Rinus Van Alebeek, músico e performer electrónico nascido na Holanda em 1956. Chega à música relativamente tarde, depois de ter publicado dois livros no seu país natal sob o pseudónimo de Philip Markus, o primeiro dos quais, publicado em 1991, recebeu na Holanda o prémio de melhor primeira novela.
A sua abordagem à improvisação musical é radical, tendo muitas vezes por base sons captados nas suas muitas viagens através dos EUA, da Europa e de países do Magreb. Rinus Van Alebeek utiliza recursos simples de captação sonora como microfones ligados a velhos walkmans e nos seus concertos mistura e processa muitas das suas cassetes com a ajuda de um mixer e de um pedal de efeitos, criando poderosas colagens sonoras lo-fi entre o noise e a poesia pura. Nas palavras do próprio Rinus Van Alebeek: “Existem diversas formas possíveis de apresentar a minha música. Chamem-lhe música concreta, devido à utilização intensiva de cassetes; chamem-lhe noise, porque pode ser tocada muito alta, chamem-lhe dark ambient, porque há quem goste que seja assim, chamem-lhe industrial, porque aparecem uns drones de vez em quando, chamem-lhe poética porque te queres ver livre de definições gastas, chamem-lhe soundscape, porque se leu aquele livro. Eu chamo-a música pop. E por estes dias, sei que somos em número suficiente no mundo para justificar esta definição.”
Rinus foi também o organizador do das kleine field recordings festival que se realizou na cidade de Berlim em Novembro de 2006 e Fevereiro de 2007 e é um dos autores do blog berlinense tape care, dedicado à utilização de cassetes e outras fitas magnéticas como recurso. - Binaural