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18.9.04
  Ainda a tempo: «JAZZ EM AGOSTO 2004» – Uma Revisão
A programação do Jazz em Agosto (JeA), o festival que tem como imagem de marca ser, desde há 20 anos, o mais vanguardista dos festivais de jazz realizados em Portugal, organizado pelo Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, apostou em 2004 na diversidade geográfica quanto à origem dos músicos e formações. Com forte predominância de nomes canadianos, em particular da activa mas pouco conhecida cena de Vancouver, com incursões pela Europa (Viena, Oslo, Estocolmo, Berlim, Lisboa e Valência), e pela capital japonesa, o cartaz deste ano propunha no total uma dúzia de concertos, a decorrer em 6 dias, e prometia apresentar uma panorâmica das tendências e vertentes diversas do jazz e da música improvisada electroacústica da actualidade. Jazz em sentido amplo, por outras palavras.

Aposta forte, portanto, e tanto maior ela era à partida, se se considerarem alguns factores condicionantes, designadamente o facto de os ventos não correrem de feição à montagem de um festival com tantos nomes sonantes, em formatos tão díspares, do solo à grande orquestra, com este último a bisar na abertura e no encerramento do certame. Refira-se que, este ano, o JeA reincidiu na utilização do anfiteatro ao ar livre, no que isso tem de bom – desfrutar da música em espaço aberto, no jardim da Fundação, em noites amenas –, e de mau – o ruído dos aviões, algum vento e a menor qualidade acústica, que penalizam inexoravelmente as formações de maior pendor camerístico.

Mas se a quantidade e a qualidade antevistas constituíam à partida um atractivo seguro e perspectivavam tardes e noites de grande música improvisada, os resultados não espelharam com fidelidade as expectativas que se criaram; nalguns casos estiveram bastante aquém do que se viu ou ouviu recentemente, e noutros ainda foram mesmo decepcionantes. Por outras palavras, além do ecletismo estético, tivemos também a maior diversidade qualitativa, que cobriu o vasto espectro que vai da sensaboria à excelência.

Do fim para o princípio, ou por outra, numa escala crescente de agradabilidade, o último lugar da classificação vai inteirinho e muito justamente para a formação austríaca que nos chegou de Viena, a Franz Hautzinger Regenorchester XI. Anunciada como a revelação do festival de Saafelden, Áustria, em 2003, a Franz Hautzinger Regenorchester XI estatelou-se ao comprido. Nem a inclusão de Christian Fennesz, considerado um dos magos da electrónica contemporânea, ou do frenético e cansativo baixista Luc Ex (membro do colectivo pós-punk holandês, The Ex), salvaram a nau da enorme tormenta em que se viu e se deixou afundar. Nada se salvou de uma actuação sem rumo, musicalmente frouxa e aborrecida. Raramente se ouviu qualquer coisa que escapasse ao lugar comum e à mastigação de uma estética ultra-convencional e parada no tempo, circa anos 80, justamente no ponto em que Miles Davis a tinha depositado, jacente e moribunda. Em lugar de a deixar dormir o sono dos justos, Franz Hautzinger resolveu recuperá-la e sacudir-lhe o pó, à força de a modernizar. Resultado: seis músicos desconexos em palco, a tocar Miles Davis de quinta categoria, ou seja, um jazz?rock serôdio e sem interesse musical, nem mesmo arqueológico. Uma ida até ao bar surgiu como a bóia mais à mão, facto que não impediu o sentimento de frustração, partilhado com outros circunstantes, que procuravam no amargo da cerveja um antídoto para o outro amargo de boca que teimava em persistir. Fui para casa ouvir música.

O segundo lugar a contar do fim coube ao François Houle Electro Acoustic Quartet. Do Canadá para Lisboa, François Houle e o seu quarteto aterraram no jardim da Fundação Gulbenkian em noite estrelada. Céu azul, que se foi tornando progressivamente enevoado e ameaçador, muito por causa da massa sonora que compunha indigesto pastelão confeccionado em directo. É certo que Houle possui um som límpido e muito agradável ao ouvido; que Ron Samworth toca guitarra com saber, delicadeza e bom gosto; que Chris Tarry é um contrabaixista competente; que Dylan van der Schyff é um primor de sensibilidade na percussão. Mas em conjunto não funcionaram ou fizeram-no muito raramente, numa apreciação mais benévola. O líder, em vez de se dedicar ao que bem sabe fazer, que é tocar clarinete, optou por se ligar à máquina e toca a deitar cá para fora sequências intermináveis de loops e delays já muito ouvidos noutros contextos, criando subidas e descidas inconsequentes, numa paisagem com vista para lado nenhum. O resto da banda ia atrás, tentando acompanhar a única pessoa que naquela noite parecia divertir-se com as “maravilhas” da tecnologia recém?descoberta. Pessoalmente, esperava bastante mais deste François Houle Electro Acoustic Quartet. Só a muito custo me deixei ficar até muito perto do estertor final, que ameaçava nunca mais chegar.

