Luso-Skandinavian Avant Music Orchestra é um projecto que reúne músicos portugueses bem conhecidos nos territórios da improvisação livre, como João Paulo, Rodrigo Amado, Nuno Rebelo ou Ernesto Rodrigues, com os seus congéneres da Escandinávia. A direcção é do baterista Raymond Strid, um músico sueco que se move nos territórios da improvisação livre e do free jazz e que se notabilizou especialmente desde o final dos anos 80, quando integrou o trio Gush, com Mats Gustafsson e Sten Sandell. Uma oportunidade para ouvir música criada da forma mais espontânea, privilegiando sempre a comunicação aberta entre os vários instrumentistas.
Raymond Strid - bateria, direcção; Sten Sandell - piano; Dave Stackenas - guitarra; Sture Ericson - saxofone; Per Zanussi - contrabaixo; Per-Ake Holmlander - tuba; Rodrigo Amado - saxofone; João Paulo - piano; Nuno Rebelo - guitarra; Ernesto Rodrigues - violino; Gabriel Ferrandini - bateria
Segundo volume do projecto audio-visual Sawako's Summer Tour, da Anticipate Recordings. Fundado no conceito de manipulação electrónica de gravações de campo, para esta segunda leva de remisturas (a primeira não anda longe) foram convidados artistas como Alexander Wendt, Billy Gomberg, The Green Kingdom, Ieva, Marihiko Hara, Thomas Hildebrand, Tim Prebble e Tomasz Bednarczyk.
«The concept is simple. Take the sounds from Sawako's Summer Tour field recordings, and make new material with them. That's all the artists were asked to do. The result is a collection that displays the range of artists and the range of approaches. Some use only the original source sounds. Some use them sparingly in the context of a new song. Some add new instrumentation to an otherwise field recording-heavy piece».
COOP CAVE ENSEMBLE ao vivo em Roma, Agosto de 2008 Alípio C Neto - saxofone tenor; Davide Piersanti - trombone; Fabrizio Spera - bateria; Federico Ughi - bateria (video: Rachele Gigli) Próximo episódio do Coop Cave Ensemble: 9 de Outubro, Teatro "IL CANTIERE" Via Gustavo Modena 92, Roma (Trastevere) / 22:00
«Швейцарца Gilles Aubry многие знают по его "нашумевшим" концертам в Москве и Питере - известный электроаккустик частый гость всех видных фестивалей в этих городах (SKIF, Длинные Руки и т.д.). Однако, его совместная работа с японской девушкой по имени Tomoko Sauvage, изобретательницей собсвтенных музыкальных инструментов также занимает в его творческой деятельности значительное место. Все гениальное просто - немного электроники, в сочетании с waterbowls (инструмент основаный на древней китайской традиции, представляет собой, условно, керамические колбы с водой - с помощью различных манипуляций с такими колбами возникают звуки). Живая импровизация, подхваченная электроникой, воплотилась в альбом Apam Napat, изданный для свободного скачивания на лейбле Musica Excentrica».
A partir deste mês de Setembro, o italiano Daniele Gatti (Milão, 1961) é o novo director da Orchestre National de France. Sucede a Kurt Masur, com quem trabalhou nos últimos 6 anos e cuja colaboração terminou com a execução e gravação duma integral das sinfonias de Beethoven. Como maestro titular da ONF, Gatti estreou-se em público nestas novas funções, com um concerto que teve lugar no passado dia 18 de Setembro, no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris. No programa, Claude Debussy (Prélude à L’après-midi d’un Faune; La Mer), Olivier Messiaen (Un Sourire) e Igor Stravinsky (Le Sacre du Printemps). Emissão integral via Medici TV.
Jez Nelson propõe para esta semana uma sessão gravada para a BBC, em que actuou o quarteto de Phil Minton (voz), com John Butcher (saxofones), Veryan Weston (piano) e Roger Turner (bateria). 'Jazz on 3': 29 de Setembro, 23h15, BBC Radio 3. Até lá, ainda é possível ouvir o programa em que passa o concerto do novo quarteto de Peter Brötzmann (saxofones alto e tenor, tarogato e clarinete), Toshinori Kondo (trompete e electrónica), Massimo Pupillo (baixo eléctrico) e Paal Nilssen-Love (bateria), registado ao vivo a 6 de Setembro de 2008, na Bimhuis de Amesterdão, Holanda.
