESTRA
ephemeral #2 [insub28]
Sun Ra & his Intergalactic Research Arkestra
Live at the Donaueschingen Music and Berlin Festivals, 1970
Há muitas, boas e variadas propostas para escolher ao longo das 40 edições da netlabel moscovita, top-40, cujo credo é simples e eficaz: «We don't care much about electronic music, download statistics, profits, info files, modern art et cetera. We just want to share with you some good music. And we want you to enjoy it. There are simply no limitations for our musical taste preference: here you'll find microwave/glitch, dancehall techno, ambient, field recordings, drones, mellow music, contemporary jazz, modern classical and so on». Quem começar pela edição mais recente (top40), será presenteado com uma sessão ultra-interessante, do artista russo Les, que também se pode chamar Motor, dependendo da disposição momentânea. O disco responde pela firma Encens Japonais, expressão que refere um delicado conjunto de sons, muitos deles no limite do audível ou para lá desse limite. A escrutinar de preferência com auscultadores.
«'Media Myth' is devoted to composers using mass-media quotations and audio-samples, and favoring sound-surgery as a composing method, that is: sampling, collage or concrete music» - UbuWeb / Fall 2008
AFP — Morreu esta quinta-feira, 11 de Dezembro, num hospital de Los Angeles, aos 85 anos, a rainha das pin-ups dos anos 40/50, Bettie Page.
A francesa RogueArt tem desde Novembro no seu catálogo um novo lançamento do saxofonista norte-americano Larry Ochs. Ochs em trio, com uma estratégia idêntica à das anteriores aparições desta rara combinação instrumental e idiossincrática, que começou por responder a uma encomenda para um concerto em S. Francisco, corria o ano de 2000. Viria depois a dar origem a um disco intitulado Fly, Fly, Fly, gravação californiana de 2002, editada pela suíça Intakt Records. Nela participaram, além de Ochs em saxofones, a violoncelista Joan Jeanrenaud e a kotista japonesa Miya Masaoka. Em Spiller Alley, gravado em 2006, produziram-se algumas mudanças sensíveis em relação ao trabalho anterior. Além da canadiana Peggy Lee ter entrado para o vértice que Joan Jeanrenaud ocupava no triângulo, a música ganhou outro arejamento, o que faz sobressaír o núcleo de qualidades que fizeram de Fly, Fly, Fly um sucesso artístico. O trio convoca idêntica delicadeza tímbrica, é a mesma leveza e fragilidade de aromas que se fazem sentir, porventura levados a extremos de refinamento, fomentado pela depurada linguagem musical em que o trio comunica ao longo da bela peça de música de improvisação camerística que Spiller Alley é.
RED Trio - 12 de Dezembro, 23h00. Zé dos Bois, Lisboa