Arve Henriksen, trompetista norueguês, deu um recital de trompete solo natural e com processamento por via electrónica, alternando com voz e flauta tradicional norueguesa. Dada a relevante participação que Henriksen detém na formação de electro-improv Supersilent, esperava talvez algo esteticamente próximo. Não foi isso que aconteceu. Sozinho em palco, Arve surpreendeu simultaneamente pela positiva e pela negativa. A seu favor, teve o timbre límpido e fortemente vocalizado que sacou da sua trompete, a par das interessantes improvisações que construiu, privilegiando os tons orientalistas, a sugerir uma forte inspiração na música japonesa. O aspecto menos abonatório da prestação de Henriksen, além das inconvenientes referências à sua vida familiar entretanto destroçada, esteve no uso e abuso que fez do falsete vocal, processado electronicamente e/ou misturado com outros sons vocais e loops electrónicos. A isto acrescentou sucessivas camadas sobrepostas de sons samplados de trompete, de forma a criar o que resultou num pastiche excessivamente pesado, à força de nele querer incluir tantos e tão díspares ingredientes sonoros. Um concerto desequilibrado de um músico sensível e habitualmente inspirado, possuidor de um som original em trompete.

A Peggy Lee Band, como eu receava, veio a ser fortemente penalizada pelo local da actuação. A música delicada, cheia de pequenas nuances e pormenores de filigrana, como a que a violoncelista canadiana compõe e executa, requer um ambiente intimista, de maior concentração espacial; nunca um anfiteatro ao ar livre, jamais em noite de vento como a que lhe coube em sorte. Mesmo assim, casando bem composição e improvisação, cruzando géneros como a folk, o rock e a composição contemporânea, a banda de Peggy, apesar de alguma falta de força anímica que percorreu todo o espectáculo, acabou por confirmar a boa impressão deixada na audição dos discos gravados para a Spool Records. Foi pena ter sido mal tratada pela imensidão do espaço envolvente e pelo sobrevoar cadenciado dos aviões; contudo, e apesar das circunstâncias adversas, o que se ouviu naquela noite foi agradável, escorreito e honesto, sem contudo entusiasmar por aí além.

Paul Cram Orchestra, nome que desconhecia em absoluto, caiu-me razoavelmente bem. Nada de fazer levantar os pés do chão, devo dizer. Cram é músico de boa escrita e melhor arranjo, embora por vezes encha a música com um excessiva carga ornamental e constantes piscadelas de olho a Nino Rota e às influências da música italiana e argentina. Isto, somado a alguma falta de rasgo e ao som porventura demasiado arredondado da orquestra, impediu Paul Cram de fazer melhor e de conseguir a apoteose, o “fechar com chave de ouro” que se esperava do concerto de encerramento da edição comemorativa dos 20 anos do primeiro “Jazz em Agosto”. De qualquer modo, no cômputo geral foram os aspectos positivos suplantaram os negativos, ou seja, o concerto soube bem mas soube a pouco. Porque a Paul Cram Orchestra, embora recheada de bons elementos a nível individual, quase se limitou a improvisar à vista e a cumprir, escorreitinha, com o que vinha escrito na partitura.

O guitarrista português Nuno Ferreira e o saxofonista tenor espanhol Jesús Santandreu apresentaram-se em público pela primeira vez em duo e deram um bom concerto. Partilhando o gosto pela electrónica e electroacústica, Ferreira e Santandreu percorreram um repertório de composições originais, a que acrescentaram momentos de improvisação livre, num todo coeso e esteticamente coerente. Exibindo um discurso fluido, o duo ibérico constituiu uma agradável surpresa. Tocaram música feita de composições fortes e bem estruturadas. Improvisaram bem, sem cair em exibicionismos gratuitos ou exageros formais, tudo muito simples, directo, imediato e feito com entusiasmo. Além do mais, mostraram ter o trabalho de casa bem feito, a tempo e horas. A utilização da electrónica, perfeitamente integrada no discurso musical, resultou numa mais-valia que muito acrescentou à exploração das composições.