«If you blend a Welsh male choir with Pharoah Sanders’ saxophone, add a twist of Louis Armstrong, and garnish with the sound of an asthma attack… that goes some way towards describing the extraordinary improvising voice of Phil Minton» - Chris, 'Jazz on 3'
«“Nocturnal Rainbow Rising” drifts across far removed cinematic panoramas of lush nightly atmospheres. The tracks bear forms of sound memories, occlusions of dreamy nocturnal passages, of introspective and illusory projections arising from the metropolitan environments to the tundra. The 10 tracks form evasive atmospheres between the audible and the visual, at times resembling fragments of a cinematic tale yet untold, a characteristic of Ran's ongoing work that has made it so dear to his listeners».
«Composition in Retrospect [Exact Change] is a statement of methodology in which composer John Cage examines the central issues of his work: Indeterminacy, nonunderstanding, inconsistency, imitation, variable structure, contingency. Finished only shortly before his death in 1992, Composition in Retrospect completes the documentation of Cage's thought that began with his classic book Silence (1961), but it is an introduction and invitation to his work as much as a summary or conclusion. Also included in this volume (at Cage's request) is "Themes and Variations," a piece written in 1982 about friends and heroes such as Jasper Johns, Buckminster Fuller, Marcel Duchamp and Erik Satie. Together these pieces form a book that is both a testament to the artists Cage admired and a clear statement of his own ars poetica. John Cage (1912-1992) was an American composer, writer, artist and mycologist. Having studied with Arnold Schonberg (who proclaimed him "not a composer, but an inventor-of genius") and Henry Cowell in the 30s, Cage went on to devise landmark compositions for percussion and prepared piano before making his hugely influential work 4'33" (1952). Later works privileged composition by chance procedure--"imitating Nature in the manner of her operation"--and the use of ambient noise, electronics and tape manipulation. Cage's influence can be seen in the works of countless composers (especially the New York School "group" of Morton Feldman, Christian Wolff and Earle Brown), artists (such as those affiliated with Fluxus) and writers».
Luso-Skandinavian Avant Music Orchestra é um projecto que reúne músicos portugueses bem conhecidos nos territórios da improvisação livre, como João Paulo, Rodrigo Amado, Nuno Rebelo ou Ernesto Rodrigues, com os seus congéneres da Escandinávia. A direcção é do baterista Raymond Strid, um músico sueco que se move nos territórios da improvisação livre e do free jazz e que se notabilizou especialmente desde o final dos anos 80, quando integrou o trio Gush, com Mats Gustafsson e Sten Sandell. Uma oportunidade para ouvir música criada da forma mais espontânea, privilegiando sempre a comunicação aberta entre os vários instrumentistas.
Raymond Strid - bateria, direcção; Sten Sandell - piano; Dave Stackenas - guitarra; Sture Ericson - saxofone; Per Zanussi - contrabaixo; Per-Ake Holmlander - tuba; Rodrigo Amado - saxofone; João Paulo - piano; Nuno Rebelo - guitarra; Ernesto Rodrigues - violino; Gabriel Ferrandini - bateria
A Serein procura novos designers gráficos para a página e capas das edições da netlabel. Candidatos deverão contactar a editora britânica através do endereço contact@serein.co.uk. A propósito, vale bem a pena dar uma espreitadela à mais recente edição, The Inventors of Aircraft / Unknown Language.
