Para acompanhar a audição do rap do momento, "Funk PCC 2006", do Primeiro Comando da Capital, organização criminosa muito activa que actua em S. Paulo, Brasil, a entrevista de Marcos Willians Herba Camacho, o “Marcola”. A entrevista foi alegadamente concedida na prisão e obtida via telefone por Roberto Cabrini, da TV Bandeirantes, em Maio passado. Há quem a tome por genuína, como também há quem a tenha como “bolada” por Arnaldo Jabor, pois a voz ao telefone não é de Marcola. "Dantas, PCC e o preço da metáfora".
«O Primeiro Comando da Capital (PCC) encontrou mais uma forma de aterrorizar os paulistas. Agora, ataca-lhes os ouvidos. Há um mês, os camelôs de todo o estado passaram a vender um CD clandestino intitulado Funk PCC 2006. O tema principal de suas quinze canções é o incentivo ao assassinato de policiais, alcunhados de "verme". Assim mesmo, sempre no singular. Como não podia deixar de ser, o disco faz apologia do crime, prega o uso de armas e o consumo de drogas. O CD vem embrulhado em um papel ilustrado com o desenho de um homem mascarado segurando um fuzil e um revólver. Na estampa, constam o nome do autor, um tal DJ Juninho, e um aviso: Aqui o barato é loco. As músicas do PCC encabeçam a parada de sucessos das cadeias. Chegam aos presos pelas mesmas brechas por que passam armas, drogas e celulares. Nas últimas semanas, as letras do batidão do crime também viraram moda entre as crianças e adolescentes das favelas paulistas».