Otomo Yoshihide e Martin Tétreault deram uma das mais estimulantes exibições do JeA/2004. Sentados cada um à frente do seu gira?discos e armados da respectiva e complementar colecção de aparelhos electrónicos, o duo exercitou-se largamente na produção de som do tipo “faça?você?mesmo”, naquele que foi o concerto mais heterodoxo desta edição do Jazz em Agosto. Pratos a rodar, electrónica a soar, mas tudo muito diferente do que, com os mesmos ou parte daqueles materiais, costumam fazer os comuns “DJ´s”. Em lugar dos habituais discos de vinil e misturas, Otomo e Martin armaram-se de elásticos, pratos, ventoinhas e de diversas superfícies mais ou menos planas, como folhas de estanho, plástico e outros artefactos, que colocavam a rodar e sobre as quais iam sobrepondo objectos de pequena dimensão, como moedas e outros que não consegui identificar. Mas que nada importa, porque o que interessava realmente era assistir ao trabalhar da matéria-prima e com ela criar belas e estranhas esculturas sonoras, sem jamais cair no lugar comum ou na repetição entediante. Um bom concerto de turntablism e noise improv, em que os únicos a sofrer, para além dos espectadores não sintonizados com este tipo de estética pós-cageana, foram os pobres pick-ups, sujeitos a sevícias e tratos de polé que nem aos mais tortuosos esbirros da Inquisição haveriam de ocorrer, para gáudio de muitos, e eventual horror de alguns puristas daquele suporte.

Paul Plimley e Lisle Ellis deram um bom recital de piano e contrabaixo, apesar das persistentes dificuldades técnicas que o segundo experimentou com a amplificação do instrumento. Não sei se era da afinação, se da amplificação, o certo é que Ellis soou sempre muito seco e com pouco volume. Mesmo padecendo destas pequenas contrariedades, que ajudaram a alguma desconcentração do lado de lá e do lado de cá, foi um prazer ouvi-los de fio a pavio. A interacção entre estes dois grandes improvisadores esteve sempre em alto nível. A música fluiu com naturalidade, tratasse-se da recriação de standards ou de composições originais, colectivas ou individuais, umas e outras foram reformuladas de maneira tal, que se tornava virtualmente impossível acompanhar a continuidade de uma linha melódica, de tão fragmentadas e intercaladas se apresentavam. Na prática, voluntária ou involuntariamente, este último aspecto tornou-se num desafio interessante que a dupla jogou com o público. Em suma, foi um concerto agradável de seguir, que, sem pretender ser inovador ou sequer arrojado, teve o mérito de conduzir a assistência por territórios estéticos de bom gosto e sensibilidade impressionista.

Mats Gustafsson tem sido, nos últimos anos, visita assídua do JeA. Se me não falha a memória, esteve consecutivamente presente nas mais recentes edições, sempre integrado em formações diferentes. Primeiro, com o Aaly Trio, nesse ano acrescentado de Ken Vandermark, naquele que foi um dos melhores concertos e um dos pontos mais altos de toda a história dos já consideráveis 20 anos de JeA; depois, com a bailarina Lotta Melin; e ainda integrado na Big Band de Barry Guy, a esfusiante New Orchestra. Finalmente, com o trio schnapps The Thing, aparição a que acresce uma outra no quinteto de jazz do japonês Otomo Yoshihide. Mas, quanto a este último, já lá vamos. The Thing: Mats Gustafsson, Ingebrigt Håker Flaten e Paal Nilssen-Love… . Desta “Coisa” apenas conhecia uma prova material homónima, datada de 2000, publicada pela editora nórdica Crazy Wisdom. E aqui tivémos mais uma prova de que Mats Gustafsson é um dos principais cabecilhas escandinavos do que se pode apelidar de movimento de redefinição da música improvisada europeia. Da sua iniciativa têm partido um muito razoável número de grupos, a maioria deles filiada numa estética de um free jazz bravíssimo, um híbrido que resulta da síntese pós-ayleriana e pós?coltraneana, com elementos diversos das escolas improvisação europeia. É o caso particular deste The Thing, animal que deixa chegar perto mas não admite que se lhe afague o pêlo. Potente, The Thing, para gozo deste escriba, tocou um free jazz do tipo mais ardente, vigoroso e capaz de arrebatar uma audiência, por completo rendida aos encantos da brutal avalanche sonora que quase devastou o Auditório 2 da circunspecta Fundação. Fosse em tenor ou barítono, Gustafsson e seus sequazes noruegueses, com os quais se entende na melhor das cumplicidades, deram uma autêntica sova musical à assistência. E já era merecida, por esta altura. The Thing, literalmente um power trio com a pujança que se esperava, foi o momento mais tórrido e incandescente do festival. Uma actuação memorável.