«I'm on the look out for a talented designer to hep me push Serein forward into the next stage. This would mean helping me to develop a house style, and thereafter working with me to produce graphics for releases, as well as the possibility of producing designs for tangible goods. While I wouldn't be able to offer any pay at this stage (as you're all probably well aware, Serein is a non-commercial venture), it could be a good opportunity for the right person to expand his/her portfolio whilst also working in conjunction with a team of creative people. Exposure would be an extra incentive here, with Serein receiving in excess of 100 visitors a day at this time. I would ask that anyone interested send an e-mail to contact@serein.co.uk with a link to their portfolio, attachments are also welcome as long as filesizes are sensible. We should have a new release up shortly, I actually made the announcement some time ago that Michael Trommer (Autoplate/Thinner) would be releasing with us, and now the release is (almost) ready!» - Huw
O Crash Ensemble é conhecido pela força dos seus espectáculos e foi já descrito como “o ensemble de música contemporânea que toca com a energia e o espírito de uma banda rock” (New York Times, Março 2007). O concerto de Quinteto Diaphonia, constituído por instrumentistas de nova geração, mas já com um lugar de relevo no nosso panorama musical, cruza os séculos XX e XXI, apresentado peças de compositores portugueses e estrangeiros.
QUINTETO DIAPHONIA / 19H / SALA DE ENSAIO
Neste programa do Quinteto Diaphonia, salientam-se as obras de Frederico de Freitas, de Fernando Lopes-Graça e de João Madureira que constituem marcos importantes no repertório português do Século XX e mostram claramente a evolução da nossa música ao longo de várias décadas. Serão também apresentadas obras de dois compositores que escolheram Portugal para residir e que são indissociáveis da música portuguesa da actualidade, Christopher Bochmann e Ivan Moody (a peça 'Zefiro con Uccelli' terá aqui a sua estreia mundial). Finalmente, de Gyorgy Ligeti, um dos compositores que mais influenciaram a nova geração, e cuja música é uma referência para a criação musical actual, serão interpretadas as 'Dez Peças para Quinteto de Sopros', obra emblemática para esta formação instrumental.
VIII Feira do Livro Manuseado, na Praça da Figueira - Lisboa
Cumprindo o hábito e o objectivo de aproximar o livro dos leitores e de transformar espaços públicos em locais de leitura e de cultura, a Divulgação abre no próximo dia 25 de Setembro a VIII edição da Feira do Livro Manuseado na Praça da Figueira, em Lisboa. Diariamente, das 9 às 20 Horas, e até ao dia 18 de Outubro, estarão disponíveis milhares de títulos de diferentes géneros a preços muito reduzidos. São restos de stocks, fins de edição, promoções, saldos, livros com deficiente apresentação mas com conteúdo intocável, edições já raras - um mundo de surpresas para quem gosta de livros. Em destaque, diversos livros sobre Lisboa, homenagem cultural à cidade.
Auditório Municipal: 29 Out. Dave Holland Quintet; 30 Out. Cindy Blackman Quartet; 31 Out. The Leaders; 1 Nov. Guy Barker Jazz Orchestra // Seixaljazz Clube: 17/18 Out. Marta Hugon Quarteto; 23 Out. Escola Moderna de Jazz do Seixal; 24/25 Out. Ridd Quartet; 29 Out. The Electrics; 30 Out. BRP; 31 Out./1 Nov. The Fringe
Há mais de 20 anos, o saxofonista e compositor alemão Norbert Stein criou o conceito que denominou Pata Music, derivado do termo cunhado por Alfred Jarry, autor da teoria denominada Patafísica, também conhecida por ‘ciência das soluções imaginárias’, manifestação que teve em Boris Vian um dos mais conhecidos cultores, e cuja teria por missão explorar os campos negligenciados pela física e metafísica. A ideia seria atingir o conhecimento sem recurso às regras pré-estabelecidas pela razão e pela tradição, sem no entanto as desrespeitar, fórmula aberta que Norbert Stein importou para integrar o seu conceito estético na música. Em paralelo, Stein criou uma editora com o propósito de publicar o trabalho desenvolvido com os diversos grupos que formou de então para cá: Pata Masters, Pata Orchestra, Pata Horns, Pata Trio, Pata Blue Chip e Pata