Nova corrida, nova viagem, a segunda da dupla russa de S. Petersburgo, formada por Ilia Belorukov e Philip Croaton, na test tube. A primeira aconteceu no volume 135 da netlabel portuguesa, um drone longo e contínuo de perto de uma hora, carregado de surpresas e acidentes de um percurso enfunado pelas velas da electroacústica ambiental. O mesmo figurino é agora retomado, de novo servido pelos saxofones de Ilia Belorukov e pelas atmosferas induzidas por sons contínuos da parafernália electrónica espectral de Philip Croaton, típicas de certas correntes em voga na Europa de Leste, que inclui diversos cordofones electrificados, processamento de saxofone e de voz humana em computador e outros efeitos. Em comparação com a edição anterior, que data de há poucos meses, Still Fire, desdobrado nos segmentos I, II e III, põe de lado os beats durante a sua maior parte da duração e deixa-se convenientemente deslizar para tonalidades cinza de dark ambient, com um toque de industrialismo que acrescenta tensão e dramatismo à imagética cinematográfica que atravessa toda a obra. Por estas razões, são maiores a eficácia e o proveito estético relativamente ao anterior Un[view]mask[ed]. Para meu gosto, pelo menos.