Quem conhece razoavelmente o que se tem passado no jazz dos últimos 30 anos, sabe a importância que no género possui o nome de George Lewis, como trombonista, compositor, arranjador. Também lhe são reconhecidos assinaláveis créditos como pedagogo, académico, investigador sonoro, e, desde há mais de 30 anos, membro activo da Association for the Advancement of Creative Musicians. Ver o seu nome figurar associado a uma qualquer formação musical será sempre motivo para despertar a curiosidade e a atenção do jazzófilo comum; mais ainda quando se trate da NOW Orchestra, uma das orquestras mais importantes da chamada música criativa improvisada que se faz em Vancouver, na costa Oeste do Canadá. A NOW engloba nomes do que de melhor se pode encontrar na difícil disciplina do grande colectivo, na linha de outras congéneres, como a New Orchestra de Barry Guy, ele próprio um colaborador da NOW, tal como o foram René Lussier, Butch Morris, Marilyn Crispell e Wadada Leo Smith. Para apresentar ao público do JeA, a NOW trouxe consigo peças de longa duração, formalmente estruturadas em secções. Confesso que antes do início das operações, ainda a frio, receei o aborrecimento, mas, longe do tédio, o concerto, na sua globalidade, foi incrivelmente leve e capaz de induzir constantes efeitos de surpresa, de modo a prender a atenção do ouvinte durante as quase duas horas de espectáculo. A Now Orchestra mostrou ser uma big band de enorme plasticidade sonora, formatada ao gosto estético de George Lewis – mesmo quando bem conduzida pelo primeiro saxofonista, Coat Cook –, que improvisou colectivamente como se fosse uma hidra de muitas cabeças, todas elas com muito para dizer. Foi só fechar os olhos e deixar-me levar pela grande arte da big band. A abrir o festival, um enorme rio de música desaguou no Grande Auditório, para delícia de uma plateia tomada pelo encantamento.

Finalmente, entre os melhores, uma palavra para aquele que foi o melhor concerto do JeA de 2004: Otomo Yoshihide New Jazz Quintet, grupo assim designado desde a sua estreia em 1999, quando incluía o saxofonista tenor Naruyoshi Kikuchi, presente ao tempo da gravação de Flutter. Com a saída deste em Fevereiro último, Otomo resolveu convidar o alemão Alfred Harth para ocupar aquela cadeira, mantendo embora a titularidade flexível. É nesse contexto que vimos Mats Gustafsson no lugar de Harth. Uma escolha eventualmente mais apta a conferir ao som do quinteto uma qualidade porventura mais abrasiva, histriónica e de maior espectacularidade cénica, reforçada por alguma tendência de Gustafsson para a sobreexposição, que desta vez ficou à porta. O OYNJQ toca free jazz actual com reminiscências dos anos 60, altura em que a cena japonesa seguia atentamente o que se passava nos EUA e já era, por conseguinte, bastante activa. Partilhando desse espírito free, que evoluiu até aos nossos dias, o quinteto tomou em mãos composições do cancioneiro do jazz moderno, como Song for Che, de Charlie Haden, seguindo por temas Dolphy, Mingus, e Ornette, aos quais soprou vida nova em directo para quem quis testemunhar o que realmente é a arte da transformação e da transfiguração sonora. Porque, mesmo não conhecendo a paternidade dos temas, jamais alguém ficaria com a sensação de que estava a ouvir versões de free jazz classics, pela forma homogénea em que processou a fusão de todos os materiais. Arranjos incríveis, solos endiabrados, efeitos de surpresa a espreitar em cada esquina, curvas e contra-curvas, o OYNJQ foi capaz de empolgar a assistência, particularmente quando abordou de forma sensível e comovente «Eureka», tema repassado de melancolia, de Jim O’Rourke, com o qual fechou o mais transcendente dos concertos.Uma última nota para referir o único concerto a que não assisti, o de Günter ‘Baby’ Sommer, percussionista alemão que vem da revolucionária década de 60 do século passado.

Precisei de uma tarde de sábado livre e, atentas as possibilidades, resolvi sacrificar o solo de percussão. “Nem sabes o que perdeste” – disseram?me uns, para quem este foi um dos melhores concertos do evento, uma brilhante lição de percussão, etc. “Ainda bem que não vieste” – ouvi de outros, para quem o solo de ‘Baby’ mais não foi que uma exibição circense de um grande artista que desenhou o espectáculo de forma a captar a atenção de promotores de concertos e festivais, e assim ganhar a vida de terra em terra. Vá-se lá saber…

Independentemente do gosto pessoal de cada um, o nível artístico do JeA /2004 foi relativamente pouco homogéneo, com desempenhos de muito bom nível, excelente, mesmo; outros razoáveis, e alguns claramente abaixo das credenciais exibidas. Globalmente, no entanto, o balanço é francamente positivo, embora fique aquém das mais exigentes expectativas, quando passam 20 anos sobre a primeira edição do evento que, pelo peso da oferta internacional, tem mostrado ser um dos mais importantes festivais de jazz e música improvisada da Europa.

Escrito ao som de «Bloor», John Oswald/David Prentice/Dominic Duval (CIMP, 2000).
 


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