Generators. Foi com este último ensemble que realizou aquele que é o mais recente título da editora Pata Music. Direct Speech, dentro do espírito que marca a música de Norbert Stein, retoma a expressividade extrovertida e ritmicamente ágil dos trabalhos anteriores, em particular de Graffiti Suite, peça conceptual executada pela NDR Bigband, editada em 2006. A variação rítmica, melódica e cromática é outra constante. O vocabulário é vasto e recheado de soluções apropriadas para expor e clarificar a intrincada trama de cada composição. Neste aspecto, a música do quinteto Pata Generators, um combo ‘clássico’ na formação sem piano e três sopros na dianteira – Norbert Stein (saxofone tenor), Michael Heupel (flautas), Matthias Muche (trombone), mais Sebastian Gramss (contrabaixo) e Christoph Haberer (bateria) – filia-se menos na tradição posterior ao bop, que numa linhagem que descende directamente do jazz europeu, tal como o subgénero se foi talhando em particular da década de 60 a esta parte, e que na Alemanha teve grandes cultores, como o trombonista Albert Magelsdorff ou o multi-instrumentista Gunter Hampel, duas figuras de referência do jazz alemão e europeu. Mas as influências assinaláveis em Direct Speech não se ficam por aqui. Além dos arranjos luxuriantes e da improvisação assente em composições bem estruturadas, de que emergem elementos tributários do jazz orquestral de ambos os lados do Atlântico, o disco compreende as mais surpreendentes soluções do free jazz e da improvisação livre, motivos pelos quais os músicos mostram um interesse particular, patente no modo criativo como tratam de as combinar de modo a transformá-las e integrá-las como partes de um todo homogéneo e equilibrado nas proporções, para formar uma linguagem original a que imprimem um forte cunho pessoal. Sem hesitações, um dos grandes discos de jazz de 2008.
De uma penada, três edições na excelente HOMOPHONI, netlabel dirigida por David Kirby: no topo, e da nossa mui cara Vanessa “Niwi” Rossetto, uma peça de 17 minutos, intitulada Gloria Tejana [homo032], gravada há poucos dias em Austin, Texas; a seguir, Michael T. Bullock, com A Mountain (Coming Around) [homo031], peça de 27’26 para contrabaixo e gravações de campo editadas e processadas, numa sessão ao vivo em estúdio a 26 de Outubro do ano passado, em Boston; e um take de Ben Owen, denominado 8730-for [homo030], para rádio, transmissor FM, misturador e altifalante.
Ouvidos bem à escuta esta segunda-feira, 22 de Setembro, porque Jez Nelson (Jazz on 3, agora às segundas) apresenta um concerto gravado este mês na Bimhuis de Amsterdão, do quarteto de Peter Brötzmann, Toshinoro Kondo (ambos do quarteto Die Like A Dog, com William Parker e Hamid Drake), Massimo Pupillo (baixista dos italianos Zu) e do baterista norueguês de muitas formações, incluindo o quinteto Atomic, Paal Nilssen-Love. O concerto será emitido a 22 de Setembro, na BBC Radio 3, às 23h15 de Londres, a mesma hora de Lisboa.
Warsaw Autumn 2008 - Festival Outono de Varsóvia 2008 22 Setembro / 19h30 Culture Centre at Former Factory 'Koneser
João Pedro Oliveira Timshel (2007) for flute, clarinet, violin, cello, piano and electronics Ryszard Osada Mimesis II (2008) for flute, clarinet, violin, cello, piano and electronics (Warsaw Autumn commission) Enrique X. Macías Itinerário de luz (1995) for flute, clarinet, horn, violin, viola, cello and electronics Pedro M. Rocha To a World Free from Beliefs (2007) for flute, clarinet, violin, cello, piano and electronics Miguel Azguime Derrière son double (2001) for flute, clarinet, violin, viola, cello, piano and electronics
Sond'Ar-te Electric Ensemble (ensemble residente da Câmara Municipal de Cascais) Monika Duarte, treitová flute Nuno Pinto, clarinet Laurent Rossi, horn Ana Telles, piano Suzanna Lidegran, violin Jorge Alves, viola Marco Pereira, cello Jean-Marc Sullon, live electronics miso studio, programming Pedro Amaral, conductor Miguel Azguime, artistic director, sound projection http://www.misomusic.com/
Richie Hawtin, Makoto Kawabata's Invisible Jukebox, Benge, The Primer: The alternative Neil Young, Ingrid Laubrock, Runhild Gammelsaeter, Lucky Dragons, David Grubbs... Tapper CD: The Wire Tapper #20.
