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12.4.07
 

DOGON A. D.Julius Hemphill (saxofone alto e flauta), Baikida Carroll (trompete), Abdul Wadud (violoncelo) e Phillip Wilson (bateria).

Julius Hemphill, saxofonista alto nascido em 1938, em Forth Worth, Texas (conterrâneo de Ornette Coleman), mudou-se para St. Louis em 1966. Aí deu continuidade ao trabalho com formações locais de jazz e de blues. Anos passados, fundou o Black Artists Group (BAG) com outros músicos importantes da comunidade artística de St. Louis, como Luther Thomas, Oliver Like e Hamiet Bluiett. Com estes últimos, e com David Murray, viria a formar o famoso World Saxophone Quartet, em 1976. Para contrabalançar a subexposição dos músicos que integravam o BAG, Hemphill criou uma editora, a Mbari. Através dela publicou em 1972 o Lp Dogon AD, gravado nos Archway Studios, em St. Louis, com Baikida Carroll, trompete; Abdul Wadud, violoncelo e Phillip Wilson, bateria. Nesse disco, Julius Hemphill expôs a sua visão conciliatória de diversos aspectos de uma pluralidade de estilos musicais, tendo o free jazz como pano de fundo. Dogon AD foi reeditado seis anos após a primeira edição Mbari, em 1978, pela Arista (Freedom). Logo em 1978, seis anos decorridos sobre a primeira edição, foi considerado uma obra-prima do jazz moderno, comparado às melhores obras de sempre, completamente diferente das correntes ao tempo dominantes. Depois da reedição em Lp de 1978, que eu saiba, Dogon AD, nunca foi reeditado nem transcrito para CD. Apenas The Hard Blues, da mesma sessão de gravação, foi incluído em Coon Bid’ness (Black Lion), também reeditado em CD pela Freedom sob o título de Reflections – talvez o disco que mais se aproxima de Dogon AD.
O que se passa com este álbum de Julius Hemphill passa-se com uma série de outros discos da Arista, cujo fundo de catálogo aguarda há décadas que alguém se interesse por ele e faça alguma coisa para o repor novamente em circulação. Pode ser que a tendência surgida nos últimos anos, de recuperar obras perdidas no tempo (o exemplo da Unheard Music Series / Atavistic, de John Corbett, deveria ser seguido, tal como tem estado a fazer Evan Parker, na Psi, e, noutra escala, a Blue Note, com a reedição extensiva do catálogo Rudy van Gelder).
O Lp, em reedição de 1978, encerra uma abordagem muito personalizada do som pós-Ayler, misturado com o melhor da composição do free jazz dos anos 70. É hoje uma raridade.

This historic album features four then-unknowns on three lengthy avant-garde explorations that were quite influential not only in St. Louis (where they were recorded) but eventually on such diverse players as altoists Tim Berne and David Sanborn. Julius Hemphill (on alto and flute), trumpeter Baikida Carroll, cellist Abdul Wadud, and drummer Philip Wilson are in superb form, both as soloists and in ensembles where they react instantly to each other. This important music is better to be heard than described.

 


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