«New album XAIOIAX is based on the post-suprematiism tendencies, microsounds composition, post-futuristic minimalism and sonorism.\ In compositions there are used combinations of clear natural electrical rippling without the usage of samples, sequencer, keyboard and field recording.\ The main core of the conception are meditation psycho-acoustic structures which consist of various sound pixels and granules that activate processes of consciousness by binaural "Horchen" and reflective complicity in composition minimalistic and microsound space.\ The material has been recorded in 2008 and consists of 15 miniatures».
O saxofonista alto Rudresh Mahanthappa, nascido em Boulder, Colorado, EUA, de pais indianos, acaba de lançar o seu mais recente disco na PI Recordings. Kinsmen, funde a música da Índia do Sul e o jazz. Segundo a nota de imprensa, o disco resulta de uma colaboração com o saxofonista indiano clássico Kadri Gopalnath e o Dakshina Ensemble: A. Kanyakumari (violino), Rez Abassi (guitarra), Poovalur Sriji (mridangam), Carlo de Rosa (contrabaixo) e Royal Hartigan (bateria).
«Mauricio Kagel morreu esta madrugada em Colónia, na Alemanha, aos 76 anos. O compositor – nascido em Buenos Aires – estava radicado na Alemanha desde 1957. O autor ficou, sobretudo, conhecido por fundir num só música e teatro, num estilo definido como teatro instrumental. O compositor Luís Tinoco já classificou Mauricio Kagel como uma figura incontornável da música do século XX. “Incontornável, não só por ser uma referência por tudo aquilo que trouxe de novo à música, principalmente na segunda metade do século XX, mas também porque era uma figura carismática", disse o português. Segundo Luís Tinoco, Mauricio Kagel "era um indivíduo que não só sabia escrever com uma grande dose de beleza e refinamento, mas também com um sentido de humor raro". “Alguns compositores conseguem destacar-se por serem únicos, por terem uma voz que é diferente, singular, e eu acho que o Kagel é um deles", continuou. Eurico Carrapatoso, por sua vez, classificou o compositor argentino como "um exemplo extraordinário e uma inspiração para quem preze a liberdade de expressão”. Para o compositor português, “Kagel é um compositor muito importante", não apenas pela "qualidade intrínseca da sua obra" como pela postura que assumiu. Pela sua "estética radical e por vezes violenta", Carrapatoso compara Kagel ao pintor Francis Bacon». - Lusa/Público
Rua Rodrigues Faria, 103 Alcântara (ao Calvário, junto à exposição do Peter Zumthor) autocarros: 15E, 60, 714, 720, 732, 738, 742
(18 qui: 22h) Berlin Babylon projecção do filme de Hubertus Siegert (88 min., 2001), DJ set de Nuno Bernardino e RONDA NOCTURNA pelo terreno da LX Factory
(19 sex: 21h) aula aberta de Música Industrial Portuguesa por José António Moura (Flur), Isilda Sanches (rádio Oxigénio) e os convidados fernando cerqueira (This.Co), miguel sá (variz.og) e carlos matos (Alquimia) , com DJ set (k7) de M.Sá e Major concerto do histórico colectivo português Osso Exótico
(20 sáb: 22h) Oficina Nova do experimental ao pop DEBRIS found objects, field recordings, tapes Travassos + João Silva + Carlos Santos + Emídio Buchinho exploração sonora do recinto da LX Factory e dos vestígios do seu passado LINHA DE MONTAGEM 21 músicos da cena da electrónica residentes em Portugal, conectam entre si e de modo sequencial os seus laptops para uma experiência inédita de improvisação Graw Böckler + Popnoname os filmes publicitários alternativos "Unauthorized Commercials", realizados pela dupla de Colónia (Raum fur Projektion), apresentados em concerto por Jens Uwe Bayer (Firm/ Kompakt) ZENTEX concerto concertos transmitidos em directo pela Rádio Zero no âmbito do Radia Lx 2008 - Festival de Arte Rádio
(bilhetes: dia 18 - entrada livre / 1 dia - 7 euros / 2 dias - 10 euros)
Chão é um projecto de ocupação temporária de espaços urbanos devolutos ou em transição, através de actividades concebidas a partir da especificidade de cada local – Lx Factory é a actual designação do complexo fabril instalado em Alcântara em 1846 pela Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, e posteriormente ocupado pela Companhia Industrial de Portugal e Colónias, tipografia Anuário Comercial de Portugal e Gráfica Mirandela.
Vou fazer o seguinte: como houve para cima de dois pedidos de amigos que não acharam meio de captar o pod do concerto de TOM WAITS que a NPR music disponibilizou e aqui postei há algum tempo atrás, vou dar-lhes uma ajuda colocando o concerto para descarga directa via megaupload. Pode ser que facilite a vida a esses ávidos waitianos que gostariam de baixar as 2h22 da prestação de Tom Waits ao vivo no Fox Theater de Atlanta, Georgia, EUA, em 5 de Julho passado, mas ainda não atinam com os botões do podcast e outras complexidades anatómicas. Como não tinha nada preparado, pronto, aqui fica o presente do Jazz e Arredores, pelo menos para os que se mostraram interessados no concerto.
Para esta produção especial, o saxofonista e compositor Larry Ochs preparou o ROVA Special Sextet e a OrkestRova Orchestra para executar duas facetas da composição The Mirror World (for Stan Brakhage), homenagem ao realizador de cinema experimental que serviu de inspiração ao californiano para pintar estes grandes quadros sonoros. Escrita entre 2004 e 2005, e gravada naquele último ano em S. Francisco, Califórnia, a música, dirigida por Larry Ochs, foi em pensada para duas partes distintas, uma para o sexteto e outra para a OrchestRova, aqui numa versão alargada que inclui John Schott (guitarra), Joan Jeanrenaud e Theresa Wong (violoncelo), Lisle Ellis (contrabaixo), Ben Goldberg (clarinetes), Jen Baker e Toyoji Tomita (trombone), os outros três membros do ROVA Saxophone Quartet: Steve Adams, Jon Raskin e Bruce Ackley (saxofones), Tim Perkis e Matt Wright (electrónica), William Winant, Gino Robair e Moe! Staiano (bateria e percussão). De Realization 1: “Hand” é a Orkestrova que toma conta, ao nível do que se ouviou em Electric Ascension, de 2005. Realization 2: "Wall”, apelou ao ROVA Special Sextet, o que, trocado por miúdos, dá ROVA Saxophone Quartet com os percussionistas Gino Robair e William Winnant. E é ouvi-los tocar… A Bay Area está deveras interessante por estes tempos. Larry Ochs e companhia continuam a dar cartas na música improvisada norte-americana, secção Costa Oeste. Edição Metalanguage (MLX 2007).
Travões ao mundo, que a música de Matt Weston não vai bem com audições apressadas. Weston, oriundo de Northampton, Massachusetts, EUA, é um daqueles talentos reservados, de que, de tempos a tempos emerge apenas durante algum tempo, para voltar para a penumbra das suas investigações. Mas quando aparece, tem sempre alguma coisa de novo e intrigante a dizer, e com isso consegue fascinar ouvidos exigentes. Poder-se-ia esperar de Not To Be Taken Away (7272music) uma sessão corrente de solos de bateria e de percussão, com o desfiar do habitual rosário de recursos técnicos e estilísticos. Muito diferente deste conceito e noutro sentido, o que Matt Weston apresenta é um manancial inesgotável de possibilidades acústicas, cada uma delas potencialmente geradora de outro projecto, tantas são as pontas deixadas livres e soltas para futura exploração. Há aqui um propositado back to basics sonoro, algo de indefinível, de não imediatamente atribuível a uma dada fonte, que traduz uma ideia de simplicidade desarmante, o retorno à pureza inicial do som de origem percussiva, entendido enquanto matéria-prima plástica, que é transformado via distorção com ferramentas electroacústicas e organizado segundo modos incomparáveis, porque não reconhecíveis no catálogo disponível. O que de mais próximo se pode encontrar serão talvez os trabalhos do alemão Günter Müller ou do norte-americano Andrew Drury. A música de Matt Weston procura identidade nos seus próprios limites e na força interior que dela emana. Nesta medida, pode dizer-se que Weston criou uma obra de arte sonora moderna de profundo significado estético e artístico. Um patamar inovador na procura de sentido para o conceito extensivo de solo de percussão? É bem capaz de ser.